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Terezinha
Terezinha, de Jesus De travessa foi ao chão, (ou De uma queda foi ao chão,) Acudiram três cavaleiros, Todos três de chapéu na mão. O primeiro foi seu pai, O segundo, seu irmão, O terceiro foi aquele A quem ela deu a mão. (ou Que Tereza deu a mão.) Terezinha levantou-se Levantou-se lá do chão E sorrindo disse ao noivo: - Eu te dou meu coração. Tanta laranja madura Tanto limão pelo chão Tanto sangue derramado Dentro do meu coração. Da laranja quero um gomo Do limão quero um pedaço Da boquinha quero um beijo Do coração um abraço (ou Da boquinha mais bonita Quero um beijo e um abraço) |
Tororó Fui no Tororó Beber água não achei Achei bela morena Que no Totoró deixei. Aproveita minha gente Que uma noite não é nada Se não dormir agora Dormirá de madrugada O minha Fulana, ó fulanazinha Entrarás na roda E ficarás sozinha Sózinha eu não fico, Nem hei de ficar Porque tenho fulano Para ser meu par Bota aqui o teu pezinho Bem juntinho, igual ao meu E depois não vá dizer Que você se arrependeu Eu passei por sua porta Um cachorro me mordeu Não foi nada, não foi nada Quem sentiu a dor fui eu. |
Tororó (outra versão) Eu fui no Tororó Beber água e não achei, Adeus bela menina Que em Tororó deixei, Com prazer e alegria, Nossa Senhora do Ó, Nossa Senhora da Guia Ó Maria, ó Mariazinha, Entrou na roda Prá ficar sozinha Sozinha eu não fico, Nem hei de ficar Porque tenho Ricardo Para ser meu par.
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Roda Pião
O pião entrou na roda,
pião.
Sapateia no tijolo, pião.
A menina não é
capaz
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Garibaldi
Garibaldi foi à missa
Garibaldi foi à missa
Com o cavalo sem espora. O cavalo tropeçou. Garibaldi lá ficou. |
Senhora Dona Sancha
Senhora Dona
Sancha,
Que anjos
são esses
Somos filhos
de um rei
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O cravo e a rosa O cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada, O cravo saiu ferido, A rosa, despedaçada. O cravo ficou doente, A rosa foi visitá-lo O cravo teve um desmaio, A rosa pôs-se a chorar. |
Nesta rua Nesta rua, nesta rua tem um bosque Que se chama, que se chama solidão Dentro dele, dentro dele mora um anjo Que roubou, que roubou meu coração Se eu roubei, se eu roubei teu coração Tu roubaste, tu roubaste o meu também Se eu roubei, se eu roubei teu coração É porque, é porque te quero bem! |
Se esta rua fosse minha Se esta rua,
Com pedrinhas, |
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Eu
sou pobre
Eu pobre, pobre, pobre de-marré-marré-marré Eu pobre, pobre, pobre de-marré-de-si Eu sou rica, rica, rica de-marré-marré-marré Eu sou rica, rica, rica de-marré-de-si Quero uma de vossas filhas, de-marré-marré-marré Quero uma de vossas filhas, de-marré-de-si Escolhei a que quiser de-marré-marré-marré Escolhei a que quiser de-marré-de-si Eu quero a fulana de-marré-marré-marré Eu quero a fulana de-marré-de-si |
Que ofício dais a ela, de-marré-marré-marré Que ofício dais a ela, de-marré-de-si Dou o ofício de ... de-marré-marré-marré Dou o ofício de ... de-marré-de-si Este ofício não me agrada, de-marré-marré-marré Este ofício não me agrada, de-marré-de-si La se foi a ... de-marré-marré-marré La se foi a ... de-marré-de-si Eu de pobre fiquei rica, de-marré-marré-marré Eu de rica fiquei pobre, de-marré-de-si. |
Marré de si (outra versão) Eu sou rica, rica, rica, de marré, marré, de marré de si. Eu pobre, pobre, pobre de marré, marré, de marré de si. Eu desejo uma de vossas filhas, de marré, marré, de marré de si. Qual é a filha que vos deseja? de marré, marré, Eu desejo a dona Suzana de marré, marré, de marré de si. Qual é o ofício que darei a ela? Dou o ofício de pianista de marré, marré, de marré de si. Este ofício me agrada, de marré, marré, de marré de si. Vamos fazer a festa juntas de marré, marré, de marré de si. Eu sou rica, rica, rica, de marré, etc ... |
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Caranguejo
Brincadeira de roda, com cantiga e
coreografia
própria.
Caranguejo não é peixe, |
Conhecido, possivelmente, em todo o Brasil.
A Profª. Zaíde Maciel de Castro recolheu uma variante em Parati,
Estado do Rio de Janeiro, Danças Brasileiras, Pub.
nº
2, Prefeitura do Distrito Federal, 1959. Ô pó, ô pó, ô pó, No Nordeste, obedecendo ao mote, batem as palmas e o pé, sem volteio e pares enlaçados, como se verifica em Parati. Dança-se no Rio Grande do Sul. Paixão Cortes e Barbosa Lessa (Manual de Danças Gaúchas, Porto Alegre, 1956), registram a coreografia. |
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Fontes : Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Editora Vozes, 1999Nota: O Livro dos Jogos e das brincadeiras para todas as idades, de Heliana Brandão e Maria das Graças V. G. Froeseler, do qual colhi algumas das cantigas acima (inclusive a ilustração), além de ricamente ilustrado por Heliana Brandão, é o mais completo em jogos e brincadeiras disponível nesta área atualmente. Uma ótima aquisição para as escolas, principalmente de 1º grau, assim como para professores de Eduação física.
Dicionário do Folclore Brasileiro - Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem data
O Livro dos jogos e das brincadeiras: para todas as idades / Heliana Brandão, Maria das Graças V. G. Froeseler. - Belo Horizonte: Editora Leitura, 1997
Escorço do folclore de uma comunidade – Alceu Maynard Araújo in Revista do Arquivo Municipal CLXVI – Departamento de Cultura da Prefeitura do município de São Paulo, 1962
Roda de crianças: ilustração de Heliana Brandão
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