Lundu
de Marajó - Interpretado pelo Grupo Sarandeiros,
Belo Horizonte - MG - Foto de Kika Antunes
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A
mais sensual dança
brasileira, originária dos escravos angolanos, chegou em alguns lugares
a ser proibida. Durante muitos anos, ela foi censurada pela Igreja
Católica, que a considerava profana e imoral. Nela, os homens e
mulheres, em movimentos frenéticos dos quadris sob o som de batuques,
simulam um ritual de amor. A dança é a representação desse ato carnal,
em que a dançarina envolve o seu companheiro com movimentos
voluptuosos, requebrando as cadeiras. O homem investe sobre a moça,
indicando o desejo de envolvê-la em seus braços.
Coreografia
A
coreografia desenvolve-se, a princípio, com a recusa da mulher, mas,
diante da insistência do seu companheiro, ela acaba por ceder.
Os trajes
femininos
são sempre saias bem rodadas com blusas curtas, deixando ombros e
abdome à mostra, e colares de sementes ou correntes. Os homens, sem
camisa, usam calças curtas e muitos colares.
O ritmo é
lento e cadenciado, predominando os instrumentos de sopro e os
atabaques.
A dança do lundu marajoara é realmente um espetáculo inesquecível,
principalmente se for admirado À luz de fogueiras, em noites de lua
cheia, nas praias paraenses.
O lundu
foi exportado para as cortes européias, onde obteve enorme sucesso.
Existem outras versões da dança pelo país.
Texto de
Gustavo Côrtes
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