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Ataque
Ataque tupinikim à aldeia Tupinambá.
Ilustração de Hans Staden
Os franceses não aceitaram a divisão do mundo entre portugueses e espanhóis. Visitavam a costa brasileira em busca do pau-brasil e mantinham contatos amistosos com vários grupos indígenas. Em 1555 resolveram fundar uma colônia, a França Antártica, na baía do Rio de Janeiro. Dois anos depois chegava Mem de Sá com a missão de expulsar os franceses. Os Tupinambá de Ubatuba e do Rio de Janeiro uniram-se para lutar contra os portugueses com o apoio dos franceses.

Os portugueses, por sua vez, estavam aliados aos Tupi ou Tupinikim de São Vicente e do planalto, tradicionais rivais dos Tupinambá, também conhecidos como Tamoio ou Tamuya, que na língua tupi significa avô, o mais velho, nome respeitoso pelo qual os Tupinikim de São Vicente os chamavam, apesar de serem inimigos.
Esta guerra durou cinco anos, de 1562 a 1567.
Vários líderes Tupinambá se destacaram, principalmente Cunhambebe e Aimberê.

Cunhambebe - Cacique de Ubatuba (atual Angra dos Reis, Rio de Janeiro), grande líder tupinambá que comandou a primeira fase da guerra, morto em 1563, vítima da peste.
Aimberê - Filho de Cairuçu, cacique tuppinambá de Uruçumirim, aldeia localizada na atual baía da Guanabara. Comandou a segunda fase da guerra dos Tamoio e resistiu muito ao tratado de paz de Iperoig.
Caokira - Cacique de Iperoig (atual Ubatuba, São Paulo), liderou os Tupinambá do litoral.
Pindobuçu - Cacique Tupinambá, amigo de Anchieta e um dos articuladores do tratado de paz de Iperoig.

Os portugueses, além de sua superioridade técnica, possuíam armas de fogo e tiveram um grande aliado: a varíola. A epidemia matou muitos indígenas, inclusive o grande Cunhambebe, e Tibiriçá, que recebera o nome cristão de Martim Afonso.

Temendo que a derrota dos portugueses pudesse significar também o fim da missão católica, os jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta propuseram-se ir até Iperoig para negociar a paz.
Após um longo acerto entre portugueses, missionários e indígenas Tupinambá, estes dispuseram-se a terminar as hostilidades. Foi estabelecido, então, que os portugueses não escravizariam os Tupinambá do litoral e esses, por sua vez, não atacariam as vilas e fazendas do litoral.

Enquanto se concretizavam os detalhes desta paz em São Vicente, no dia 1º de março de 1565 chegava ao Rio de Janeiro uma esquadra portuguesa sob o comando de Estácio de Sá, sobrinho do governador, com a missão de expulsar definitivamente os franceses e exterminar os Tupinambá.
A guerra foi retomada e durou mais dois anos, deixando vítimas de ambos os lados, como Aimberê e Estácio de Sá.

Com a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro, em 1565, os Tupinambá refugiaram-se em Cabo Frio. Em 1585 foram atacados pelas forças do governador do Rio e pelos traficantes paulistas de escravos. Cercados, tiveram de se render. Um grupo ainda conseguiu fugir para o interior de Minas, seguindo mais tarde para Santa Catarina, sempre se distanciando da fúria escravista dos colonizadores.

Surpreendidos pelos traficantes de escravos, muitos morreram, e os sobreviventes foram levados cativos para algumas aldeias dirigidas pelos jesuítas no Rio de Janeiro.
No início do século XVII, os Tupinambá do Sudeste estavam praticamente extintos.

Fonte:  Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000.


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