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Os Orixás
Orixá: Palavra de origem ioruba que designa as divindades dos cultos afro-brasileiros. Cada orixá está ligado a um fenômeno natural e/ou a uma atividade específica, ou ainda a um aspecto da personalidade humana.
Em número superior a 600 na África, não se sabe quantos deles chegaram a ser cultuados no Brasil.
Os principais são: Exu, Ogum. Oxóssi, Ossâim, Xangô, Iansã, Oxum, Oxumarê, Obaluaê, Iemanjá e Oxalá.
Devido à repressão da Igreja Católica, cada um deles foi associado a um santo católico (sincretismo).
O culto aos orixás inclui diversos rituais, inclusive a oferendas de comidas e preparados ritualmente, segundo as normas particulares de cada orixá, e bebidas alcoólicas; ocorre também o sacrifício de animais (galináceos, caprinos e bovinos).
Cada pessoa tem seu orixá protetor ou, segundo os diversos cultos, um principal e um secundário, ou mais.
A identificação do orixá protetor é feita pelo pai-de-santo, geralmente através do jogo de búzios.
Os protegidos - ditos filhos ou filhos-de-santo - de cada orixá podem, após o ritual de iniciação, ser possuídos ou incorporar seu orixá.
No Brasil, em Cuba e no Haiti, cada um deles foi associado a um santo católico. As aventuras dos orixás femininos e masculinos, seus casamentos e conflitos, formam uma rica mitologia.

OXALÁ

Orixá masculino do céu e da criação do mundo. Também chamado Obatalá e Orixalá, é um dos orixás mais queridos e respeitados do Brasil, principalmente na Bahia. É filho de Olorum e pai de todos os orixás; ligou-se apenas a Iemanjá, com quem teve a maioria dos filhos, e a Nanã, com teve os orixás Iroco, Oxumaré e Obaluaê. 
Governa, além dos céus, todos os orixás e, por extensão, a humanidade, que criou com figuras de barro cozido.

Oxala
Oxalá : ilustração de Francisco Santos

Características: extremamente pacífico, calmo e tranquilo, Oxalá é sempre o último orixá a se manifestar durante uma cerimônia. Divindade da criação; poder e proteção. 
Sincretismo: habitualmente identificado com Jesus Cristo. Em sua homenagem é realizada a lavagem das escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bonfim, em Salvador (BA);
Cor: sua cor é o branco;
Contas: Brancas leitosa;
Oferenda: Comida branca - ebô de milho sem azeite e sem sal e acaçá; conquém, galinha branca, pombo, cabra;
Sacrifício: Conquém, galinha branca, pombo, cabra;
Saudação: Epá Babá;
Simbolismo: Pedacinhos de marfim dentro de um anel de chumbo;
Instrumentos: Capacete, couraça, e capangas, uma espada, uma mão-de-pilão, um escudo, um polvari;
Indumentária: Branca;
Dia da semana: é a sexta-feira, pelo que muitos filhos-de-santo vestem roupas brancas neste dia;
Mostra-se ora como ancião bondoso e paternal (Oxalufã), ora como guerreiro vigoroso e sensual (Oxaguiã)

OLORUM
Orixá Masculino da criação do mundo. Foi praticamente esquecido em grande parte das casas de culto brasileiras. É o pai de Oxalá.

Exu
Exu : Ilustração de Ricardo Pissiali
EXU
Figura muito popular e controvertida do panteão afro-brasileiro. No candomblé, é considerado, em algumas casas, um orixá e em outras, não, mas todas atribuem-lhe a função de mensageiro dos orixás, responsável por levar os pedidos dos homens às divindades e traduzir-lhes as respostas.
Transita tanto pelo mundo material (ayé) quanto pela região do sobrenatural (orum).
É considerado o mais humano dos orixás por interferir nas ocorrências práticas e mundanas.
Atribuem-lhe freqüentes interferências maléficas na vida prática e espiritual.
Características: afinidade com dinheiro e ganhos materiais, sexualidade exacerbada, irreverência e, principalmente, beligerância indiscriminada, orixá do movimento;
Sincretismo: na umbanda e no folclore é considerado a personificação do Mal, identificado com o Diabo cristão; em Pernambuco é identificado com São Bartolomeu e São Gabriel; no Rio Grande do Sul é identificado com Santo Antônio e São Pedro; no Rio de Janeiro à Santo Antõnio;
Cores: o preto e vermelho ou preto e azul escuro;
Contas: pretas e vermelhas;
Oferendas
no candomblé é homenageado antes dos orixás e quase todos os tipos de comida-de-santo lhe são oferecidas, sendo a mais comum farofa com azeite-de-dendê e pimenta, pinga, charutos;
Sacrifício: um galo ou bode pretos;
Saudação: Laroiê;
Simbolismo: Ogó (pênis de madeira, com búzios pendurados simbolizando o sêmen);
Instrumentos: Ogó, um cetro em forma de pênis;
Indumentária: nas cores vermelho e preto;
Dia da semana:
segunda-feira;
Locais: seus locais são as encruzilhadas, passagens, rotas, esquinas e portas.

