Seus
costumes chegaram ao Brasil indiretamente, através da cultura
luso-espanhola, herdeira do legado islâmico, pois a Península Ibérica
foi dominada pelos mouros durante quase 700 anos; e diretamente pela
transferência, da África para o nosso país, de escravos islamizados.
Contribuíram com o uso do cachimbo nos rituais de candomblé, na
reclusão da mulher no período colonial, nas lendas, como a "Moura
Torta", nas parlendas, contos acumulativos, folguedos, etc.
Não
dizíamos árabe ou sarraceno mas
mouro, o nome mais constante na
Península Ibérica.
No Brasil, árabe tornou-se genérico nas últimas
décadas do século XIX com a emigração da Síria e do Líbano, inclusive
com o falso sinônimo de turco.
Os
Sírios influenciaram em alimentos, como o quibe, a esfiha, o tabule,
iogurte, etc. assim como a esperteza no negócios.
Na mescla
de povos que formaram São Paulo, os árabes estão entre os que
influenciaram a cultura e a história da cidade. Vindos de países do
Oriente Médio e Ásia Central, a partir de 1880, a primeira leva era de
maioria cristã.
Em 1894
nascia, sobre o leito drenado do rio Tamanduateí a Rua 25 de Março, uma
das ruas de comércio mais tradicionais da cidade de São Paulo. No
pequeno porto que havia neste rio eram desembarcados os produtos vindos
da Europa e do Oriente que chegavam de Santos, assim as ruas que
margeavam o porto começaram a receber comerciantes formados, em geral,
pelos imigrantes oriundos daqueles países.
Entre 1975
e 1991, em decorrência de problemas políticos no Oriente Médio,
verificou-se uma nova afluência de árabes para o Brasil, destes, a
maior parte eram mulçumanos.
Estima-se
que hoje a colônia árabe ultrapasse a casa dos 8 milhões.
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Comida típica - Restaurante Mama Leila
Pinheiros - São Paulo - SP
Etnia Árabe. Foto: Monalisa
Lins
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