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Ciclo do Gado
Nas fazendas de açúcar havia criação de gado, necessário para a alimentação da população local e como força motriz. Com o tempo, esse “gado de quintal” foi considerado antieconômico: ele exigia pastos, tomando terras que poderiam ser muito mais rendosas se cobertas de canaviais. Os rebanhos cresciam, os lucros com exportação do açúcar também. Para resolver esse problema, os reis portugueses proibiram a pecuária a menos de 10 léguas do litoral.
Os dois grandes centros de irradiação da pecuária no nordeste foram também os dois maiores núcleos da agricultura canavieira: Pernambuco e Bahia. Dali partiram as grandes correntes de penetração no interior: a baiana, pelos "sertões de dentro" (Ceará, Piauí, Maranhão), e a pernambucana, pelos "sertões de fora" (Paraíba, Rio Grande do Norte, parte do Ceará e do Piauí).
Gado
Moagem de cana no engenho - Ilustração de Hercules Florence - Museu Paulista
O Ciclo do Gado, também chamado Civilização do Couro, ou seja, um período em que o gado vacum - introduzido no país em 1534 por Ana Pimentel, esposa de Martim Afonso de Sousa - transforma-se em importante fator da economia colonial, tanto como mão-de-obra auxiliar dos escravos nos engenhos de açúcar, quanto como produtor de alimentos (carne e leite, principalmente) para as populações das fazendas e povoados. Funciona como fator de interiorização nacional, consagrando o ciclo produtivo desse período.

É importante lembrar que aqui surge a figura do vaqueiro, que se apresenta como um elemento
a mais, na pouco complexa sociedade colonial.          
Tratava-se de homens livres não-proprietários de terras, que se encarregavam das boiadas, quase sempre pelo sistema de "partilha", recebendo certo número  de reses, como pagamento pelo serviço prestado aos donos do rebanho - em geral o acordo era feito na base de um quarto do número total de cabeças, após cinco anos de serviço.
Esses homens, rudes e duros, muitas vezes escravos fugidos das fazendas do litoral, foram os verdadeiros conquistadores do sertão, abrindo caminhos,  fundando povoações e ocupando áreas antes totalmente virgens da presença dos colonizadores.
Ciclo do Gado
Tronco para domesticar bois - Debret
Ciclo do Gado
Transporte de carne de corte - Debret
Veja também:

Fontes: Brasil História - Texto e Consulta: 1 Colônia / Antonio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão - São Paulo: Editora Brasiliense, 1979
Mídia e experiência estética na cultura popular: o caso do bumba-meu-boi / Francisca Ester de Sá Marques. - São Luís: Imprensa Universitária, 1999.


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