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Quanto
aos indígenas aldeados, destacaram-se dois grupos: os Mura e os Mawé.
Os Mura, que viviam no médio Amazonas, sempre foram discriminados e perseguidos pelo poder colonial, que os acusava de viver de pirataria nos rios. Eles participaram ativamente ao lado dos cabanos e foram responsáveis pela morte de Ambrósio Ayres, o Bararoá, um dos líderes mais violentos das forças oficiais. Pagaram um preço alto por esta ousadia. De 50 mil que eram em 1826, quinze anos depois estavam reduzidos a 6 mil. Hoje são em torno de 1.400 pessoas. Os Mawé foram os que lideraram a revolução em Parintins e em Tupinambarana. Sob o comando do cacique Manoel Marques atacaram Luzéa, matando os trinta soldados do destacamento militar e os moradores portugueses do lugarejo, transformando a vila em reduto cabano. Em Tupinambarana e Andirá os revoltosos foram liderados pelo cacique Crispim Leão. Incendiaram esta última vila, obrigando os moradores a se refugiaram em Óbidos. No combate, o cacique foi morto a bala. Em 1840, quando 980 cabanos se renderam em Luzéa, todos portavam apenas arcos e flechas. Convém destacar que o povo Karipuna que vive na região do Oiapoque, ao norte do Amapá, é remanescente cabano, vindo do baixo Amazonas, de Bragança e Abaetuba. Provavelmente eram tapuios que para lá fugiram, pois falavam o nheengatu, a língua geral tupi. Hoje são cerca de setecentas pessoas que falam o creol, língua que agrega elementos do francês, de línguas indígenas e africanas. Líderes indígenas da Cabanagem Manoel Marques: da nação Mawé, que liderou o ataque a Luzéa. Crispim de Leão: Cacique Mawé da Missão de Vila Nova da Rainha, morto em Andirá (AM), em 1836. |
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