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Páscoa
Símbolos da Páscoa
Costumes e tradições na Páscoa


Páscoa (Do hebraico, pessach, através, do grego, paskha, pelo latim, pascha.)

Na liturgia cristã. festa anual celebrada durante a primavera (hemisfério Norte ), data variável em memória da Ressurreição de Cristo. Para os Católicos é a data mais importante do ano Litúrgico.
Na liturgia judaica. festa que comemora anualmente a saída do Egito.

A data da festa de Páscoa foi fixada pelo primeiro Concilio de Nicéia (325), dessa festa dependem todas as datas móveis do calendário litúrgico, particularmente a Quaresma, como são chamados os 40 dias de preparação para a Páscoa, e o dia de Pentecostes, 50 dias depois dela.

No final da Semana Santa, após a Quaresma, tempo de sacrifício e penitência volta o tempo de louvor. Após o entardecer do Sábado Santo, o Aleluia, textualmente em hebraico: "Louvar-nós-Deus" (Hallel-u- Ya), volta a ser entoado nas igrejas ao cair da noite. O Sábado Santo é o dia do retorno do aleluia, é o Sábado do Aleluia, do retorno da louvação. Esse sábado todo é santo, mas de aleluia ele é mesmo a partir do anoitecer. A meia-noite, depois da Vigília Pascal, sai a procissão de Aleluia, em diversas localidades, e anuncia o Domingo da Ressurreição. O Domingo de Páscoa.

Os cristãos transformaram a celebração da Páscoa judaica (Pessah) na Festa da Ressurreição de Jesus Cristo, depois da sua morte por crucificação, por volta do ano 30 d. C. Os primeiros cristãos festejavam a Páscoa no primeiro domingo depois da primeira lua cheia, após o equinócio de primavera no Hemisfério Norte (21 de março).

O mistério da passagem de Jesus da morte à vida, do mundo ao Pai e a esperança de sua segunda vinda eram celebrados com uma partilha de pão e vinho pelas primeiras  comunidades cristãs, na madrugada de cada domingo. Elas cumpriam a palavra: “Fazei isto em memória de mim”: segundo o rito descrito por São Paulo (ICor 11,23-26). Com o tempo as celebrações semanais tornaram-se mais litúrgicas e solenes. O número de fiéis aumentou. A hóstia foi uma solução para a partilha do pão entre milhares de pessoas, várias vezes ao dia. Hoje, toda a vida da Igreja encontra-se polarizada pela celebração do mistério pascal: tanto na celebração cotidiana ou dominical da Eucaristia, como na Páscoa anual.
Páscoa - Festa da Ressurreição de Jesus Cristo
Páscoa - Festa da Ressurreição de Jesus Cristo
Símbolos da Páscoa

Os símbolos da Pácoa são: O Cordeiro pascal, Círio Pascal e o Fogo Novo, o óleo e a água, o pão e o trigo, o fermento e o pão ázimo, o sangue, o vinho e a videira, o vinagre, o sacrifício e a cruz, o túmulo vazio, a pomba pascal, assim como os ramos do Domingo de Ramos e o Lava-pés.

O Cordeiro Pascal
O Cordeiro é o mais antigo símbolo da Páscoa. Ele foi símbolo da Primeira Aliança entre Deus e Moisés.
Para os cristãos, Jesus é o Cordeiro de Deus, o Cordeiro Pascal. A imagem do cordeiro vem de longe. Para os cristãos, o carneiro que o patriarca Abraão encontrou para sacrificar, ao invés de seu filho 1saque, se torna em Jesus o Cordeiro de Deus. Como nos dizeres tardiamente atribuídos ao seu primo João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus que tira os pecados do mundo" (Jo 1,29).
O Profeta Isaías já havia profetizado o comportamento do Messias: "Brutalizado, ele se humilha, não abre a boca; como um cordeiro é arrastado ao matadouro, como uma ovelha emudece diante dos tosquiadores: ele não abre a boca. Ele foi transpassado por causa dos nossos crimes e não abriu a boca" (Is 53,5-7).

O Círio Pascal
O Círio Pascal é uma vela grande e grossa que se acende todos os anos, pela primeira vez, no sábado da Vigília Pascal. Essa vela, em geral, permanece nas igrejas católicas junto ao altar-mor, por quase todo o ano. O Círio Pascal representa a luz de Cristo, pois o próprio Jesus disse: "Eu sou a luz do mundo!". No círio há duas letras gregas - o alfa e o ômega -, respectivamente as primeira e última letras do alfabeto grego. O alfa representa o princípio e o ômega, o fim, uma vez que Jesus falou também: "Eu sou o princípio e o fim".
Na grande vela, há ainda a indicação dos quatro algarismos do ano que está em curso, simbolizando a presença viva de Jesus junto a todos os povos do mundo, com união de fé e de esperança.
Círio Pascal com o Cordeiro Pascal
Círio Pascal com
o Cordeiro Pascal
Guia de Curiosidades Católicas

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Causos, costumes, festanças e símbolos escondidos no seu calendário
Evaristo Eduardo de Miranda
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O Fogo Novo
No início da cerimônia da Vigília Pascal, na noite do Sábado Santo, o Círio Pascal é levado pelo padre (ou padres) para fora da igreja, junto à porta. Enquanto isso,  apagam-se todas as luzes do templo e o povo, com velas nas mãos, aguarda no escuro, em silêncio. Aceso o círio com o "fogo  novo", o padre o leva para dentro da igreja e o apresenta aos fiéis como a "luz de Cristo", o "fogo novo" da Ressurreição. Todas as velas que estão com as outras pessoas são acesas aos poucos no círio, até que todo o templo fica iluminado pela luz das velas, ou seja, pelo fogo novo do círio pascal. Segue-se, então, a celebração da Vigília Pascal e, mesmo com as luzes acesas e as pequenas velas apagadas, o grande círio continua aceso até o fim da cerimônia.

O Óleo
O óleo é usada no sacramento da Crisma ou Confirmação, é empregado no sacramento da Unção dos Enfermos e no sacramento da Ordem. Na Quinta-feira Santa se celebra a missa do Crisma, e o bispo e os padres abençoam os óleos sacramentais.

A Água
Na Vigília Pascal (Sábado Santo), durante a celebração, o sacerdote faz a bênção da água batismal, quer haja quer não haja batismos. Para isso, às vezes, o sacerdote mergulha o círio pascal na água, invocando sobre esta a força do Espírito Santo. Com a água já benta, o padre poderá aspergir o povo presente e fazer uma oração, para que, ao recordar o batismo, todos possam renovar-se, permanecendo fiéis ao Espírito Santo. A água simboliza a pureza, purificação e renovação.

O Pão, o Vinho e a Cruz
O Pão
O pão simboliza o corpo de Jesus. Foi um dia antes de morrer que Jesus, ao comemorar a Páscoa com seus companheiros, naquela que foi sua última ceia, tomou o pão, benzeu-o, partiu-o e deu-o aos seus discípulos, dizendo:  "isto é o meu corpo que será entregue por vós".
Muitas vezes, o pão é também representado por um maço de espigas de trigo.

O Vinho
O vinho simboliza o sangue de Jesus. Jesus pegou o cálice com vinho e deu a todos, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue...
O vinho é também representado, algumas vezes, por um cacho de uvas.

A Cruz
A Cruz, instrumento de suplício no qual Jesus morreu, passou a ser um símbolo do cristianismo e também um símbolo da Páscoa.
Morrer na cruz era algo humilhante para os condenados, pois, além de ficarem com os corpos expostos publicamente, apenas os mais hediondos crimes eram punidos com tal pena. Jesus, ao morrer na cruz, deu à humanidade mais uma lição de humildade: sendo Filho de Deus, que tudo pode, ele morreu da forma mais vergonhosa que havia em seu tempo. 
Os Símbolos da Páscoa
Os Símbolos da Páscoa
Natália Maccari,
Suely Mendes Brazão

Paulinas
O Túmulo Vazio evoca a Ressurreição: “Porque procuram entre os mortos aquele que está vivo? Jesus ressuscitou, como havia dito”.

A Pomba Pascal
As pombas são aves que sempre estiveram ligadas a episódios bíblicos.
No livro do Gênesis, quando se conta a história de Noé e sua arca, após o dilúvio, quando as águas baixaram, Noé enviou uma pomba para certificar-se de que terras já estavam à superfície, possibilitando, pois, a vida fora da arca. Somente quando a pomba voltou com um raminho de oliveira no bico é que Noé teve a certeza de que poderia desembarcar. No Novo Testamento, os evangelistas, ao falar do batismo de Jesus, dizem que o Espírito de Deus desceu sobre ele em forma de pomba.
Costumes e tradições na Páscoa

Dentre os vários costumes e tradições pascais estão os ovos coloridos e decorados, os ovos de chocolate, a figura do coelho que entrega ovos de chocolate, os sinos, o cordeiro na ceia pascal e o bolo da colomba pascal.


Ovos de Páscoa
Os ovos decorados de Páscoa são uma conseqüência do período e das práticas da Quaresma. Como era proibido comer ovos durante a Quaresma, chegava-se na Páscoa com uma grande quantidade de ovos, perdidos. A partir da Idade Média, suas cascas começaram a ser decoradas, conforme costumes variados em função dos países. As igrejas ortodoxas têm registros antigos de rituais de bênção e distribuição de ovos coloridos no começo ou no final da grande celebração pascal. No Ocidente, essa tradição começou no século XII e consagrou o ovo da Páscoa como o sinal da vida nova da ressurreição.
Na Rússia e na Polônia a tradição pascal mais típica ainda é a decoração de ovos de Páscoa. Mas na Alemanha, na Ucrânia e em vários países da Europa Central a tradição de decorar ovos de Páscoa ganhou grandes contornos artísticos ao longo dos séculos. Os ovos de Páscoa decorados, feitos de madeira e de materiais mais nobres foram sendo criados. O Rei Luís XIV distribuía em pessoa ovos pintados a mão e recobertos com folhas de ouro para a sua corte. Desde o século XVI, a corte dos reis da Inglaterra e da França também começou a produzir e distribuir ovos magníficos. Muitos estão até hoje em museus, dado o seu caráter excepcional. Carl Fableau consagrou-se como um criador de ovos preciosos para os czares da Rússia. A história começou em 1884, quando Fableau fabricou uma verdadeira jóia, em forma de ovo de Páscoa, inspirada na decoração bizantina, para o Czar Alexandre III dar à sua esposa, a Czarina Maria.
Ovos decorados
Ovos Ucranianos decorados
Criação de Marilda Kmetiuk

Os Ovos de Chocolate

Comer chocolate de diversas formas é uma tradição da Páscoa, principalmente na forma de ovos, trocados entre familiares. O chocolate chegou à Europa pela primeira vez no século XVI, vindo do México, com a descoberta do cacau na América. A produção mais organizada de cacau para atender o mercado europeu levou mais de um século para ser minimamente organizada. Foi no século XVIII, na França, onde pela primeira vez decidiu-se esvaziar um ovo e preenchê-lo de chocolate. Depois, o ovo de Páscoa começou a ser confeccionado em chocolate. A progressão foi lenta e o costume consagrou-se no século XX. Nas tradições pascais, os ovos de chocolate são escondidos no jardim e as crianças devem encontrá-los. Também são deixados pelos pais em ninhos e cestos, preparados e decorados na véspera pelas crianças em seus quartos ou em algum lugar da casa.

O ovo é um símbolo antigo da vida e do nascimento, sem estar associado obrigatoriamente com a Páscoa. Para alguns, parte dos atuais símbolos da Páscoa, especialmente os ovos, são resquícios culturais de festividades pagãs germânicas de primavera, em honra da deusa Eostre ou Astre. Esses costumes teriam sido assimilados às celebrações cristãs da Páscoa, depois da cristianização dos pagãos germânicos. Há controvérsia em dar esse crédito aos alemães. Na realidade, bem antes da evangelização dos germânicos, os persas, os romanos, os judeus e os armênios já tinham o hábito de oferecer e receber ovos na chegada da primavera, como sinal de fertilidade.

O coelho da Páscoa
O coelho é uma tradição da Páscoa germânica e do norte da Europa. Ele era o animal emblemático da deusa Astre, que os saxônios honravam na primavera, e da deusa Ost ou Ester dos países germânicos. Páscoa em inglês é Estern. O coelho ou a lebre também era o símbolo da deusa-mãe em tradições célticas e escandinavas. O coelho é fecundo e pode gerar 4 a 8 vezes por ano. Nisso, ele simboliza a abundância, a proliferação e a renovação da vida. Até a Cristo, a lebre já foi associada na iconografia cristã, com orelhas grandes abertas para escutar a palavra divina.
O costume do coelho de Páscoa chegou na maioria dos países católicos recentemente, durante o século XX.

Os sinos
Durante a Semana Santa, os sinos ficam mudos. Existe uma lenda em muitos países católicos, especialmente na França, segundo a qual os sinos das igrejas, na noite da Quinta-feira Santa, partem voando para Roma onde o papa os abençoa. E eles voltam voando, tocando, repicando e anunciando a alegria da ressurreição. Antes de partir, ainda em Roma, os sinos enchem-se de ovos de Páscoa que são espalhados nos jardins das casas.

A Colomba Pascal
A vinda de imigrantes de diversos países da Europa trouxe ao Brasil novas tradições que se generalizaram. Uma delas é o bolo em forma de pomba, a colomba pascal. Sua massa não é tão adocicada como a do natalino panetone, mas também é recheada com frutas cristalizadas e marmorizada com chocolate.
A Colomba Pascal e de origem lombarda, é consumida no final do almoço de Páscoa na Itália. De acordo com a tradição, o violento rei lombardo Alboino, líder da invasão do norte da Itália no ano 568, raivoso com os problemas da guerra e a resistência militar na cidade de Pavia, somente se acalmou e abandonou seus desejos de vingança ao ganhar de um padeiro da cidade rival um pão doce em forma de pomba, preconizando a paz. As primeiras colombas pascais não tinham chocolate.
Coelho de Páscoa
Coelho da Páscoa

Fontes: Guia de Curiosidades católicas / Evaristo Eduardo de Miranda. - Petrópolis, RJ : Vozes, 2007
               Os Símbolos da Páscoa / Natália Maccari, Suely Mendes Brazão. -  São Paulo : Paulinas, 2000
               
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