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Dança dos Orixás
Orixalá
Dança de Orixalá - Grupo Folclórico do SESC, Bahia


O Orixá é um ancestral divinizado, cujo poder (axé) pode, mesmo depois da sua morte, encarnar momentaneamente num descendente. Na África, só se evoca um Orixá a cada festa, mas aqui, vários são chamados ao terreiro numa mesma celebração.

Cada Orixá, além de representar as forças da natureza, também identifica várias nuances de personalidade. Existem doze Xangôs, sete Oguns, sete Iemanjás dezesseis Oxalás. Cada um de nós possui dois Orixás. Apenas o mais aparente provoca a possessão, mas o caráter do indivíduo resulta da combinação e do equilíbrio dos seus dois Orixás, segundo os cultos africanos importados por nós juntamente com os escravos negros.


Para cada Orixá, há vários toques e pontos cantados. Os tambores falam, são dotados de força vital. Somente os músicos iniciados podem tocar tambor, sempre de pé, vestidos com um ojá (tira de pano). Seus sons buscam reproduzir a modulação da língua Yorubá (alta, média e grave, com vogais breves e longas), com frases rítmicas onomatopaicas. As frases são repetidas incansavelmente com o sentido de um ritual de renovação da criação.
Nos cânticos para Exu se dança com os braços meio dobrados, mãos semicerradas, dando dois passos para um lado, dois para o outro. Para Ogum, arma-se uma roda e o ritmo se apressa. A dança toma caráter guerreiro, podendo simular o brandir de espadas. Para Odê o que se mimetiza é o arco e a flecha, apontando para o chão (caça de animais terrestres) e para o céu (caça de pássaros). Os cânticos de caçadores se encerram com os de Oxóssi. Oxumaré, a divindade serpente arco-íris, recebe movimentos ondulatórios de toda a roda, que também aponta para o alto e para o chão, indicando que a serpente vem beber água na terra e retorna ao céu.
O “elujá” do Rei Xangô, Senhor dos Raios e Trovões, começa assim:

Bara-e-mio-Oraminha-Ioko
Oraminha-ni-Baba-Xangô

Suas danças são fortes, em andamento extremamente rápido, e geralmente provocam excitação generalizada. Para Abaluaiê dança-se com as mãos cruzadas às costas. Nanã, a mais velha das divindades, recebe movimentos parecidos com o pilar de grãos. Homenageia-se Oxum, Senhora das Águas Doces, balançando os braceletes e buscando gestos faceiros. Iemanjá, a sereia Rainha dos Mares, provoca ondulações como as do mar, e mãos na cabeça. Para Iansã, Deusa das Tempestades, a guardiã dos mortos, se dança com as mãos espalmadas para a frente, para afastar os espíritos.
E Oxalá, o Deus Supremo é saudado com danças viradas par o nascente, que imitam um velho curvado.

Veja o vídeo:

Dança dos Orixás - Balé Folclórico da Bahia
Xangô
Xangô - Grupo Folclórico do SESC, Bahia
Iemanjá
Iemanjá - Grupo Folclórico do SESC, Bahia

Fonte : Danças Populares Brasileiras / coordenação de Ricardo Ohtake, pesquisa de Antonio José Madureira, texto de
Helena Katz, consultor Terson da Costa Praxedes, Porto Alegre - RS - Projeto Cultural Rodhia, 1989



Danças Folclóricas

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