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Na
Igreja primitiva competia aos bispos sancionar o culto aos santos. Os
critérios dos bispos eram variados e a documentação comprobatória tão
incipiente que, hoje, não sabemos se alguns foram realmente santos. No
século IV estabeleceram-se algumas regras e exigências básicas para se
certificar a santidade de alguém. A partir de 1170 as causas de
canonização, isto é, reconhecer e declarar santo um indivíduo falecido,
inscrevendo-o no cânon dos santos, passaram a ser reservada à Sé
Apostólica, ou seja, ao Papa.
Atualmente o processo de canonização encontra-se regulado pela Constituição apostólica Divinus Perfectionis Magister, do Papa João Paulo II, de 25 de janeiro de 1983. Ela remete para o bispo local a reunião preliminar dos dados biográficos, escritos, testemunhos acerca do servo de Deus e de seus supostos milagres. Depois, o juízo sobre os pretensos santos passa para a Congregação da Causa dos Santos, uma espécie de fiscalizadora da certificação canônica. Essa organização é organizada, informatizada, com todos os documentos necessários e, como um terceiro independente, garante a verificação da certificação de santidade, de forma idônea e isenta. Existem diferentes maneiras de honrar os santos: celebrações de festa anual podem ter missa e ofício próprios; templos podem ser dedicados a eles e podem venerar-se publicamente suas relíquias. A Festa de Todos os Santos é celebrada, no dia 2 de novembro, em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não. A veneração de imagens de santos foi questionado em várias épocas, desde a Reforma do século XVI. Os reformadores reagiram contra os abusos da prática ao culto e veneração dos santos porque afastava do verdadeiro centro da fé cristã. Lutero acentuou que um só é o Mediador da salvação entre Deus e os homens: o homem Jesus Cristo. Em algumas regiões, após o Concílio Vaticano II, houve verdadeiras cruzadas iconoclastas, para afastar e destruir estátuas e imagens de santos em nossas igrejas, capelas, colégios e conventos.Em alguns lugares, os mentores de tais cruzadas sentiram-se fortalecidos em seus empreendimentos, quando receberam em mãos uma lista de santos cassados. Mas com esta atitude, muitos católicos se afastaram da Igreja e passaram a frequentar centros de cultos de origem africana, que, pelo sincretismo religioso, utilizam imagens de santos católicos. Aos poucos, em alguns lugares, as imagens foram voltando. Mas hoje se diz que não se reza para o santo mas sim com o santo, uma forma de enfatizar o papel intercessor e mediador do santo. O Concílio ainda explica que, pedindo a ajuda e a intercessão dos santos, pedimos a ajuda de Deus, através de Cristo, que só ele é nosso Salvador e Redentor. |
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