Volta ao Portal incicial: Terra Brasileira
Brasil Indígena
História dos Contatos
Integração
Povos Indígenas Modus
Mitos
Ritos
Ornamentação
Questões Indígenas
Contatos

Volta ao início: Brasil Indígena

Primeiros Contatos
-Visões Opostas
-O Velho Tupinambá
-População Indígena
-Cunhadismo
-Os Tupinambá
-Guerra dos Tamoio
-As Alianças
-Resistência Potiguara
-A violência Lusitana
-O massacre de Ihéus
-Povos remanescentes
-As Bandeiras
-Organização
-Ataques Paulistas
-Violência Paulista
-Reduções Jesuíticas
-A vida na missão
-Massacre em Guairá
-Militarização
-Marquês de Pombal
-Resistência Guarani
-Guerras Guaraníticas
Contatos Seguintes
Século XIX
Século XX
Contatos Atuais


indígenaPrimeiros Contatos
As missões se militarizam
português
Redução Jesuítica
Missão jesuítica do povoado de São João Batista, um dos Sete Povos das Missões, situado no atual Rio Grande so Sul, fundado em 1697.
Todos os povoados seguiam a mesma estrutura urbanística.
Após a demarcação da igreja e da praça central eram traçadas
as demais construções. De um lado da igreja, ficava a casa dos padres e as oficinas de arte e de trabalho. No outro lado, o cemitério e o cotiguaçu, a casa que abrigava as viúvas.
Essa planta de 1755 foi ilustrada com uma festa religiosa.
O rei de Espanha sempre apoiou os jesuítas, pois vias as missões como uma forma de defesa das fronteiras espanholas, impedindo o avanço dos bandeirantes. Assim, quando eles pediram a revogação da proibição do uso de armas pelos indígenas, o rei acedeu.

A fim de enfrentar novos ataques paulistas, resolveu-se formar um exército guarani. Todas as pessoas receberam treinamento militar. Um dos jesuítas que mais se destacou nesta tarefa foi Domingos de Torres, chamado de “mestre dos índios no manejo das armas de fogo”. Os guarani já não eram os inofensivos indígenas, presas fáceis dos caçadores paulistas. Com tropas treinadas, puderam vencê-los em duas batalhas importantes, a de Caaçapa-mirim, em 1638, e a de Caaçapaguaçu, em 1639.

Dois anos depois já tinham um verdadeiro exército de 4 mil homens, comandados pelo cacique Inácio Abiaru, que derrotou a bandeira de Jerônimo de Barros na famosa batalha de Mbororé. Outras vitórias foram alcançadas em 1642, 1651 e 1657. Também o grupo de Antônio Pereira, da bandeira de Raposo Tavares, foi atacado pelos Guarani do Itatim.

Com o tempo tornaram-se os “guerreiros do rei da Espanha”, não só na defesa de suas fronteiras contra as invasões portuguesas, mas também contra outras nações indígenas rebeldes, como os Charrua, os Yaró e os Minuano, que viviam nos pampas. Em 1757 havia 32 reduções, agregando uma população de 100 mil habitantes, por isso algumas vezes foi chamado de "império" ou "república" jesuítica.

Os bandeirantes, após as derrotas, diminuíram as atividades de apresamento e intensificaram as expedições de busca do ouro que havia sido descoberto na região das Minas no final do século XVII.

Líderes das reduções guaranis do Tape:

Nicolau Nhenguiru - Cacique de Caaró, que derrotou a bandeira de Domingos Cordeiro em Caaçapaguaçu, em 1639.
Inácio Abiaru - Cacique da redução de La Cruz, que, após a morte de Nhenguiru, assumiu o cargo de Capitão-Geral de Guerra e Justiça Maior. Derrotou a bandeira de Jerônimo Pedroso de Barros na batalha de Mbororé. Em 1641.
Antônio Uracatu e Matias Beramini - Caciques da redução de Yapeju, que, em 1657, derrotaram a bandeira de Manoel Preto e Francisco Cordeiro.


Fonte:  Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000
 

Volta ao Topo
Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter