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Amuletos
Pequeno objeto (figura, medalha, figa, bentinho) que, desde a mais remota antiguidade, alguém traz consigo ou guarda, por acreditar em seu poder mágico de afastar desgraças ou malefícios.

A definição de Frei Domingos Vieira: medalha, inscrição, carântula, bentinho, venera, nômina, figa, figura ou qualquer objeto que se traz dependurado ao pescoço, cosido ao fato, ou conservado com cuidado, na persuasão de que ele pode prevenir as doenças, curá-las, destruir os malefícios, e desviar todas as calamidades.
De uso imemorial, o amuleto é uma constante etnográfica em todos os povos e épocas, medos, persas, assírios, egípcios, como estadunidenses, brasileiros, chineses e australianos. A arqueologia revela o costume milenar com objetos encontrados nas sepulturas do Egito, na civilização pré-helênica, etruscos, incas, astecas, maias, em todos os continentes e lugares.
Diferenciam os amuletos dos talismãs porque os primeiros são, como ensinou Wundt, objetos mágicos passivos, protegendo, defendendo, guardando o portador, e os segundos uma força ativa, suscetível de ser dirigida pelo dono do talismã como ataque, determinando sortilégios e magias. 

Patuá
Patuás
Figa

A figa é um dos amuletos mais conhecidos no mundo clássico greco-romano.
É um dos mais antigos amuletos contra o mau-olhado.
A figa latina, fícus, fica italiana, é a mão humana, em que o polegar está colocado entre o indicador e o médio. É a representação do ato sexual, em que o polegar é o órgão masculino e o indicador e o médio o triângulo feminino. O símbolo da reprodução anula as influências negativas da esterilidade, adversas à vida.
Patuá

Amuleto que consiste em um saquinho, ou breve de pano ou couro, contendo uma oração qualquer, para trazer ao pescoço, pendente de uma fita ou cordão.

Breve

Saquinho de pano ou couro, contendo uma oração qualquer, muitas vezes banal, pendente do pescoço por fita ou torçal, e supersticiosamente usado a impulsos de piedosas crenças ou como garantia contra toda sorte de perigos e dificuldades.
Oração-forte

São as súplicas dirigidas a Deus ou aos santos, segundo fórmulas que não devem ser usadas comumente. As orações-fortes são trazidas ao pescoço, num saquinho cosido, ou dentro da carteira, do bolso, em lugar oculto.
As orações-fortes são rezadas em momento de aflição extrema, como remédio salutar e supremo para a sua resolução.

Caborge

Amuleto, patuá, mandinga defensora.
Bernardo Guimarães (O Ermitão do Muquém, 4, Rio de Janeiro, sem data):
“Um preto velho, famoso feiticeiro, respeitado e temido pelo vulgo, lhe tinha dado certa mandinga ou caborge, amuleto temível e milagroso, que o preto inculcava como um preservativo infalível contra balas, contra raios, contra cobras e contra toda e qualquer espécie de perigos. Gonçalo, supersticioso como todo homem ignorante, acreditava piamente em todas essas virtudes da mandinga, e a trazia cuidadosamente cosida em seu cinturão de couro de lontra”.
Ferradura

Amuleto de felicidade, atraindo a sorte e afastando o mau-olhado e desgraças para quem o possuir. Só será valiosa, se for encontrada casualmente, na rua, não tendo forças propiciatórias, quando comprada ou furtada.
Pregam no alto das portas, pelo lado de dentro, em cima dos balcões ou na soleira.
No balcão chama dinheiro e evita o fiado.
É vendida como jóia, em metais preciosos, miniaturas para pulseiras, broches, brincos, anéis, alfinetes de gravata, etc. Há tipos maiores, de madeira, decorados e ornamentados para a entrada das salas elegantes.
A tradição européia migrou para o Brasil, especialmente para as cidades do litoral e de maiores vultos. Não está espalhada pelo interior, onde os animais são raramente ferrados.
Na Europa é uma das superstições mais populares e conhecidas.

Fonte : Dicionário do Folclore Brasileiro - Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem data


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