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Xavante
Xavante - Foto: Rosa Gauditano - 1992
Gravata Emblema Xavante (tsõrebzu )


Colar feito de fio grosso torcido de algodão arrematado por chumaços da mesma fibra e uma pena pendente na nuca. É uma espécie de emblema étnico, usado por homens Xavante nos cerimoniais, e que denota a relação crucial vigente nessa sociedade entre o filho da irmã e o tio materno.

“A entrega deste colar pelo irmão da mãe ao filho da irmã acompanha a imposição de um nome pelo primeiro ao segundo”

(Maybury-Lewis 1974:118-119). A par disso, a doação desse colar (tsõrebzu, em xavante) “estabelece formalmente os direitos in personam sobre o menino, por parte do irmão da mãe” E “equivale à limitação dos direitos que sobre ele são exercidos por seu pai e seus parentes patrilineares” (op. cit.: 297).
Xavante
Xavante - Foto: Rosa Gauditano - 1992
 
Xavante
Indivíduos de diferentes grupos de idade ornamentados para a cerimônia uiwede  (corrida do buriti) - em primeiro plano: o aihöubuni - Foto: Aracy Lopes da Silva
No colar tsõrebzu – peça básica da ornamentação corporal Xavante – prende-se pena de gavião, de rabo de papagaio, do pássaro chamado sirudu, do beija-flor vermelho, do mutum ou arara-azul, de acordo com a função ritual ou mágica que seu usuário tem o dever e o privilégio de exercer.

Assim, nas cerimônias de grupo de idade, o aihöubuni, indivíduo que tem a função de liderar sua classe de idade durante o período de reclusão na casa dos solteiros, usará a pena mutum.

Na vida cotidiana, o Xavante usa pulseiras de embira nos punhos e tornozelos, as quais delimitam as partes pintadas. O colar tsõrebdzu é usado por todos em todas as cerimônias e, eventualmente, no dia-a-dia da aldeia. Os homens usam os brincos cilíndricos, sinal de maturidade. O corte de cabelo com franja poderá ser destacado passando-se urucum (vermelho) na parte que cobre a testa.

(veja também: Pintura corporal Xavante)

Fontes: Dicionário do Artesanato Indígena / Berta G. Ribeiro. - Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1988.
Mensagens Visuais na Ornamentação Corporal Xavante
/ Regina Pólo Muller em Grafismo Indígena: Estudos de Antropologia Estética / Lux Vidal (organizadora), 2ª ed. – São Paulo: Studio Nobel: FAPESP: Editora da Universidade de São Paulo, 2000.
Fotos de Rosa Gauditano/Fotograma - 1992: Povo Xavante da aldeia de Pimentel Barbosa (MT/Brasil)
Foto de Aracy Lopes da Silva publicada no "Grafismo Indígena" citado acima.


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