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o
conhecimento de várias fibras para tecelagem ou entrançado – o
algodão, o tucum, o caraguatá-bravo; o de peipeçaba para fazer
vassouras; o de abóboras semeadas pelo gentio para servirem-se dos
cabaços (cabaças) como vasilhas de carregar água e de guardar
farinha, como gamelas e parece que como urinóis; o método de curar
jerimum no fumo para durar o ano inteiro; o conhecimento de várias
madeiras e outros elementos vegetais de construção, como o
cipó, o
timbó e
o sapé ou a palha de pindoba, empregada
por muito tempo na
coberturas das casas; o de animais, pássaros, peixes, mariscos,
etc., valiosos para a alimentação, prestando-se ao mesmo tempo os
seus cascos, penas, peles, lanugem ou couro a vários fins úteis na
vida íntima e diária da família colonial; para cuias, agasalho,
enchimento de travesseiro, almofadas, colchões, redes; o de junco de
tábua, material excelente para esteiras; o de tinta de várias cores,
logo empregada na caiação das casas, na tintura de panos, na
pintura do rosto das mulheres, no fabrico de tinta de escrever – o
branco de tabatinga, o encarnado de araribá, de pau-brasil e de
urucu; o preto de jenipapo, o amarelo de tatajuba; o conhecimento de
gomas e resinas diversas – prestando-se para grudar papéis, cerrar
cartas à maneira de lacre, etc.
O indígena esteve presente em todas as fases da colonização brasileira. Atualmente muitos indígenas estão incorporados em várias ramos de atividades da sociedade brasileira, inclusive nas forças armadas. |
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A
crescente presença das Forças Armadas brasileiras (Exército e
Aeronáutica) na região do Rio Negro inclui a incorporação progressiva
de recrutas indígenas, os quais já constituem a maioria da tropa.
Há demandas por parte das comunidades indígenas, canalizadas pelas associações e pela Foirn, reivindicando ao governo federal a regulamentação das relações com os militares Exceto o pelotão de fronteira localizado em Cucuí, todos os demais estão dentro de terras indígenas demarcadas: Maturacá (na Terra Indígena Yanomami), São Joaquim, Querari, Iauareté, e Pari-Cachoeira (na Terra Indígena Alto Rio Negro) . Ainda está prevista a instalação de um pelotão defronte a comunidade Baniwa de Tunuí Cachoeira, no alto Içana. Estes pelotões foram construídos pela 1ª Cia. do 1º Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) e estão sob comando do 5º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), cujos quartéis estão localizados na cidade de São Gabriel da Cachoeira, onde também estão as bases da Aeronáutica, incluindo o radar do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivan) e o aeroporto, cuja área de domínio se sobrepõe a áreas ocupadas por comunidades indígenas. |
![]() Indígenas soldados no 5º Bis, em São Gabriel da Cachoeira |
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Existe ainda uma
área destinada pela União ao uso especial das Forças
Armadas (Decreto 95.859, de 22 de março de 1988, com extensão de 10.163
km'), totalmente sobreposta à Terra Indígena Médio Rio Negro I.
Na altura do km 112 da BR-307, que liga São Gabriel da Cachoeira a Cucuí, construída pelo Exército na década de 70 e que corta a Terra Indígena Balaio, está planejada a conclusão de um ramal de 68 km até a aldeia Yanomami de Maturacá, onde está situado um pelotão do Exército. |
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