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Arte
Karajá - Boneca Karajá Famosos pelas bonecas e animais de cerâmica (ritxõo), os Karajá produzem uma arte absolutamente conectada com a realidade tribal. O senso estético elevado e a harmonia das formas atraem turistas e amantes da arte em geral. As peças invadem tanto lojas quanto coleções de museus. Em tempos antigos, as bonecas eram destinadas às meninas como brinquedos. Mas os tempos mudaram. Guaciru, uma das ceramistas mais tradicionais de Santa Isabel do Morro, está finalizando quase uma centena de bichinhos (tartaruga, jacaré, veado, onças com seus filhotes etc.) que foram encomendados por uma loja de São Paulo. Ela usa um talinho de buriti para a pintura preta das peças e, sem perder a concentração, diz que o dinheiro resultante da venda é fundamental para a manutenção da família. |
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Modelar
no barro a própria tradição da comunidade é uma atividade exclusiva das
mulheres Karajá. Além do vermelho do urucum, o famoso casal Karajá
ganha ainda as tangas de casca de bananeira (wetana) e as rodinhas
faciais (omarurà), uma marca deste povo. Cenas do cotidiano: Homens em
canoas com seus
peixes, cenas de parto, de morte, caçadas, processamento da mandioca,
mulheres pilando e
personagens mitológicos completam a arte Karajá.
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Cerâmica
Kadiweu
A produção de cerâmica entre os Kadiweu está voltada quase inteiramente para o comércio e constitui importante elemento de sua economia, visto que por meio do comércio de artesanato as mulheres contribuem sobremaneira para o sustento familiar. Essa importância econômica era ainda maior alguns anos atrás, antes de os atuais mercados consumidores de artesanato tornarem-se saturados e da Artíndia deixar de comprar e distribuir a cerâmica produzida para outras cidades do país, embora a preços irrisórios. O recente fato de os Kadiweu estarem administrando o arrendamento de suas terras confere, por sua vez, uma nova função econômica aos homens. |
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A
confecção das peças segue, entretanto, as técnicas tradicionais: a
superposição de roletes de barro já preparados, amoldados com a concha
de uma colher para dar forma à peça; a marcação dos padrões decorativos
efetuados com um cordão de caraquatá; o processo de queima de
peça ao ar livre e a pintura realizada com o negro do pau-santo e os
barros coloridos.
A matéria-prima para a confecção da cerâmica é conseguida em uma área alagadiça próxima à aldeia, de onde se retira o barro amarelo. Algumas artesãs também se utilizam do barro preto, que é mais difícil de ser encontrado, mas que proporciona uma resistência muito maior à peça. Esse barro é também matéria-prima da cerâmica para uso dos habitantes da aldeia: trata-se dos grandes potes usados como recipientes de água, raramente têm decoração e, quando isso ocorre, consiste normalmente em algumas incisões de corda no pescoço, sem pinturas. Segundo informações das principais artesãs da aldeia, a cerâmica decorada é feita para venda e nunca para uso. Há uma evidente priorização da decoração, tanto no processo de elaboração como na diversidade de motivos, em relação à possibilidade de diversificação dos formatos da cerâmica. Observa-se, em geral, uma ligeira simplificação nos formatos de algumas peças, mas podemos afirmar que a construção formal da cerâmica Kadiweu alterou-se muito pouco, comparando-se às coleções mais antigas. |
![]() Cerâmica Kadiweu |
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Artíndia O artesanato de uma etnia revela sua origem, localização, linguagem, costumes e organização social. Habilidosos no manuseio, os indígenas transformam cipós, madeiras, penas, plumas, conchas, unhas, fibras vegetais, argila e outros materiais em verdadeiras obras de arte, inspirados na memória cultural herdada de seus antepassados e na rica mitologia que explica suas existências. Exemplo disso são as conhecidas plumárias Kayapó, Rikbtsa, Tapirapé, Urubu, Kaapor e Wavana-Apalaí; as bonitas panelas Matis, Waurá e Assurini, os colares de conchas Kuikuro; as cerâmicas figurativas Karajá e outros que os mais de 350 mil indígenas brasileiros lutam para preservar. Lojas Artíndia • Belém Rua Presidente Vargas, 762 - Galeria Ed. Da Assembléia Paraense, loja 02, Centro - Cep: 66017-000 - Telefax: (091) 223-6248 • Cuiabá Rua Pedro Celestino, 301- Centro Cep: 78005-500 - Telefax: (065) 623-1675 • Rio de Janeiro Museu do índio - Rua das Palmeiras, 55 - Botafogo Cep: 22270-700 - Telefone: (021)286-2097 - Fax(021)286-8899 • Manaus Rua Guilherme Moreira - Praça Tenreiro Aranha - Centro - Pavilhão Universal Cep: 69005-300 - Telefax: (092) 232-4890 • Recife Rua João de Barros, 668- Bairro Boa Vista Cep: 50100-020 - Telefone: (081) 3421-2144 • Brasília Centro de exposição e vendas Artíndia - SEPS Q. 702 / 902 - Ed Lex - térreo Cep: 70390-025 - telefax (061) 226-4270 • São Paulo Rua Augusta, 1371 - Galeria Ouro Velho, lojas 116 / 117 Cep: 01305-902 - Telefone (011) 283.21021 • Goiânia Av. Leopoldo de Bulhões - Qd.01 Lts.1e - Fone: 241.5762 |
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Fontes: Brasil
Indígena: 500 anos de resistência
/ Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000.
Arte Karajá / Maria
Luiza Silveira (Consultora da UNESCO) in Brasil Indígena -
Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Ano II - nº 9 - Brasilía/DF,
Mar/Abr, 2002
Produção
de cerâmica Kadiweu Atual / Jaime Garcia Siqueira Jr.
in Grafismo
Indígena: Estudos de
Antropologia
Estética / Lux Vidal (organizadora), 2ª ed. – São Paulo:
Studio Nobel:
FAPESP: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
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