Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

O Transporte
-Século XIX
Embarcações
O Carro de Boi
As Tropas
As Carroças
Sobre Trilhos
Sobre pneus
A Bicicleta







O Transporte no Século XIX
Época das carruagens, liteiras, cabriolés e cadeirinhas

No Rio de Janeiro, reconhece-se a casa de comércio e rico comerciante brasileiro, proprietário de engenho, pela liteira parada ao portão ou num recanto escuro da loja.

A mais bela dessas liteiras, que não sofreu a influência do luxo, é ainda, como outrora, recoberta de couro preto pregado com pregos dourados. Ela serve apenas para percorrer as florestas virgens e atravessar os riachos. Ela é também indispensável à dona da casa, que, de acordo com a tradição, visita uma vez por ano suas propriedades, onde se reúnem nessa época os membros da família, durante um mês a seis semanas. Muitas senhoras, entretanto, viajam a cavalo, e as moças não dissimulam seu desprezo pela liteira.



Debret
Ilustração de Jean Baptiste Debret: Liteira para viajar no interior
Liteira: Cadeirinha portátil, coberta e fechada, sustentada por meio de dois varais compridos que assentam sobre dois animais, colocados um adiante e outro atrás. É de origem oriental.
Com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808, vieram também as carruagens.
Cabriolé
Ilustração da sobre-capa do livro Iconografia do Rio de Janeiro 1530 - 1890,
Catálogo Analítico, Vol. II

Berlinda
Cabriolé: carro ligeiro, de duas ou quatro rodas para ser puxado por um só cavalo, com capota móvel.

Cab Inglês: Abreviatura de Cabriolet. Espécie de cabriolé de duas rodas, de invenção inglesa, no qual o cocheiro ocupa um assento elevado, colocado atrás. Em 30 de maio de 1850, Guilherme de Suckow obtém o privilégio para a introdução dos cabs no Rio de Janeiro. Não foram bem recebidos pelo público carioca e pouco tempo estiveram em moda.
Berlinda: O nome vem da cidade de Berlim, onde foi fabricada a primeira carruagem desse gênero, no século XVII, sobre os desenhos de Phillipe Chiese, arquiteto de Frederico Guilherme. Era uma carruagem suspensa. de dois fundos e quatro rodas, coberta com uma capota móvel guarnecida de espelhos, que se podia levantar e abaixar à vontade. Foi uma das primeiras carruagens a chegar no Brasil, pois veio com a comitiva de D. João VI em 1808.
Além das citadas, tivemos vários tipos de carruagens para particulares e mesmo algumas para aluguel:: Banguê, Break, Caleça, Celerífero, Cupê, Dorsay, Estufa, Estufim, Faeton, Jardineira, Landau, Palanquim, Paquebote, Sege, Traquitana, Vitória, etc.
Debret
Ilustração de Jean Baptiste Debret: Senhora na sua cadeirinha indo à missa.
Debret
Ilustração de Jean Baptiste Debret: Transporte de uma criança branca para ser batizada.
Carlos JuliãoCadeirinha de alto luxo, cerca de 1776-1795 no Rio de Janeiro. Ilustração de Carlos Julião.
Aquarela.  Fundação Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro. (fotografia de Raul Lima).
Príncipe Maxiliano
Frei Antônio da Conceição carregado em uma cadeirinha na Bahia em maio de 1817.
Ilustração da viagem do príncipe Maxiliano de Wied-Neuwied ao Brasil de 1815 a 1817
A cadeirinha, importada de Lisboa, é usada no Brasil como a liteira em França. Serve comumente para as senhoras irem à missa. A cadeirinha do Rio de Janeiro é reconhecível pela sua cobertura, sempre enfeitada de ornatos mais ou menos dourados, ao passo que a da Bahia, com a parte superior lisa, é em geral menor e mais levemente construída. Se na capital o uso da cadeirinha só se verifica entre as velhas senhoras brasileiras que não possuem carruagens, o mesmo não acontece na Bahia; nesta cidade, construída em anfiteatro e pouco favorável à circulação das carruagens atreladas, é necessário, ao contrário, o uso das cadeirinhas para percorrer facilmente as ruas, quase todas íngremes. Por isso, o habitante da cidade só sai de cadeirinha ou se acompanhar por ela caso deseje andar momentaneamente a pé. Aliás, encontram-se em determinadas praças cadeirinhas de aluguel, como os cabriolés de Paris.

Em 1817 trafegou no Rio de Janeiro e alguns outros estados a diligência. Era um carro de quatro rodas, puxado geralmente por quatro cavalos ou mulas.
Em princípios de 1837 o ônibus apareceu no Brasil pela primeira vez, no Rio de Janeiro.
(ver no menu lateral "Sobre pneus")
As gôndolas, menos sofisticado que o ônibus e que nasceu quase junto com ele. A diferença era que o ônibus era provido geralmente de dois andares e carroceria com janelas, enquanto a gôndola era simples, aberta, com bancos transversais, tendo no teto somente um local para colocação de eventuais volumes dos passageiros.
Em 1856 foi autorizada a primeira linha de bonde de tração animal.
(ver no menu lateral "Sobre Trilhos")

História da Vida Privada no Brasil 1 : cotidiano e vida privada na América Portuguesa / organizada por Laura de Mello e Sousa. - São Paulo: Companhia das Letras, 1997
Brasil História - Texto e Consulta: 1 Colônia / Antonio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão - São Paulo: Editora Brasiliense, 1979.
Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil / Jean Baptiste Debret. - São Paulo: Circulo do Livro, sem data
Ilustrações Rugendas: Rugendas e o Brasil / Textos de Pablo Diener e Maria de Fátima Costa. - São Paulo: Ed. Capivara, 2002
Ilustrações Debret: Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil (acima) e Rio de Janeiro, cidade mestiça: nascimento de uma nação / ilustrações e comentários de Jean-Baptiste Debret. - São Paulo: Companhia das Letras, 2001
Ilustração Cabriolé: Iconografia do Rio de Janeiro 1530 – 1890: Catálogo Analítico, Vol II / Gilberto Ferrez. - Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, 2000


Transportes

Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter