Volta ao Portal incicial: Terra Brasileira
Brasil Indígena
História dos Contatos
Integração
Povos Indígenas Modus
Mitos
Ritos
Ornamentação
Questões Indígenas
Contatos

Volta ao início: Brasil Indígena

Primeiros Contatos
Contatos Seguintes
-Ocupação do Sertão
-A Guerra de Açu
-Revolta de Mandu
-O Povo Sertanejo
-Os Kariri
-O Povo Janduí
-O Amazonas
-A Conquista
-O Rio Solimões
-Ação Missionária
-O Poder das Missões
-Pombal e a Amazônia
-A Resistência Indígena
-A Rebelião Manau
-A Rebelião dos Mura
-A Destruição dos Mura
-Missão pós-Pombalina
Século XIX
Século XX
Contatos Atuais
indígenaContatos Seguintes
O Poder Econômico das Missões
vaqueiro
As ordens religiosas na Amazônia representavam não apenas um poder espiritual, mas sobretudo um poder econômico. Charles M. de La Condamine, viajante francês que desceu o Solimões em 1743 numa expedição científica, ficou admirado de ver a “modernidade” das missões carmelitas portuguesas, sobretudo em São Paulo Apóstolo (hoje, de Olivença), contrastando com a rusticidade das aldeias castelhanas.

Os missionários estavam isentos dos dízimos e de várias taxas alfandegárias que eram revertidos para a coroa portuguesa, além disso tinham a sua disposição a abundante mão-de-obra indígena que trabalhava a terra e no transporte fluvial. Assim conseguiam altos lucros, praticando uma concorrência desleal em relação aos demais comerciantes da colônia. Convém lembrar que os missionários eram donos do principal açougue de carne de Belém, que controlavam a salga de peixe, a venda de manteiga de tartaruga e inclusive da farinha de mandioca. 
O Poder das Missões
Missão dos padres dominicanos, na Amazônia espanhola,
no século XVIII.
Esta gravura mostra a submissão dos grupos indígenas ao poder da Igreja.
Já em 1751, o governador Francisco Xavier de Mendonça Furtado, irmão do marquês de Pombal, alertava-o para essa situação, escrevendo: “como os regulares (religiosos) se viram senhores absolutos desta gente [os indígenas] e de suas povoações, como se foram fazendo senhores das maiores e melhores fazendas deste Estado, vieram a absorver naturalmente todo o comércio, assim dos sertões, como particular desta cidade”*. Mais adiante continuava: “como neste Estado não é rico o que tem muitas terras, senão aquele que tem maior quantidade de índios”, sendo pois os religiosos “senhores dos índios e por conseqüência  senhores de tudo”, os colonos sentiam-se “pobres, miseráveis e perseguidos das mesmas religiões [ordens religiosas]”

PREZIA, B. A disputa do poder in Suplemento do Porantin. nov./dez., 1990. v.5, p.2.
*MENDONÇA, Furtado. In BEOZZO. Leis e regimentos das missões. São Paulo, Loyola, 1983. p.51.


Fonte: Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000


Volta ao Topo

Deixe seu comentário: Deixe seu comentário:
Correio eletrônico Facebook
Livro de visitas Twitter