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Danças comuns a várias regiões  brasileiras

Escolas de Samba


Chiquinha Gonzaga
Chiquinha Gonzaga

Numa tarde de domingo, em 1899, uma comissão do cordão “Rosa de Ouro”, que costumava ensaiar nas ruas do bairro do Andaraí, no Rio de Janeiro, perto da casa da maestrina Chiquinha Gonzaga, foi pedir-lhe que escrevesse uma música para o grupo. Assim nasceu a marcha lenta e simples que ganhou (conforme ela mesma propunha) o carnaval daquele ano e virou refrão em todos os outros carnavais:

“Ó abre alas!
Que eu quero passar
Eu sou da lira
Não posso negar.

Ó abre alas!
Que eu quero passar
Rosa de Ouro
è que vai ganhar.”

Em 1929, foi fundada a primeira escola de samba (Deixa Falar), no bairro carioca do Estácio com a fusão de três elementos distintos: a música popular urbana, o Samba de Roda trazido da Bahia e o Rancho.

Do Rancho, as escolas herdaram a configuração de Marcha, a baliza formada pela Porta-bandeira e o Mestre-sala, e os enredos. Do Samba de Roda, a ginga originária dos passos. E da situação particular da música popular urbana de então, surgiu o samba.

Desde o início dos anos 30, as escolas desfilaram sem caráter oficial; em 1932, a Mangueira ganhou o primeiro concurso.
A primeira escola a sair com samba-enredo foi a Portela, em 1939, com “Teste o Samba”, de Paulo Portela.
Escola de Samba
Escola de Samba - Foto de Sílvio Viegas
A partir da década de 50, as escolas de samba formalizaram uma estrutura que, de maneira geral, se mantém até hoje:
A comissão de frente (grupo de dez ou 15 sambistas) representa a diretoria e abre o desfile apresentando a escola; o carro abre-alas pede passagem e traz o nome do enredo; atrás dele vêm o mestre-sala e a porta-bandeira, os anfitriões da escola, escolhidos entre seus melhores passistas.
O grosso da escola (que deve ter no mínimo 500 componentes) divide-se em alas:
a ala das baianas é tradicional e obrigatória;
a ala das crianças foi regulamentada em 1985;
a ala dos compositores comanda a puxada do samba na avenida.
Os destaques (personagens do enredo ou "celebridades") desfilam em meio às alas.
Olegária, do Império Serrano foi o primeiro destaque que se tem notícia. E, o Salgueiro foi a primeira escola que, em 1974, instalou um destaque em cima de um carro alegórico.
A bateria (só instrumentos de percussão) segura o ritmo para o canto e a dança;
A harmonia (grupo de diretores da escola) supervisiona o desfile percorrendo as alas.
Um dos pontos mais marcantes das escolas, a bateria, chega a ter hoje, cerca de 500 batuqueiros tocando cuícas, tamborins, reco-reco, taróis, caixa de guerra, surdos de marcação e frigideiras, entre outros instrumentos. A famosa “paradinha da bateria” foi criada em 1959, pelo sambista Mestre André. Na época, ele comandava a escola de samba Mocidade Independente de Padre Miguel.

As alegorias representam o lado artístico do espetáculo e podem aparecer na mão ou numa plataforma sobre rodas. O carro abre-alas geralmente é uma alegoria. A primeira alegoria com movimento data de 1935, uma criação de Lino Manuel dos Reis para a Portela.
A coreografia espontânea das alas, conhecida como evolução, recebeu este nome por designar um movimento que constantemente se desloca para a frente.
Em 1930, uma escola de samba tinha, em média, cem integrantes. Hoje, cada escola conta com até cinco mil integrantes.
O luxo e o esplendor dos desfiles são o ponto alto do carnaval carioca e, mais recentemente, tornaram-se obrigatórios nos carnavais de várias cidades brasileiras.





Ala das Baianas
Ala das Baianas
Comissão de Frente
Comissão de Frente
Imperatriz Leopoldinense - 1999
Carro Abre-alas
Carro Abre-alas
Em Cima da Hora - 1999
Mestre-sala e Porta-bandeira
Mestre-sala e Porta-bandeira
São Clemente

O carnaval em São Paulo

Os primeiros registros sobre o Carnaval paulista aparecem na Ata da Câmara de São Paulo de 13 de fevereiro de 1604, caracterizados como atos atentatórios aos bons costumes sociais e caracterizados pela violência. A evolução da festividade acompanhou, então, a evolução da própria sociedade em seus aspectos políticos e sociais.
O Carnaval moderno, segundo historiadores, tem seu marco inicial nos eventos promovidos pela Marquesa de Santos, dama de maior prestígio na sociedade paulista em sua época. Sua casa, conhecida como Palacete do Carmo, recebia convidados para bailes carnavalescos. Em um domingo de festa, mudando os hábitos, uma comissão organizou um desfile de cavaleiros pela cidade. Anos depois, formariam o “Grupo Carnavalesco Os Zuavos” que saía pela Rua da Glória.
O primeiro desfile promovido pelo poder público aconteceu em 1934, quando o Prefeito Fábio da Silva Prado criou o Departamento de Cultura e Recreação. O financiamento do evento foi feito com verba coletada pelo prefeito entre seus amigos.
O vencedor do concurso foi o rancho Diamante Negro, seguido de Vim do Sertão. Na categoria blocos, o primeiro lugar ficou com os Fenianos e, para os Cordões, a vitória foi dos Garotos Olímpicos, seguido por Camisa Verde.
Porém, o primeiro Carnaval oficial da cidade de São Paulo só aconteceu no ano seguinte, organizado pelo jornal Correio de São Paulo e patrocinado pelo Centro de Cronistas Carnavalescos e pela Comissão Oficial. Nesse evento já havia organização, os grupos foram divididos em categorias e houve premiação.
Desde 1968, 215 escolas de samba já se apresentaram no Carnaval da cidade.

No Rio de janeiro, as escolas estão divididas em grupos: as dos dois primeiros desfilam na Avenida Marquês de Sapucaí, na Passarela do Samba (também chamada Sambódromo), inaugurada em 1984 (projeto de Oscar Niemeyer); as dos outros grupos desfilam na Avenida Rio Branco.
Em São Paulo, as principais escolas desfilam no Sambódromo do Anhembi.

Sambódromo do Rio de Janeiro
Sambódromo Marquês do Sapucaí - Rio de Janeiro
Sambódromo de São paulo
Sambódromo Anhembi - São paulo
http://www.rio-carnival.net/

A Zona Norte tem muito samba no pé


Conexão relacionada:
História do Carnaval de São Paulo
Fontes: Modinhas : Raizes da música do povo: um projeto cultural das Empresas Dow / José Rolim Valença. - São Paulo : Empresas Dow, 1985
Danças Populares Brasileiras - Projeto Cultural Rhodia - Publicação Rhodia S.A. - 1989


Carnaval

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