O
processo de ocupação da Amazônia foi bem diferente. Entre 1840 e 1920,
a região foi tomada por um surto econômico que transformou a cidade de
Manaus numa cidade moderna e Belém num porto internacional. A Amazônia
era o único lugar do mundo que fornecia a borracha, uma matéria-prima
cada vez mais requisitada pelos países industrializados, a partir da
descoberta do processo de vulcanização que abria o seu uso para a
produção de pneus. Isso levou milhares de trabalhadores a invadirem a
região. Como as seringueiras se espalhavam por toda a floresta, e como
os primitivos métodos de incisão matavam a planta em alguns anos, os
seringueiros foram obrigados a se embrenhar cada vez mais mata adentro.
Fugindo
da grande seca de 1877-1880, cerca de 300 mil nordestinos, vindos em
sucessivas levas, chegaram à Amazônia incentivados pelo governo
federal, que via nessa mobilidade uma forma de livrar-se do problema
social e de ocupar uma região considerada “desabitada”.
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Os povos
indígenas do Acre estiveram submetidos por dezenas de anos
ao trabalho forçado nos seringais, desde o século
passado. Hoje os Kaxinawá, os Yawanawá, os katukina, os
Arara e os seringueiros trabalham junto na produção de
couro vegetal feito a partir do látex estraído da
seringueira.
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