Exus das encruzilhadas: Tranca-Ruas, Sete Encruzadas; Babarô, Lalu, Exu Rei, Rei das Sete Encruzilhadas;
Exus do Cruzeiro das Almas: Exu Porteira, Exu do Cruzeiro, Exu das Almas. Tatá Caveira, João Caveira;
Exus do Cemitério: Sr. Caveira, Sete Caveiras, Sete Catacumbas, Exu Caveira do Cemitério.
O aspecto feminino de Exu é a Pomba-Gira, que se destaca pelo humor, volúpia e sensualidade (cabelos soltos, saias rodadas, flores na cabeça, dança frenética).
IANSÃ
Orixá feminino iorubano, associado aos ventos fortes e tempestades. É também conhecida no Brasil por Oiá, tal como se chama na África a deusa do rio Oiá (Níger), sua forma original.

Segundo as lendas, foi mulher de Ogum e trocou-o por Xangô, mas sem romper totalmente os laços com Ogum.
É representada como uma rainha guerreira, com uma espada em punho. Muito corajosa, é o único orixá capaz de enfrentar os eguns, espíritos dos mortos.

Característicastemperamento forte, passional e autoritário, ao mesmo tempo agressivo e feliz, uma de suas características mais marcantes é a sensualidade irrefreada;
Sincretismo: identificada pelos afro-brasileiros como Santa Bárbara, tornou-se protetora contra os raios e tormentas;
Cores: branco, laranja, vermelho coral, amarelo, marrom avermelhado;
Contas: ocre vermelho;
Oferendas
come acarajé e abará, e detesta abóbora.
Sacrifício: cabras, galinhas,
Saudação: Epahei;
Simbolismo: chicote (Eruexim) Raio-Zambembe, espada curta - Abebé, raio;
Instrumentos: o cálice, a espada e o leque ;
Indumentária: vermelha e branca;
Dia da semana:
terça-feira, para alguns, quarta-feira, também dia de xangô, o deus dos trovões. Festejada dentro e fora dos candomblés a 4 de dezembro;
Locais: margem de rios e ventania, recebe oferendas em locais verdes (gramados), junto a pedreiras, pé das pitangueiras e algumas vezes no bambual; nas cachoeiras.


É muito popular entre as mulheres dos candomblés, sendo escolhida para santa das mais inquietas e de vida sexual mais ativa.
Iansã
Iansã : ilustração de Francisco Santos
Iemanjá
Iemanjá : Ilustração de Ricardo Pissiali
IEMANJÁ
Iemanjá (do ioruba yeye, mãe + eja, peixe), orixá feminino das águas, especialmente do mar. Muito cultuada em todo o país, é também chamada Janaína, Princesa de Auicá, Princesa do Aiocá, Sereia do Mar, Rainha do Mar, Senhora das Águas. Associada à gestação e à procriação, é-lhe atribuida a condição de mãe da grande maioria dos orixás, entre os quais Xangô, Iansã e Oxóssi.
É representada como uma senhora branca de seios grandes, com uma coroa franjada, empunhando um leque com desenhos de peixes ou sereias. Aculturada com as sereias de origem européia e as iaras ameríndias. Segundo o atual movimento negro deveria ser negra, já que se trata de um orixá africano.

Características: sentimento maternal, afabilidade e doçura; apego à hierarquia, retidão e alguma rigidez; determinação, responsabilidade e força;
Sincretismo: sincretizada com várias Nossas Senhoras, é festejada em várias datas: em Salvador, a 2 de fevereiro (dia de Nossa Senhora do Rosário, quando um grande cortejo de barcos parte do bairro do Rio Vermelho e entra mar adentro levando-lhe presentes). No Rio de Janeiro e em diversas partes do litoral, é festejada no Ano-Novo e em Santos (SP), a 15 de agosto e 31 de dezembro. Sua correspondente católica, nos candomblés, é Nossa Senhora da Conceição, festejada no dia 8 de dezembro;
Cores: o azul, o rosa-claro, o azul-claro e o branco;
Contas: colar com pedras transparentes verdes ou azul claro;
Oferendas: canjica (Ebó) branca e mel; peixe, camarão, arroz, manjar branco, mamão;
Sacrifício: porco, pato, cabra e galinha;
Saudação: Odoiá;
Simbolismo: Abebê (leque) de metal branco com um peixe ou em formato de peixe, concha, ondas, peixes;
Instrumentos: Espada, Abebê (leque);
Indumentária: branca e azul;
Dia da semana:
sábado,
Locais: Mar, Praia, rios.

LOGUNEDÊ

Apesar de não ser um Orixá muito conhecido no Brasil, é bem cultuado na região da Bahia e também no Rio de Janeiro.
Do mesmo modo que Oxumaré, é um Orixá Dan. Ele é seis meses masculino-Oxóssi e seis meses feminino-Oxum. Dessa forma, e essa é uma de suas particularidades, ele vive seis meses no ano sobre a terra, comendo caça, e os outros seis meses, sob a água de um rio, comendo peixes.

Características: poder, proteção: Rege os navegantes. É representado pelo Peixe Marinho
Sincretismo: com São Miguel Arcanjo, na Bahia é sincretizado com Santo Expedito;
Cores: Azul com amarelo

Conta: intercalam o azul com o amarelo translúcido;
Oferendas: Axoxó, amolucrum ou feijão fradinho com ovos, milho, cebola, camarão, inhame, coco, mel, dendê;
Sacrifício: Bode, frango, galinha-de-Angola (macho), galo, pombo, porco;

Saudação: Logun e Oriki; Ou oriki - olu a o lô riki, Loci Loci Logun;
Simbolismo: Arco com ferramentas de mato, caça e pesca em metal branco e Cavalo-marinho;
Instrumentos: Capacete, capanga, chifre, seta, arco e espada de latão, pedra de mato ou rio;
Indumentária: azul;
Dia da semana: Quinta-feira;
Locais: matas e rios, cachoeiras.

Logunede
Logunedê : Ilustração de Ricardo Pissiali
Naná
Nanã : ilustração de Francisco Santos
NANÃ

Nanã Burukê é a divindade das águas, a mais antiga de todas, muito velha e arredia, dona das águas paradas, das lagoas, dos pântanos, das chuvas, senhora das profundezas do mar e da lama. Nanã está relacionada aos aspectos da formação das questões humanas, da essência de um indivíduo, e do próprio. Está sempre no princípio de tudo. Cultuada na Umbanda como a Avó dos Orixás.

Características: poderes, domínio: Deusa da água (ela é a ninfa mais velha do panteão yoruba);
Sincretismo: Sant'Ana;
Cores: roxo ou lilás;

Contas: amarelas;
Oferendas: efó de beterraba, mostarda;
Sacrifício: cabra branca;
Saudação: Saluba;
Simbolismo: Ebirin feito com palha da costa e búzios (vassoura de Nanã);
Instrumentos: ouriço-do-mar; pedra do mar, búzios, pulseiras, braceletes;
Indumentária: roxo, lilás e branco;
Dia da semana: segunda-feira e é festejada em 26 de julho;
Locais: as oferendas devem ser entregues nos locais por ela mesma designados, podendo ser em cachoeiras e rios, à beira-mar e também nas matas.
OBÁ

Orixá feminino associado ao rio Obá da Nigéria, mulher menos amada de Xangô.
Vigorosa e cheio de coragem, mas com um pouco de charme e refinamento. Ela não temia ninguém no mundo e tinha como maior prazer a luta. Participou de muitas lutas e derrotou vários Orixás. Nem mesmo Oxumaré resistiu à sua força.

Características: Força e honestidade;
Sincretismo: Nossa Senhora das Neves, Nossa Senhora do Mont Serrat e, remotamente com Santa Joana D'Arc;
Cores
vermelho, branco, amarelo, marfim, rosa, coral;
Contas: colores de cobre, prata e platina adornado com suas pedras: marfim, coral, esmeralda e olho-de-leopardo;
Oferendas: acarajé, feijão fradinho, amalá e carurú;
Sacrifício: cabra adulta sem chifres e galinha amarela;

Saudação: Exó;
Simbolismo: o escudo e a espada;
Instrumentos: a espada;
Indumentária: vermelho, branco, amarelo, marfim, rosa, coral;
Dia da semana: quarta-feira;
Locais: terras, ilhas, península e mares e recebe oferendas nas penínsulas, águas agitadas nos rios.
Obá
Obá : Ilustração de Ricardo Pissiali
Ogum
Ogum : ilustração de Francisco Santos
OGUM
Orixá masculino do ferro e da guerra e, por extensão, das competições.
É um dos orixás mais conhecidos e cultuados no Brasil.
Filho de Iemanjá, é irmão de Exu, com o qual se assemelha pela agressividade e beligerância. Conquistador e volúvel, ligou-se a vários orixás femininos, entre as quais Iansã, que o trocou por Xangô.
Seu símbolo é uma espada prateada, e seu amuleto (ou fetiche) é uma penca de 14 ou 21 instrumentos de ferro. Quando se incorpora, dança brandindo a espada, como em combate.

Características
:
impetuosidade, autoritarismo, coragem, retidão e gosto pelas viagens e conquistas;
Sincretismo: identificado com São Jorge, São Sebastião em São Paulo e Rio de Janeiro, e Santo Antônio na Bahia;
Cores: no candomblé sua cor é o azul-escuro, às vezes com o branco, e, na umbanda, vermelho e branco;
Conta: azuis;
Oferendas
cravos e rosas vermelhas, feijão-preto ou feijoada, acarajé, inhame assado, vela azul-marinho;
Saudação: Ogunhê!
Simbolismo:  instrumentos de ferro;
Instrumentos: espada, lança, capacete, escudo e couraça de aço;
Indumentária: azul;
Dia da semana:
Quinta-feira (Enciclopédia Larousse) terça-feira (Coleção Orixás)
Locais: encruzilhadas

Ogum: deus nagô da guerra, Ogundelê.

AS 7 FALANGES DE OGUM

Ogum Beira-Mar (oferenda à beira-mar)
Ogum Rompe-Mato (oferenda na entrada da mata)
Ogum Megê (oferenda no lado direito do cemitério)
Ogum Naruê (oferenda no lado esquerdo do cemitério)
Ogum Matinata (oferenda no sopé de morro)
Ogum Yara (oferenda na margem de rio)
Ogum Delê (oferenda na água do mar)

OMOLU
Omolu ou Obaluaê, orixá masculino das doenças, em especial de pele, e da varíola.
Também chamado Abaluaê ou Omonolu, os dois nomes correspondem às formas jovem e velha de Xampanã, orixá da varíola e da peste, cujo nome é considerado tabu. Filho de Nanã, Obaluaê ficou muito doente e fraco e foi por ela abandonado, sendo recolhido e cuidado por Iemanjá.
É representado com o rosto e o corpo cobertos por véus e vestes de palha e, quando se incorpora, dança em convulsões e tremendo, alquebrado, com grande sofrimento.
Características: Omolu tem o poder de enviar e curar doenças epidêmicas e individuais pelo que seu culto apresenta rígidas normas e proibições, para evitar que se encolerize;
Sincretismo: é identificado com São Lázaro e São Bento;
Cores: branco e preto, às vezes marrom;
Conta: vermelho e preto ou preto e branco;
Oferendas
pipoca sem sal, feijão-preto e feijão-fradinho, aberém, etc
Sacrifício: galo, bode;

Saudação: Atotô;
Simbolismo: uma lança ou um gancho;
Instrumentos: duas lanças;
Indumentária: roupas vermelhas e pretas; uma cobertura(?) de palha
Dia da semana: domingo.


Omolu - Omulu, orixá das doenças. Aparece sob duas formas: jovem e forte, como Obaluaiê, e velho e decrépito, como Omulu. Nos candomblés, é considerado companheiro inseparável de Ogum (deus da guerra) e de Exu; costuma-se chamá-lo de "homem da encruzilhada". É um dos orixás mais prestigiados no brasil.

Omolu
Omolu : ilustração de Francisco Santos
Ossaim
Ossaim : Ilustração de Ricardo Pissiali
OSSAIM

Ossaim é o orixá conhecido nos cultos afro-brasileiros como o Senhor das ervas litúrgicas e medicinais, sendo por isso também o orixá médico. É o Senhor das matas e florestas, assim como Oxóssi e Obá. Ele tem o domínio sobre as folhas, cascas e raízes.
Ossaim é a energia mágico/curativa das folhas, por isso é divinizado como o Orixá das folhas, vegetação, ervas e dos remédios. Dono da medicina, patrono da ecologia. Toda manipulação de quaisquer objetos sagrados é submetida previamente a banhos de infusões consagradas através do culto a Ossaim. Ossaim é caçador como Oxóssi.
Ossaim é chamado Catendê no angola e também pode ser feminino, Ossanha. No Jejê é Agué.

Características: médico, curandeiro, dono dos saberes curativos das plantas;
Sincretismo: faz-se uma comparação muito remota com Santo Onofre e São Benedito;
Cores: verde, rosa, azul, vermelho;

Contas: esmeralda e a granada; contas nas cores verdes e brancas;
Oferendas: aipim assado na brasa, farinha de mandioca, fumo de rolo e tiquira;

Saudação: Euê Aça ou Ewê! Aça! (As folhas dão certo);
Simbolismo: ramo de folhas com um pássaro pousado. indicando seus poderes de cura e de magia;
Instrumentos: galho de árvore, muitas ervas e pilão;
Indumentária: folhas
Dia da semana: terça-feira;
Locais: matas, as oferendas podem ser nas matas, florestas ou ao pé de árvore.
OXÓSSI

Orixá Masculino da caça e das matas. Filho de Iemanjá, é irmão de Exu e de Ogum.
Simbolizado por um arco e flecha unidos, mantém vivos os animais das matas, onde vive.
Na Umbanda, Oxóssi é considerado o chefe dos caboclos, indígenas e boiadeiros. Orixá amigo das matas e amigo inseparável de Ogum, é o representante da medicina na mitologia africana.

Características: Liberdade e independência, às vezes solidão e individualismo. Força, domínio: a proteção dos caçadores.
Sincretismo: em algumas regiões é identificado com São Jorge; em outras, com São Sebastião.
Cores: sua cor é o azul-claro no candomblé e verde na umbanda.
Conta: azuis;
Oferendas: axoxó, milho e coco;
Sacrifício: cabra (macho), porco, galinha-d'angola,

Saudação: Okê arô
Simbolismo: arco e flecha
Instrumentos: capacete, 2 chifres pendurados dos ombros, pulseiras, braceletes; Ofá, arco e flecha;
Indumentária: azul;
Dia da semana: quinta-feira, festejado no dia 20 de janeiro no Rio de Janeiro e no dia 23 de abril na Bahia;
Locais: entranhas das florestas, recebe as oferendas nas matas.
Oxossi
Oxóssi : Ilustração de Ricardo Pissiali
Oxum
Oxum : Ilustração de Ricardo Pissiali
OXUM

Orixá feminino das fontes e rios, da beleza e da riqueza. É irmã e esposa de Xangô, assim como Iansã e Obá.
Representada como uma jovem muito bonita e vaidosa, quando se incorpora dança como se estivesse tomando banho em um rio, penteando os cabelos e olhando-se ao espelho; sacode os braços para ouvir tilintar os braceletes. Tem também uma dança guerreira. Rege também a fertilidade das mulheres e a riqueza.

Características: além da graça e beleza, são suavidade, gentileza, jovialidade e uma sensualidade intensa, mas discreta;
Sincretismo: é sincretizada com diversas santas católicas, entre as quais Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Conceição e a Virgem Maria;
Cores: amarelo ouro;
Contas: amarelas;
Oferendas: flores da espécie copo-de-leite e palma de Santa Rita, fitas azuis claras, taça de cristal branco, prato de louça branda contendo mel, feijão com dendê e cebola;
Sacrifício: cabra, galinha, pato, galinha-d'angola;
Saudação: Ora iê iê ô;
Simbolismo: Espelhos, Abebê com estrela;
Instrumentos: leque, arco e flecha que Oxum carrega se deve ao fato de ter sido esposa de Oxóssi, Orixá da caça;
Indumentária: amarela;
Dia da semana: sábado;
Locais:
é cultuada em leitos de rios e em cachoeiras.
Tem várias formas, com diferentes idades e seu oxé é o seixo.
OXUMARÉ

