Guarda
de Caboclinhos - Serro, Minas Gerais
Foto de Olívia Franco
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Diferentemente
do Caboclinho pernambucano, os caboclos do Sudeste se apresentam nas
festividades dos santos de devoção e recebem também a denominação de
Caiapós, no sul de Minas Gerais e no Estado de São Paulo.
Representam o indígena brasileiro catequizado pelos jesuítas, que foi
associado à confraria de Nossa Senhora do Rosário. Apresentam-se
ricamente vestidos, com adornos de penas nas pernas e nos braços,
cocares, saiotes, e levam nas mãos arco e flecha. Este elemento faz
papel percussivo na coreografia, pois marca o ritmo dos passos quando é
realizado o movimento de esticar e soltar a flecha que, pressa ao arco,
faz barulho de estalo.
A
música é executada com orquestra de percussão e, em algumas
localidades, o acordeão é utilizado.
Em Minas Gerais e São Paulo, chamam a atenção, a beleza dos trajes e da
coreografia movimentada das várias guardas existentes. Nas cidades
mineiras de Serro, Ferros, São Gotardo, Diamantina e Sapucaia de
Guanhães, dentre outras, os participantes terminam seus números
desenvolvendo a dança do Pau-de-Fita, no qual realizam as figuras do
trança fitas, trança-lenços ou trança-cipós. Em algumas localidades
paulistas e do sul de Minas, utilizam máscaras de cores berrantes e
desenvolvem um enredo singular com a presença do cacique, que faz papel de pajé, e de um
curumim, que representa seu filho.
Veja o
vídeo:
Encontro dos Povos do Espinhaço "Caboclinho"
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