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A Formiga, a Cigarra e a Abelha

Um dia, a mãe da formiga-mandioca disse à filha:

- Vá até o mato, corte um feixe de lenha, encha este pote de água e traga para casa. Hoje estou muito ocupada e doente, não posso fazer isso.
A filha excusou-se:

- Ah, mamãe! Eu também não posso, pois tenho de cortar folhas a noite inteirinha!
Deixe estar, minha filha... Nossa Senhora há de permitir que de hoje em diante você há de cortar folhas dia e noite, sem descanso...
Nisso, ia passando por ali a cigarra e a mãe da formiga-mandioca lhe fez o mesmo pedido. A cigarra respondeu:

- Ah, dona formiga, eu não posso. Hoje vou cantar a noite inteirinha!
Então, a formiga lhe rogou a praga:

- Há de permitir Nossa Senhora que você viva sempre a cantar, até rebentar pelas costas!
Foi quando passou a abelha e a velha formiga-mandioca lhe pediu a mesma coisa.
A abelha, prontamente, foi ao mato, cortou o feixe de lenha e o trouxe para a formiga; encheu o pote de água, ajudou-a a fazer o fogo, varrer e arrumar a casa. Depois, quando já ia embora, a mãe-formiga disse, agradecida:

- Há de permitir Nossa Senhora que o mel que você fabrica seja sempre doce e abençoado, e sirva de remédio para curar doentes pobres.

A Formiga, a Cigarra e a Abelha
Nossa Senhora ouviu os pedidos da velha formiga e atendeu a todos eles. Por isso é que a formiga-mandioca não pára de cortar folha dia e noite; a cigarra canta, canta, até rebentar pelas costas, e o mel da abelha é o santo remédio dos pobres.

Nota: Formiga-de-mandioca é a formiga saúva. Estas formigas se alimentam de bolinhas ou píleus produzidas por uma espécie de fungo, do tipo do môfo, que estas formigas cultivam. E é para formar canteiros apropriados aos desenvolvimento dos micélios de fungo, que as saúvas trazem de fora, continuamente, novas folhas, sementes e outras substâncias vegetais, trabalhando, mesmo à noite, quando durante o dia se sente muito molestada.

Fonte : Colhida pelo Prof. Guilherme dos Santos Neves; Informante: D. Dalmácia Ferreira Nunes, Caçaroca – Vitória, ES. in Antologia Ilustrada do Folclore Brasileiro: Estórias e Lendas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro / Seleção e Introdução de Mary Apocalypse – São Paulo: Ed. Edgraf, 1962.
Ilustração: José Lanzellotti


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