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Danças e Festas Folclóricas |
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A base do Carimbó
são os tambores e outros instrumentos de percussão, como xeque-xeque,
reco-reco e raspador. A eles se juntam os mais diversos instrumentos
melódicos, além das vozes dos solistas e do coro.
O parente mais próximo do Carimbó é o batuque. Ele acontece na casa de seu promotor, preferencialmente no período delimitado pelo começo do verão até os primeiros meses do inverno. Esta época concentra muitas das festividades religiosas mais importantes, como o Ciclo Junino, as réplicas sertanejas do Círio de Nazaré e o Ciclo Natalino. Coreografia: se caracteriza como Dança-de-Roda e reúne homens e mulheres. Os pares se destacam e acontecem danças de solistas, nas quais o movimento do corpo acompanha, sílaba por sílaba, as notas da música e as vozes, bem como o ritmo dos tambores. O remelexo do corpo é maior nos solistas homens, sobretudo no requebro dos quadris, ora eles levantam os braços, ora apóiam as mãos nos quadris, ora estalam os dedos de ambas as mãos como se fossem castanholas. A configuração mais geral é de uma grande roda, que circula durante algum tempo, até que os pares volteiam, sem se tocar, e a roda se desfaz. Do ponto de vista da localização, é possível identificar três tipos de Carimbó: praieiro (Zona Atlântica do Pará); pastoril (Soure, Marajó) e rural ou agrícola (Baixo Amazonas). Poeticamente, a estrutura do Carimbó é extremamente variada, mas mantém uma tendência de prosa. Com versos de sete sílabas, em geral, tem métrica livre e subordinada ao ritmo musical. Os mesmos versos são cantados com muitas repetições e há intervalos entre uma dança e a seguinte. Não há ordem expressa na apresentação dos cantos, que podem, inclusive, ser solicitados pelos participantes. As principais figuras são os tiradores de Carimbó. Os instrumentos se colocam de uma lado, e do outro ficam os dançarinos, que fazem a roda para os pares solistas, e cantam em coro. Registro Anterior: Felícitas (décado de 1940) O Carimbó é dançado principalmente no Estado do Pará e seus arredores como Salinas, Bragança, Ilha do Marajó. É uma procissão muito apreciada pelos negros que procuram assim render homenagem ao Santo de sua raça, o São Benedito. No dia 8 de dezembro, ficam um pau de sebo, o mastro do Divino, na praça, em frente à igreja do respectivo santo, enfeitado de flores, frutas e encimado por valioso prêmio. Diariamente, após a procissão, dançam em sua volta o Carimbó e somente no último dia da novena entram em competição de galgar o mastro do Divino para obter o prêmio. Instrumentos musicais: diversos instrumentos que não sejam de sopro. Coreografia: Carimbó é parecido com lundu. É uma dança viva, rápida e movimentada. Os dançarinos dançam descalços, um na frente do outro, estalando os dedos. A assistência participa da alegoria própria do folguedo e solicita aos dançarinos que imitem bichos, como o galo, a galinha, o peru, o macaco, o gato, etc. Eles então imitam o canto do galo, o cacarejar da galinha e assim por diante. Entrementes, dançam unindo as testas, girando sobre si mesmos, mimoseando-se e coçando a cabeça um do outro. |
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Assista o
vídeo do: Grupo Arunda Carimbó |
Neste
grupo de Belém do Pará os instrumentos músicais são típicos do Carimbó. Mas não identifiquei o estilo da dança: Carimbó em Belém do Pará |
Destaque
para a interpretação do Carimbó do grupo pan-folclórico Sarandeiros de Belo Horizonte - MG Sarandeiros Oficial Carimbó |
Fontes :
Danças Populares Brasileiras / coordenação de Ricardo
Ohtake, pesquisa de Antonio José Madureira, texto de
Helena Katz, consultor Terson da Costa Praxedes, Porto Alegre - RS -
Projeto Cultural Rodhia, 1989
Danças do Brasil / Felícitas, - Rio de Janeiro:
Editora Tecnoprint Ltda., sem/data
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