Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

Volta para
Modus

Jogos
Infantis
 
Os Jogos
no
Brasil

Jogos
Influência
Indígena
Jogos
Influência
Portuguesa
Jogos
Influência
Africana
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis
Jogos Infantis



Jogos Infantis: Cabra-cega / Cobra-cega
Brinquedos do Folclore Brasileiro
Jogo infantil, que consiste em uma criança vendada que tenta agarrar uma das outras crianças que participam da brincadeira. A criança que for agarrada será a próxima cabra-cega.
O mesmo que Cobra-cega, Batecondê, Tantanguê, Pintainho. Muito comum em Portugal e Espanha, de onde veio para o Continente americano.
Rodrigo Caro, citado por Maria Cadilla de Martinez (Juegos y Canciones Infantiles de Puerto Rico, 76) informa ter sido jogo popular entre as crianças da Roma Imperial, onde denominavam musca aenea, na Grécia: chalké muia.
É de fácil encontro no documentário da Idade Média e Renascimento.
Em Espanha e América espanhola chamam-na La Gallina Ciega (Dias Geniales o Lúdricos, Diálogo VI).
Cabra-cega
No auto português, Auto do Nascimento de Cristo e Edito do Imperador Augusto César, impresso de 1667, e escrito por Francisco Rodrigues Lobo, há menção, num diálogo entre o camponês Mendo e o pastor Fábio.
Fábio: “Sea mucho em ora buena / Y qual ha de ser el juego?”
Mendo: “Eu só sei a Cabra-cega / E mais o escondoirello.”

O jogo se inicia por perguntas e respostas entre uma criança e a cabra-cega:

Em Portugal diz-se:


Cabra-cega, donde vens?
De Vizela (ou de Castela)
Que trazes na cesta?
Pão e canela.
Dás-me dela?
Não, que é para mim e para minha velha.
Zigue-tanela!”

Diz a criança que está ao lado, fingindo dar um beliscão na cabra-cega.
(Augusto C. Pires de Lima, Jogos e Canções Infantis, 54, segunda edição, Porto, 1943).

No Brasil é mais corrente o diálogo:

“Cabra-cega de onde vens?
Do Castelo
Trazes ouro ou trazes prata?
Trago ouro!
Vá beijar no cu do besouro.
Trago prata!
Vá beijar no cu da barata.”
Em Sergipe, Clodomir Silva (Minha Terra, 8-9, Rio de Janeiro, 1926) informou:
“Cabra-cega, non me nega; Donde Vem?
Do sertão!
Trais oro, prata ou requeijão?
Trago oro.
Pois rode como besouro.”

Fonte : Dicionário do Folclore Brasileiro - Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem data.


Volta ao Topo
Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter