Terra Brasileira
Brasil Folclórico
folclore
modus Transporte
artesanato culinária
literatura Contos lendas mitos
música danças religiosidade tipos ofícios contatos
Loja

O Transporte
Embarcações
-Região Amazônica
-As Balsas
-As Pranchas
-Os Saveiros
-Hidrovias
-Diário de Navegação
O Carro de Boi
As Tropas
As Carroças
Sobre Trilhos
Sobre pneus
A Bicicleta





As Embarcações

Canoas indígenas
Indígenas construindo suas canoas ou igaras (algumas delas cavadas na madeira), inclusive os ubás, que eram feitas de cascas de árvores.
Na obra da exploração e conquista dos sertões, o nosso indígena era o guia, o canoeiro, o caçador e pescador. Nessa atividade prestou relevantes serviços o mameluco, isto é, o descendente do branco com o indígena.

A região norte do Brasil, compreendendo os atuais Estados do Amazonas e Pará, deve seu devassamento e ocupação fundamentalmente a dois fatores de ordem econômica: a preação de indígenas para serem transformados em escravos e a extração de certas especiarias descobertas no vale do rio Amazonas, denominadas "drogas do sertão". Não se pode esquecer, entretanto, que também contribuíram para isso a preocupação metropolitana com a presença estrangeira na área (ingleses, franceses, holandeses e espanhóis) e a atividade missionária de catequese.

Ver no menu lateral: Embarcações da "Região amazônica"

Em São Paulo, até ao final do século XVII, quase não se encontravam pretos, e os documentos da época que usavam o termo "negros" referiam-se na verdade a indígenas, pois a palavra foi comumente utilizada para designar quaisquer elementos das raças dominadas. Nos primeiros tempos do Rio de Janeiro, até à segunda metade do século XVII, a mão-de-obra nativa era também amplamente predominante e sua escravização chegou a despertar polêmicas e conflitos entre os colonos e algumas autoridades eclesiásticas.
O mesmo se deu nas regiões setentrionais do Brasil, Maranhão e Pará, onde o tráfico negreiro só se tornou regular nas últimas décadas do século XVIII. Lá também o índio foi muito utilizado, de maneira quase exclusiva, tomando-se objeto de acirradas disputas entre jesuítas e colonos.
Canoeiro
Os dados coligidos por Afonso Taunay em sua obra "Subsídios para a História do Tráfico Africano no Brasil" são eloqüentes: no século XVI, teriam sido importados 100 mil escravos; no século XVII, 600 mil; século XVIII, um milhão e trezentos mil; século XIX, um milhão e seiscentos mil (até 1850).
De acordo com o historiador Perdigão Malheiro, em 1815, a população brasileira se dividia em 1.887.900 habitantes livres (computando-se nesse cálculo 259.400 indígenas, em grande maioria marginalizados da vida do país) e 1.930.000 escravos. Estes últimos representavam, portanto, 50,55% da população total da nação. Em determinadas áreas, essa porcentagem crescia ainda mais, como no caso da província fluminense, onde, em 1821, ela atingia 52,10%, concentrando-se nos municípios produtores de café.
Rugendas
Ilustração (parcial) de Rugendas: Negros deitados no porão da corveta Bernardino de Sá
Rugendas
Ilustração (parcial) de Rugendas: Desembarque de negros novos, Rio de Janeiro
A madeira de construção usada no Rio de Janeiro (em 1816) vem em grande parte das províncias do sul do Brasil, em razão da facilidade de transporte que apresentam os inúmeros rios, mais ou menos navegáveis, que atravessam suas florestas virgens e vêm desaguar em seguida na baía. Por isso, feito o corte da madeira, é ela marcada e jogada no rio à beira do qual se encontra; a correnteza se encarrega de fazê-la atravessar as diferentes cataratas; recolhem-se os troncos na última parte do rio navegável, para com eles construir jangadas. Para ligar as diferentes peças de madeira uma às outras, o brasileiro utiliza uma palmeira cuja haste amassada logo se transforma num feixe de longos filamentos fibrosos. As jangadas de construção simples comportam um mastro e no centro uma grande piroga que serve de abrigo aos marinheiros que as conduzem ao porto da cidade. Os portos mais comerciais do Rio de Janeiro são os da praia Dom Manuel, Prainha, Saco do Alferes, etc.
É pela diferença de coberta das duas canoas (jangadas) brasileiras aqui reproduzidas, uma das quais é de esteira e a outra de couro de boi, que se reconhece a região donde vêm. Assim, a canoa amarrada perto do aterro vem indiscutivelmente das províncias de Santa Catarina ou Rio Grande do Sul, ricas de imensos rebanhos cujos couros constituem a base mais importante do comércio e da indústria dos habitantes do sul do país.
Jangada de madeira para a construção
Ilustração de Debret: Jangadas de madeira de construção
Barcos 1796
Barcos no Porto do Rio de Janeiro com Mosteiro de São Bento, 1796
Ilustração de William Wilson. Gravura em metal aquarelada. Coleção Gilberto Ferrez, Rio de Janeiro. (fotografia de Lula Rodrigues).
Botafogo
Ilustração de Rugendas: Praia do Botafogo, Rio de Janeiro
Falua 1830

Detalhe: Barco de transporte de passageiros no Rio de Janeiro, 1830. Ilustração de E. Paris. Litografia. Coleção Gilberto Ferrez, Rio de Janeiro. (fotografia de Raul Lima).

Barco 1843

Embarque dos príncipes de Joinville na fragata La Belle Poule, 1843.
Ilustração de Ambroise-Louis Garneray. Gravura sobre cobre, aquarelada posteriormente.
Coleção Maria Cecília e Paulo Fontainha Geyer / Museu Imperial, Petrópolis. (fotografia de Vicente de Mello).

No setor de transportes, o Barão de Mauá organizou algumas companhias de navegação a vapor, como a "Companhia de Rebocadores a Vapor do Rio Grande do Sul" e a "Companhia de Navegação a Vapor do Amazonas", que gozou de um monopólio de transporte na região, até que as pressões inglesas levaram o governo a abrir a navegação do vale amazônico a estrangeiros, que passaram a fazer uma ruinosa concorrência à empresa.
Florianópolis
Ilustração de Bruggemann: Vista do Desterro (Florianópolis),
MASP - Museu de Arte de São Paulo

Porto de Santos
Ilustração de Benedito Calixto: Porto de Santos em 1822
Museu Paulista

Casa-Grande & Senzala em quadrinhos / Gilberto Freyre; desenhos de Ivan Wasth Rodrigues; quadrinização de Estevão Pino, - 3ª reimp. - Rio de Janeiro: Ed. Brasil-América, 1985
Brasil História - Texto e Consulta: 1 Colônia / Antonio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão - São Paulo: Editora Brasiliense, 1979.
Jangada: ilustração e texto:
Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil / Jean Baptiste Debret. - São Paulo: Circulo do Livro, sem data
Ilustrações Rugendas: Rugendas e o Brasil / Textos de Pablo Diener e Maria de Fátima Costa. - São Paulo: Ed. Capivara, 2002
Ilustrações de
Bruggemann e Benedito Calixto: Brasil Revisitado : Palavras e imagens / Carlos Guilherme Mota, Adriana Lopez. - São Paulo: Ed. Rios, 1989
Ilustrações de
William Wilson, E. Paris e Ambroise-Louis Garneray: Iconografia do Rio de Janeiro 1530 – 1890: Catálogo Analítico, Vol II / Gilberto Ferrez. - Rio de Janeiro: Casa Jorge Editorial, 2000


Embarcações

Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter