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A Cerâmica

A necessidade de armazenamento e um preparo mais apurado dos alimentos propiciou o desenvolvimento de uma outra técnica - a  cerâmica. Nas escavações arqueológicas foram encontrados não apenas objetos utilitários, mas também belas peças, como vasos e urnas com ornatos rebuscados, que provavelmente tinham funções cerimoniais.

A Amazônia foi seguramente um importante centro difusor desta nova tecnologia. Em alguns sambaquis do baixo Amazonas foram  encontradas, pela arqueóloga norte-americana Anna Roosevelt,  cerâmicas de 11 mil anos.

Quase todos os povos pré-colombianos fabricaram objetos de  cerâmica.

No Brasil, destacaram-se duas grandes culturas ceramistas - a da Ilha de Marajó e a de Santarém (Tapajós). Há evidências de que essas duas culturas tiveram um alto desenvolvimento político e social  conhecido como "cacicato", bastante semelhante ao das culturas  andina e mesoamericana. No topo da escala hierárquica estava um chefe superior que comandava os chefes provinciais, e na base, os  escravos, que trabalhavam na agricultura e no serviço doméstico.

Veja no menu ao lado: Marajó e Tapajós

tanga
Cerâmica Marajoara:  Mais de 1.000 anos antes do biquini, as marajoaras já usavam tanguinhas feitas de barro.
Bonecas Karajá
Bonecas Karajá - Foto: Cid Furtado
Arte Karajá - Boneca Karajá

Famosos pelas bonecas e animais de cerâmica (ritxõo), os Karajá produzem uma arte absolutamente conectada com a realidade tribal.
O senso estético elevado e a harmonia das formas atraem turistas e amantes da arte em geral. As peças invadem tanto lojas quanto coleções de museus.

Em tempos antigos, as bonecas eram destinadas às meninas como  brinquedos. Mas os tempos mudaram. Guaciru, uma das ceramistas mais tradicionais de Santa Isabel do Morro, está finalizando quase uma centena de bichinhos (tartaruga, jacaré, veado, onças com seus filhotes etc.) que foram encomendados por uma loja de São Paulo.
Ela usa um talinho de buriti para a pintura preta das peças e, sem perder a concentração, diz que o dinheiro resultante da venda é fundamental para a manutenção da família.
Modelar no barro a própria tradição da comunidade é uma atividade exclusiva das mulheres Karajá. Além do vermelho do urucum, o famoso casal Karajá ganha ainda as tangas de casca de bananeira (wetana) e as rodinhas faciais (omarurà), uma marca deste povo. Cenas do cotidiano: Homens em canoas com seus peixes, cenas de parto, de morte, caçadas, processamento da mandioca, mulheres pilando e personagens mitológicos completam a arte Karajá.
Cerâmica Kadiweu

A produção de cerâmica entre os Kadiweu está voltada quase inteiramente para o comércio e constitui importante elemento de sua economia, visto que por meio do comércio de artesanato as mulheres contribuem sobremaneira para o sustento familiar. Essa importância econômica era ainda maior alguns anos atrás, antes de os atuais mercados consumidores de artesanato tornarem-se saturados e da Artíndia deixar de comprar e distribuir a cerâmica produzida para outras cidades do país, embora a preços irrisórios. O recente fato de os Kadiweu estarem administrando o arrendamento de suas terras confere, por sua vez, uma nova função econômica aos homens. 
A confecção das peças segue, entretanto, as técnicas tradicionais: a superposição de roletes de barro já preparados, amoldados com a concha de uma colher para dar forma à peça; a marcação dos padrões decorativos efetuados com um cordão de caraquatá; o processo de  queima de peça ao ar livre e a pintura realizada com o negro do pau-santo e os barros coloridos.

A matéria-prima para a confecção da cerâmica é conseguida em uma área alagadiça próxima à aldeia, de onde se retira o barro amarelo. Algumas artesãs também se utilizam do barro preto, que é mais difícil de ser encontrado, mas que proporciona uma resistência muito maior à peça. Esse barro é também matéria-prima da cerâmica para uso dos habitantes da aldeia: trata-se dos grandes potes usados como recipientes de água, raramente têm decoração e, quando isso ocorre, consiste normalmente em algumas incisões de corda no pescoço, sem pinturas. Segundo informações das principais artesãs da aldeia, a cerâmica decorada é feita para venda e nunca para uso.
Há uma evidente priorização da decoração, tanto no processo de  elaboração como na diversidade de motivos, em relação à possibilidade de diversificação dos formatos da cerâmica. Observa-se, em geral, uma ligeira simplificação nos formatos de algumas peças, mas podemos  afirmar que a construção formal da cerâmica Kadiweu alterou-se muito pouco, comparando-se às coleções mais antigas.
Cerâmica Kadiweu
Cerâmica Kadiweu
Artíndia
Artíndia

O artesanato de uma etnia revela sua origem, localização, linguagem, costumes e organização social. Habilidosos no manuseio, os indígenas transformam cipós, madeiras, penas, plumas, conchas, unhas, fibras vegetais, argila e outros materiais em verdadeiras obras de arte, inspirados na memória cultural herdada de seus antepassados e na rica mitologia que explica suas existências. Exemplo disso são as conhecidas plumárias Kayapó, Rikbtsa, Tapirapé, Urubu, Kaapor e Wavana-Apalaí; as bonitas panelas Matis, Waurá e Assurini, os colares de conchas Kuikuro; as cerâmicas figurativas Karajá e outros que os mais de 350 mil indígenas brasileiros lutam para preservar.

Lojas Artíndia

Belém
Rua Presidente Vargas, 762 - Galeria Ed. Da Assembléia Paraense, loja 02, Centro - Cep: 66017-000 - Telefax: (091) 223-6248

Cuiabá
Rua Pedro Celestino, 301- Centro
Cep: 78005-500 - Telefax: (065) 623-1675


Rio de Janeiro
Museu do índio - Rua das Palmeiras, 55 - Botafogo
Cep: 22270-700 - Telefone: (021)286-2097 - Fax(021)286-8899

Manaus
Rua Guilherme Moreira - Praça Tenreiro Aranha - Centro - Pavilhão Universal
Cep: 69005-300 - Telefax: (092) 232-4890

Recife
Rua João de Barros, 668- Bairro Boa Vista
Cep: 50100-020 - Telefone: (081) 3421-2144

Brasília
Centro de exposição e vendas Artíndia - SEPS Q. 702 / 902 - Ed Lex - térreo
Cep: 70390-025 - telefax (061) 226-4270

São Paulo
Rua Augusta, 1371 - Galeria Ouro Velho, lojas 116 / 117
Cep: 01305-902 - Telefone (011) 283.21021

Goiânia
Av. Leopoldo de Bulhões - Qd.01 Lts.1e - Fone: 241.5762
Artíndia

Veja também as cerâmicas dos Yudjá e dos Suyá no menu ao lado.

Fontes: Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000.
Arte Karajá / Maria Luiza Silveira (Consultora da UNESCO) in Brasil Indígena - Fundação Nacional do Índio - FUNAI. Ano II - nº 9 - Brasilía/DF, Mar/Abr, 2002
Produção de cerâmica Kadiweu Atual / Jaime Garcia Siqueira Jr. in 
Grafismo Indígena: Estudos de Antropologia Estética / Lux Vidal (organizadora), 2ª ed. – São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.


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