Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

Música
 Cantigas de Ninar
 Cantigas de Roda
 Roda de Adultos
 Cantigas de Trabalho
 Cantigas Sentimentais
 Cantigas Satíricas
 Cantigas de Rixas
 Cantos Religiosos
 Cantigas de Velório
 Outros Cantares
Instrumentos Musicais
Cantando o Brasil








 Cantigas de Roda
O cancioneiro infantil apresenta as cantigas de roda, de origem européia, cantadas pelas crianças em coro, em solo, ou em canto responsorial de solo e coro.
Ciranda Cirandinha

Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Vamos dar a meia-volta,
Volta e meia vamos dar.

Ó senhora Dona Clara,
Entre dentro desta roda,
Diga um verso bem bonito,
Diga adeus e vá-se embora.

Caranguejo não é peixe,
Caranguejo peixe é,
Caranguejo só é peixe
Na enchente da maré.

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou,
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.

Vai embora, vai melão,
Vai melão, vai melancia,
Vai jambo, sinhá, vai jambo,
Vai jambo, sinhá, bem doce.


Ciranda

 

Ciranda Cirandinha (outra versão)

Ciranda, cirandinha,
Vamos todos cirandar,
Uma volta, meia-volta,
Volta e meia vamos dar.

O anel que tu me deste
Era vidro e se quebrou,
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou.

Por isso, Dona Fulana, 
Entre dentro desta roda,
Diga um verso bem bonito,
Diga adeus e vá-se embora.

A Moda das tais anquinhas

A moda das tais anquinhas
É uma moda estrangulada
Depois do joelho em terra
Faz a gente ficar pasmada.

Fulana, sacode a saia,
Fulana, abre o braço,
Fulana, tem dó de mim,
Fulana, me dá um abraço.

Terezinha

Terezinha, de Jesus
De travessa foi ao chão,
(ou De uma queda foi ao chão,)
Acudiram três cavaleiros,
Todos três de chapéu na mão.

O primeiro foi seu pai,
O segundo, seu irmão,
O terceiro foi aquele
A quem ela deu a mão.
(ou Que Tereza deu a mão.)

Terezinha levantou-se
Levantou-se lá do chão
E sorrindo disse ao noivo:
- Eu te dou meu coração.

Tanta laranja madura
Tanto limão pelo chão
Tanto sangue derramado
Dentro do meu coração.

Da laranja quero um gomo
Do limão quero um pedaço
Da boquinha quero um beijo
Do coração um abraço
(ou Da boquinha mais bonita
Quero um beijo e um abraço)
Tororó

Fui no Tororó
Beber água não achei
Achei bela morena
Que no Totoró deixei.

Aproveita  minha gente
Que uma noite não é nada
Se não dormir agora
Dormirá de madrugada

O minha Fulana,  ó  fulanazinha
Entrarás na roda
E ficarás sozinha

Sózinha  eu não fico,
Nem hei de ficar
Porque tenho fulano
Para ser meu par

Bota aqui o teu pezinho
Bem juntinho, igual ao meu
E depois não vá dizer
Que você se arrependeu

Eu passei por sua porta
Um cachorro me mordeu
Não foi nada, não foi nada
Quem sentiu a dor fui eu.

Tororó (outra versão)

Eu fui no Tororó
Beber água e não achei,
Adeus bela menina
Que em Tororó deixei,
Com prazer e alegria,
Nossa Senhora do Ó,
Nossa Senhora da Guia

Ó Maria, ó Mariazinha,
Entrou na roda
Prá ficar sozinha
Sozinha eu não fico,
Nem hei de ficar
Porque tenho Ricardo
Para ser meu par.

 

Roda Pião

O pião entrou na roda, pião.
O pião entrou na roda, pião.
Roda pião, bambeia pião.

Sapateia no tijolo, pião.
Sapateia no tijolo, pião.
Roda pião, bambeia pião.

A menina não é capaz
De rodar pião no chão,
Roda pião, bambeia pião.


Garibaldi

Garibaldi foi à missa
Com o cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi pulou fora.

Garibaldi foi à missa
Com o cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi pulou fora.

Garibaldi foi à missa
Com o cavalo sem espora.
O cavalo tropeçou.
Garibaldi lá ficou.
Senhora Dona Sancha

Senhora Dona Sancha,
Coberta de ouro e prata,
Descubra seu rosto,
Que eu quero ver sua cara.

Que anjos são esses
De noite e de dia
Que andam me rodeando,
-Padre-Nosso, Ave-Maria.

Somos filhos de um rei
E netos de um visconde
Que mandam que se esconda
Debaixo de uma ponte.


O cravo e a rosa


O cravo brigou com a rosa
Debaixo de uma sacada,
O cravo saiu ferido,
A rosa, despedaçada.

O cravo ficou doente,
A rosa foi visitá-lo
O cravo teve um desmaio,
A rosa pôs-se a chorar.