Orixá masculino e feminino do arco-íris e das chuvas. É filho de Nanã e passa metade do ano na forma masculina e a outra metade na forma feminina, quando é chamado Bessém.
É representado por uma serpente, pois na África o arco-íris é mitologicamente descrito como uma grande serpente das águas que se eleva até o céu.
Quando incorpora, dança apontando alternadamente para o céu e para a terra, revelando a dualidade característica do orixá. Rege o bom tempo, enviando as chuvas na quantidade ideal para a lavoura.

Características: poder, proteção: Arco-íris (criado de Xangô), a mutação e renovação constantes também são características de Oxumaré, além da dualidade
Sincretismo: é identificado a São Bartolomeu, para alguns não há sincretismo;
Cores: são o verde e amarelo alaranjado ou todas as cores do arco-íris;
Contas: Amarela listrada de verde;
Oferendas: Feijão com milho, azeite, cebola, camarão, acarajé, paçoca, coco, mel, ovos, dendê;
Sacrifício: Galo, bode, conquém e tatu (casais de animais);

Saudação: Ru Boboi Dan, ou Arroboboi;
Simbolismo: Cobras de ferro, arco-íris;
Instrumentos: Cobra, tacará, alfange, turbante com trança, nas cores: amarelo, branco, verde (ou rosa);
Indumentária: Verde (casa bordada)
Dia da semana: Terça-feira e para outros, segunda-feira; festejado no dia 8 de dezembro;

Locais: recebe as oferendas nas cachoeiras.

Oxumare
Oxumaré: ilustração de Francisco Santos
Xangô
Xangô : Ilustração de Ricardo Pissiali
XANGÔ
Divindade do culto afro-brasileiro, um dos orixás mais destacados do candomblé.
Orixá masculino das tempestades, dos trovões, dos raios e da justiça. Segundo a tradição oral, teria sido o quarto rei de Oyó, capital do antigo império ioruba. Filho de Iemanjá, foi casado com Iansã, com Oxum e com Obá. É representado com um rei poderoso que distribui justiça, com um machado de duas lâminas nas mãos.
Características: força, retidão, orgulho, autoritarismo, sensualidade e, quando contrariado, violência.
Sincretismo: no sincretismo afro-católico, aparece como São Jerônimo, possivelmente devido ao leão que acompanha a imagem do santo, animal simbólico da realeza entre os iorubas. Também aparece como Santa Bárbara, protetora contra as tempestades, e como São Jorge, devido à espada que acompanha a imagem do santo, que é identificada à insígnia do orixá, o oxé, machadinha de lâmina dupla.
Características: líder nato e disciplinado, autoritário, afortunado no negócios, grande capacidade de convencimento e ambicioso;
Sincretismo: São Pedro, São Miguel e São Jerônimo;
Cores:
marrom e branco no candomblé e vermelho e branco na umbanda;
Conta: vermelhas e brancas;
Oferendas:
sua comida-de-santo é galo, bode, cágado, carneiro e caruru de quiabos (amalá);
Saudação: Kabiencille Xangô ou Oba Nixé Kawo Kabiesile ou Kaô ou Kaô Kabecile;
Simbolismo: Oché, machado de dois lados;
Instrumentos: coroa, pulseiras (dois braceletes, duas pulseiras);
Indumentária: vermelho, com quadrados brancos impressos;
Dia da semana:
seu dia é quarta-feira, sendo a festa anual celebrada a 30 de setembro;
Local: arco-íris.

Em Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Paraíba, o termo "xangô" é utilizado genericamente pelos leigos para designar o próprio culto afro-brasileiro.


Veja o vídeo:
História completa dos Orixás


Fontes: Sociedade e Cultura - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 1995
              Grande Enciclopédia Larousse Cultural - São Paulo : Editora Nova Cultural Ltda, 1988
              Dicionário Básico Aurélio da Língua Portuguesa - Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira S/A, 1995
              Coleção Orixás - São Paulo: Editora D+T Ltda, 1999
              Revista dos Orixás, diversos volumes - Rio de Janeiro : Editora Provenzano, 1999


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