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Danças e Festas Folclóricas |
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Como dança dramática, o bumba-meu-boi
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através dos tempos, algumas características dos autos medievais, o que
lhe dá o seu caráter de veículo de comunicação. Simples,
emocional, direto, linguagem oral, narrativa clara e uma ampla
identificação por parte do público, tomando semelhanças com a comédia
satírica ou tragicomédia pela estrutura dramática dos seus personagens
alegóricos, os incidentes cômicos e contextuais, a gravidade dos
conflitos e o desenlace quase sempre alegre, que funciona como um
processo catártico.
Manifestação folclórica em que são representados, com danças, cantos e declamações, os acontecimentos ligados à vida, morte e ressureição de um boi. (É celebrado de meados de novembro a janeiro, em todo o Nordeste, Sudeste e Sul até Santa Catarina; recebe várias denominações regionais: boi, boi-bumbá, boi-calemba, boi mamão, boi-de-reis, boi-pintadinho, boi-surubim, reis-de-boi.) O bumba-meu-boi é considerado
o auto popular ou dança dramática de
maior significação estética e social do folclore brasileiro.
Originou-se no fim do século XVIII, nos engenhos e fazendas de gado do
Nordeste, e, desvinculando-se do reisado, festa ligada ao catolicismo,
revestiu-se de caratér exclusivamente lúdico, com grande ênfase no
aspecto visual e na constante renovação do roteiro. É representado ao
ar livre e pode durar até oito horas. O público, numa roda em torno dos
intérpretes, participa cantando e fazendo apartes, ao que os
intérpretes respondem com improvisos. O bumba-meu-boi começa com uma
louvação ou cantoria de abertura, seguida da apresentação dos
personagens e da entrada do boi, que é representado por um homem no
interior de uma armação de madeira ou metal, recoberta de panos
coloridos. O boi dança, acompanhado de dois ou três vaqueiros, e adoece
ou é morto, sob pretextos que variam. Entram em cena os diversos
personagens, que tentam curá-lo ou ressuscitá-lo. |
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Fonte : Mídia e experiência estética na cultura popular: o caso do bumba-meu-boi / Francisca Ester de Sá Marques. - São Luís: Imprensa Universitária, 1999
Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 1995
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