Nesta rua

Nesta rua, nesta rua tem um bosque
Que se chama, que se chama solidão
Dentro dele, dentro dele mora um anjo
Que roubou, que roubou meu coração

Se eu roubei, se eu roubei teu coração
Tu roubaste, tu roubaste o meu também
Se eu roubei, se eu roubei teu coração
É porque, é porque te quero bem!


Se esta rua fosse minha

Se esta rua,
Se esta rua fosse minha,
Eu mandava,
Eu mandava ladrilhar,

Com pedrinhas,
Com pedrinhas de brilhantes,
Só pra ver,
Só pra ver meu bem passar.
 

Eu sou pobre

Eu pobre, pobre, pobre
de-marré-marré-marré
Eu pobre, pobre, pobre
de-marré-de-si

Eu sou rica, rica, rica
de-marré-marré-marré
Eu sou rica, rica, rica
de-marré-de-si

Quero uma de vossas filhas,
de-marré-marré-marré
Quero uma de vossas filhas,
de-marré-de-si

Escolhei a que quiser
de-marré-marré-marré
Escolhei a que quiser
de-marré-de-si

Eu quero a fulana
de-marré-marré-marré
Eu quero a fulana
de-marré-de-si



Que ofício dais a ela,
de-marré-marré-marré
Que ofício dais a ela,
de-marré-de-si

Dou o ofício de ...
de-marré-marré-marré
Dou o ofício de ...
de-marré-de-si

Este ofício não me agrada,
de-marré-marré-marré
Este ofício não me agrada,
de-marré-de-si

La se foi a ...
de-marré-marré-marré
La se foi a ...
de-marré-de-si

Eu de pobre fiquei rica,
de-marré-marré-marré
Eu de rica fiquei pobre,
de-marré-de-si.
Marré de si (outra versão)

Eu sou rica, rica, rica,
de marré, marré, de marré de si.

Eu pobre, pobre, pobre
de marré, marré, de marré de si.

Eu desejo
uma de vossas filhas,
de marré, marré, de marré de si.

Qual é a filha que vos deseja?
de marré, marré,

Eu desejo a dona Suzana
de marré, marré, de marré de si.

Qual é o ofício que darei a ela?

Dou o ofício de pianista
de marré, marré, de marré de si.

Este ofício me agrada,
de marré, marré, de marré de si.

Vamos fazer a festa juntas
de marré, marré, de marré de si.
Eu sou rica, rica, rica, de marré, etc ...

Caranguejo

Brincadeira de roda, com cantiga e coreografia própria.
Cantam versos, quadrinhas, variados, tendo ou não relação com o assunto, mas o estribilho caracteriza a ronda:

Caranguejo não é peixe,
Caranguejo peixe é:
Caranguejo só é peixe
Na enchente da maré!

Palma! Palma! Palma!
Pé! Pé! Pé!
Caranguejo só é peixe
Na enchente da maré!

Conhecido, possivelmente, em todo o Brasil. A Profª. Zaíde Maciel de Castro recolheu uma variante em Parati, Estado do Rio de Janeiro, Danças Brasileiras, Pub. nº 2, Prefeitura do Distrito Federal, 1959.
O refrão é diverso:

Ô pó, ô pó, ô pó,
A mão, a mão, a mão
Balanceia minha gente
No meio deste salão – 
                                ‘stá tão bom!

No Nordeste, obedecendo ao mote, batem as palmas e o pé, sem volteio e pares enlaçados, como se verifica em Parati.
Dança-se no Rio Grande do Sul. Paixão Cortes e Barbosa Lessa (Manual de Danças Gaúchas, Porto Alegre, 1956), registram a coreografia.
Fontes : Folclore Brasileiro / Nilza B. Megale- Petrópolis: Editora Vozes, 1999
Dicionário do Folclore Brasileiro - Câmara Cascudo, Rio de Janeiro: Ediouro Publicações S.A. sem data
O Livro dos jogos e das brincadeiras: para todas as idades / Heliana Brandão, Maria das Graças V. G. Froeseler. - Belo Horizonte: Editora Leitura, 1997
Escorço do folclore de uma comunidade  – Alceu Maynard Araújo in Revista do Arquivo Municipal CLXVI – Departamento de Cultura da Prefeitura do município de São Paulo, 1962
Roda de crianças: ilustração de Heliana Brandão

Nota: O Livro dos Jogos e das brincadeiras para todas as idades, de Heliana Brandão e Maria das  Graças V. G. Froeseler, do qual colhi algumas das cantigas acima (inclusive a ilustração), além de ricamente ilustrado por Heliana Brandão, é o mais completo em jogos e brincadeiras disponível nesta área atualmente. Uma ótima aquisição para as escolas, principalmente de 1º grau, assim como para professores de Eduação física.


Volta ao Topo
Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter