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Contato Intermitente
Grupos Indígenas com contato intermitente

São os grupos que mantinham contatos intermitentes com a civilização.
Viviam em regiões que começavam a ser ocupadas pelas frentes de expansão da sociedade brasileira, e o determinante fundamental de seu destino era, já então, o valor das terras que ocupavam, a critério dos civilizados ou, mesmo, seu próprio valor como mão-de-obra, quando utilizável para qualquer produção mercantil. Mantinham ainda certa autonomia cultural, provendo às suas necessidades pelos processos tradicionais, mas já haviam adquirido necessidades cuja satisfação só era possível através de relações econômicas com os civilizados.

Frequentemente tinham atitudes ambivalentes em relação aos civilizados, motivadas, de um lado, pelo temor, fundamentado em toda a experiência tribal, que ensinava a só esperar desgraças do homem branco; e, por outro lado, pelo encantamento mais entusiástico pelos instrumentos supercortantes e por tudo que puderam ver de um equipamento infinitamente superior de ação sobre a natureza.
Primeiro contato
Primeiro contato com os Suruí Painter - Rondônia
Apoema Meirelles, ex-sertanista e ex-presidente da Funai, durante a atração dos Suruí, em 1969. Alguns anos depois comentou: "Se eu pudesse nunca ter feito uma atração de um grupo indígena, eu desejava nunca ter feito".
Foto : Jesco Von Puttkamer - Acervo  IGPHA-UCG, 1969
Suas atividades começam a sofrer uma diversificação profunda pela necessidade de, além das tarefas ordinárias de provimento da subsistência, serem obrigados a dedicar um tempo crescente à produção extra de artigos para troca com os brancos ou a se alugarem como força de trabalho. Sua cultura e sua língua começam a sofrer modificações que refletem as novas experiências.

Nessa fase os contatos são quase sempre circunstanciais, pois, via de regra, se restringem a um grupo especializado, seja um seringal, uma missão, um traficante ou outro agente da civilização. Em qualquer caso, um núcleo ou indivíduo que só pode revelar uma face restrita da sociedade nacional.

Nessa categoria se encontravam, em 1900, cinquenta e sete grupos, ou 24,7 por cento do total de duzentos e trinta. A julgar pelos casos conhecidos, seu montante populacional devia estar reduzido a menos da metade do que constituíra quando isolados, por efeito das epidemias de gripe, sarampo e outros agentes mórbidos levados pelos civilizados. Haviam sofrido profundas transformações em seu modo de vida, imputáveis, porém, antes a fatores ecológicos e bióticos que ao processo de aculturação.

Fonte : Os Índios e a Civilização / Darcy Ribeiro. - São Paulo: Círculo do Livro S.A. s/data
Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo: FTD, 2000


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