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Culinária
do Centro-Oeste |
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Pacu
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Dos
rios caudalosos saltam generosas
lufadas, como os pescadores daqui chamam os cardumes de pintados,
pacus, dourados, cacharas e piraputangas. Vão assar direto nos
moquéns, as grelhas mato-grossenses. Para acompanhar, rechear
e dar mais água na boca em tudo que nada nos rios Cuiabá
e Paraguai, mande ver um pacu recheado com farofa de couve ou banana
– hábito herdado dos indígenas.
Para adoçar a boca, uma
caprichada miscelânea de quitutes caseiros. A sobremesa trás
uma amostra de cada um: doce de leite, de banana, mangaba, cajazinho,
caju, laranja. A gula atacou? Para o furundu, uma mistura de mamão,
coco, e rapadura. E encerre com licor pequi, pitomba, bocaiúva
ou figo.
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Mais de 240 espécies de
peixes
rebolam submersas nos rios Piqueri, Pixaim, Cuiabá, Paraguai e
São Lourenço. Paraíso dos pescadores, o Pantanal
oferece pesca farta e variada o ano inteiro: pacus, pintados,
dourados, piraputangas e traíras. Os fanáticos batem
ponto todos os anos. Chegam com quilos de tralhas, barracas e
“freezers”. Montam acampamento na beira dos rios, alugam
barcos-hotéis e passam a semana jogando a linha, preparando a
isca certa, torcendo por troféus na ponta dos caniços,
disputando as melhores histórias. Conhecem os segredos das
manhãs. Sabem que pequenas ondas na superfície e
pássaros espreitando na margem do rio indicam um cardume por
perto. Mas, se você não entende nada do assunto, não
esquente. Com sorte você apanha um peixe até com a mão. |
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