Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

Danças e

Festas Folclóricas
Danças e Festas
Ciclo Carnavalesco
Ciclo Junino
 Canções Juninas
 Culinária Junina
 Casamento Caipira
 Quadrilha
 Pássaro
Ciclo Religioso
Ciclo do Gado
Norte
Nordeste
Centro-Oeste
Sudeste
Sul
Danças comuns a várias regiões  brasileiras




Casamento Caipira
Bandeirinhas

Personagens principais: A noiva, o noivo, os pais da noiva, o padre, às vezes um delegado e os convidados.

Enredo: Geralmente é um casamento forçado pelo pai da noiva porque esta se encontra grávida.

Os textos são livres, longos e sempre com humor, alguns são mais ousados e muitas vezes há um trocadilho malicioso com os sobrenomes dos noivos, por exemplo: "Maria do Rego" vai se casar com "João Preto" e passa a se chamar "Maria do Rego Preto" e outros mais ousados.

Segue um exemplo de um texto infantil e mais curto.
Neste caso os noivos (crianças) já estão em frente ao padre para o início do casamento:

Padre – Bão, vamo começá logo esse casório. Ocê, Ciquinha Dengosa, promete, de coração, prá marido toda vida, o Pedrinho Foguetão?
Noiva – Mas que pregunta isquisita seu vigário faz prá mim... Eu vim aqui mais o Pedrinho num foi prá dizê que sim???
Padre – E ocê Pedrinho, que me olha assim tão prosa, qué mesmo prá sua esposa a Sinhá Chiquinha Dengosa?

Casamento caipira
Festa de São João em Campina Grande
Foto de Aluíso Alves
Noivo – Num havia de querê, num é essa minha opinião mas, se não caso com a Chiquinha , vô direto pro caixão... (diz isso olhando de esguelha para o delegado, que segura uma espingarda)
Padre – Então, em nome do cravo e do manjericão, caso a Chiquinha Dengosa com o Pedrinho Foguetão! E Viva os noivos!
Convidados - VIVA!!! (conforme os noivos passam, os convidados jogam arroz)
Padre – E vamo pro baile, pessoar!!!
E começa a quadrilha.

Fonte: http://wata-eh-legal.blogspot.com.br/2008/05/teatro-casamento-caipira-festa-junina.html
Bandeirinhas
O Exemplo a seguir foi enviado por Ivone Alves Sol em 18/06/2008 e publicado originalmente no sítio Recanto das Letras:

Narrador

Gente a esperá
Em noite de São Jão,
Noiva no artá
Só farta chegá o Jão!

Noiva

Ai meu Santo Antonio,
Quê do meu Jão?
Será que vai deixá eu
Dispois de tanta produção!?

Narrador

Jão é cabra de palavra,
Bem que pensou desisti...
Mas se assim o fizesse,
Ia se ver com seu Didi!

Noivo

Oxente, minha Fulô de Maracujá!
Ainda tá aí a me esperá, tá?
Magina se eu ia deixá ocê,
Prantada nesse artá!

Noiva

Eu sei meu beija-flor,
Que a mim tu tem amô!

Noivo

Vamu padre!
Case nois nesse momento...
Não tem nenhum impedimento,
Prêsse nosso casamento.

Narrador

O padre já cansado,
Não quer mais perdê tempo!
Chama os dois pro seu lado
Prumode fazê o juramento.

Padre

Então venha pra cá
João Lutero Jatobá,
Trazeno consigo a sinhá
Maria Fulô Maracujá.

Narrador

Os dois vão pro artá
Cheios de felicidade,
Quando de repente
Aparece uma beldade!

Amante

Ô Jão Lutero sei lá de que!
Acha que vai se casá, é?!
Ocê imbuxa eu e vai casá,
Cum outra muié?

Noivo

Mai eu nunca vi ocê,
Na missa nem na carniça.
Esse guri não é meu,
Essa muié uma bisca!

(continação)

Noiva

Ah!!! Jão Lutero!
Ocê vai ter que se expricá...!
Donde vem essa bisca,
Cum seu fio a carregá?!

Pai da noiva

Ah!!! Mai vai mermo!
Só que num é a eu nem a ocê.
É cum delegado da puliça,
Que esse cabra vai se vê!

Narrador

O coração de Jão dispara,
Suas pernas treme toda.
Inté que chega uma moça
E decidida abre a boca

Amiga da amante

Ontem mermo eu lhe vi,
Sua barriga só tinha banha.
Vamu logo de uma vez,
Acabe cum essa façanha!

(Amante e noiva brigam até que a noiva arranca a barriga falsa da amante)

Delegado

Parem ou eu atiro! (aponta a arma)

Noivo

Eu num te disse minha Fulô,
Que só tenho ôi pra ocê!
Vamu padre, nos case logo,
Antes que a comida acabe,
E a gente fique sem comê!

Narrador

E assim segue o casório,
Noivo e noiva no artá.
O padre num se demora,
Para não contrariar.

Padre (faz o sinal da cruz e diz:)

Pode beijá a noiva!

Noiva

Ai! Eu tou tão feliz!!!

Noivo

Ah! Minha fulô...
Eu não vejo a hora de vê ocê
Fazendo meu café,
Pegano a tualha prumode eu me enxugá,
Preparano a mesa pra quando eu acordá!

Noiva

Oxente! É só pra isso que ocê me quer, é?

Noivo

Não! Nóis vai fazer muitos guri, num é?!
Sorta o som!!!

"O Casamento Caipira ou Casamento da Roça é uma das principais atrações das festas juninas, principalmente no Nordeste. Normalmente, a noiva fica grávida e o pai força o casamento com seu “mal feitor". Este sempre chega bêbado no momento da cerimônia, depois de tentar fugir.
No meu texto, para variar, eu burlo os roteiros, é a amante que simula a gravidez. A história é diferente do conteúdo à estrutura, o que garante uma sonoridade interessante e um final bem divertido."

Ivone Alves Sol

http://www.recantodasletras.com.br/humor/1039306



Danças Folclóricas

Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter