Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

Culinária
Origens
Refeições diárias
Região Norte
Região Nordeste
Região Centro-oeste

-Pratos e Bebidas

-Carnes e Peixes
-Massas e Doces
Região Sudeste
Região Sul


Culinária do Centro-Oeste
Pacu
Pacu

Dos rios caudalosos saltam generosas lufadas, como os pescadores daqui chamam os cardumes de pintados, pacus, dourados, cacharas e piraputangas. Vão assar direto nos moquéns, as grelhas mato-grossenses. Para acompanhar, rechear e dar mais água na boca em tudo que nada nos rios Cuiabá e Paraguai, mande ver um pacu recheado com farofa de couve ou banana – hábito herdado dos indígenas.
Para adoçar a boca, uma caprichada miscelânea de quitutes caseiros. A sobremesa trás uma amostra de cada um: doce de leite, de banana, mangaba, cajazinho, caju, laranja. A gula atacou? Para o furundu, uma mistura de mamão, coco, e rapadura. E encerre com licor pequi, pitomba, bocaiúva ou figo.

Mais de 240 espécies de peixes rebolam submersas nos rios Piqueri, Pixaim, Cuiabá, Paraguai e São Lourenço. Paraíso dos pescadores, o Pantanal oferece pesca farta e variada o ano inteiro: pacus, pintados, dourados, piraputangas e traíras. Os fanáticos batem ponto todos os anos. Chegam com quilos de tralhas, barracas e “freezers”. Montam acampamento na beira dos rios, alugam barcos-hotéis e passam a semana jogando a linha, preparando a isca certa, torcendo por troféus na ponta dos caniços, disputando as melhores histórias. Conhecem os segredos das manhãs. Sabem que pequenas ondas na superfície e pássaros espreitando na margem do rio indicam um cardume por perto. Mas, se você não entende nada do assunto, não esquente. Com sorte você apanha um peixe até com a mão.

O gostinho de Brasília é internacional. Aqui a receita não tem berço, viaja pelo mundo e mistura o que é refinado com sabores regionais de todo o país. Camarão, caviar, salmão, azeites italianos, carnes nobres e ervas de Provence. Alguns pratos levam o nome de “gourmets” famosos. Delfim Netto não poupou dentadas num prato de camarão feito com palmito e molho de tomate, que acabou batizado com seu nome. O crustáceo ainda pode ser flambado em uísque e conhaque e servido com “fettuccine” ao molho de ervas, azeitonas portuguesas e ervilhas francesas.
Sobremesas na capital do poder são simples frutas tropicais, servidas com sofisticação. Bananas flambadas no conhaque e Cointreau e regado com suco de laranja.

Quem não conhece pode se dar mal com uma fruta chamada pequi, do tamanho de uma laranja-bahia, cuja polpa é usada como tempero em tudo que é prato da culinária de Goiás, especialmente no arroz que acompanha a galinhada e o surubim na telha. Por isso, não vá dar uma de zé-mané e ir logo abocanhando a fruta, semelhante a uma amêndoa, no formato e na cor. Você certamente vai se picar nas centenas de espinho que ela guarda lá dentro e sua língua pode transformar numa espécie de ouriço.
De dezembro a abril, o pequi dá mais que chuchu na serra nestas bandas cerradas do Tocantins. As casas cheiram a pequi e as cozinheiras aproveitam a fartura para transformá-las em conserva, garantindo o arroz amarelado o ano todo. A receita? É só descascar a fruta e botá-la para cozinhar junto. Na hora de comer é só lembrar da regra da azeitona – e deixar a semente de lado.

Fonte : Roteiro Turístico Fiat Brasil / Folha de São Paulo, edição 1995.


Feijoada

Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter