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Os Santos

“Os santos se encontram em muitas religiões. No Islamismo, por exemplo, as tumbas dos santos são visitadas por suplicantes à procura de alguma bênção. O budismo reconhece como santos aqueles que, através de numerosos nascimentos (reencarnações), atingiram a iluminação.
A fenomenologia religiosa moderna mostra que santidade é um conceito central em qualquer religião.
As Igrejas orientais destacam-se por sua veneração dos santos.
Hoje, também, entre os luteranos, revive a idéia da communio sanctorum, da comunhão com os fiéis mortos, que já participam da glória de Cristo. Os cristãos de confissão luterana em si não negam a existência de santos. Também eles conhecem seu papel de intercessores junto ao trono de Deus e acentuam que neles o cristão tem um modelo para sua própria vida. Consideram os santos como testemunhas históricas da graça e da força de Deus, a qual pode atuar no mundo, através do homem mortal. Desse modo, a veneração dos santos hoje já não é mais uma característica tão absoluta da Igreja católica romana e das Igrejas orientais.”

Na Igreja Católica, Santo é a pessoa que, pelos seus méritos e virtudes, depois de morta, é reconhecida pela Igreja como digna de um culto.

O culto aos santos começou no século II. Inicialmente era reservado aos mártires, ou seja, aquelas pessoas que foram perseguidas, torturadas e mortas por professar sua fé; a era dos mártires foi a época marcada pela perseguição aos cristãos durante o Império Romano (303-312); até hoje ainda existem pessoas que são mortas por professar uma fé. Depois a Igreja foi alargando seus critérios às pessoas que tinham se distinguidas pela vida de fé, heroicidade e virtudes.
Santos

Santos 
Na Igreja primitiva competia aos bispos sancionar o culto aos santos. Os critérios dos bispos eram variados e a documentação comprobatória tão incipiente que, hoje, não sabemos se alguns foram realmente santos. No século IV estabeleceram-se algumas regras e exigências básicas para se certificar a santidade de alguém. A partir de 1170 as causas de canonização, isto é, reconhecer e declarar santo um indivíduo falecido, inscrevendo-o no cânon dos santos, passaram a ser reservada à Sé Apostólica, ou seja, ao Papa.

Atualmente o processo de canonização encontra-se regulado pela Constituição apostólica Divinus Perfectionis Magister, do Papa João Paulo II, de 25 de janeiro de 1983. Ela remete para o bispo local a reunião preliminar dos dados biográficos, escritos, testemunhos acerca do servo de Deus e de seus supostos milagres. Depois, o juízo sobre os pretensos santos passa para a Congregação da Causa dos Santos, uma espécie de fiscalizadora da certificação canônica. Essa organização é organizada, informatizada, com todos os documentos necessários e, como um terceiro independente, garante a verificação da certificação de santidade, de forma idônea e isenta.

Existem diferentes maneiras de honrar os santos: celebrações de festa anual podem ter missa e ofício próprios; templos podem ser dedicados a eles e podem venerar-se publicamente suas relíquias. A Festa de Todos os Santos é celebrada, no dia 2 de novembro, em honra de todos os santos e mártires, conhecidos ou não.

A veneração de imagens de santos foi questionado em várias épocas, desde a Reforma do século XVI. Os reformadores reagiram contra os abusos da prática ao culto e veneração dos santos porque afastava do verdadeiro centro da fé cristã. Lutero acentuou que um só é o Mediador da salvação entre Deus e os homens: o homem Jesus Cristo.

Em algumas regiões, após o Concílio Vaticano II, houve verdadeiras cruzadas iconoclastas, para afastar e destruir estátuas e imagens de santos em nossas igrejas, capelas, colégios e conventos.Em alguns lugares, os mentores de tais cruzadas sentiram-se fortalecidos em seus empreendimentos, quando receberam em mãos uma lista de santos cassados.

Mas com esta atitude, muitos católicos se afastaram da Igreja e passaram a frequentar centros de cultos de origem africana, que, pelo sincretismo religioso, utilizam imagens de santos católicos. Aos poucos, em alguns lugares, as imagens foram voltando. Mas hoje se diz que não se reza para o santo mas sim com o santo, uma forma de enfatizar o papel intercessor e mediador do santo.
O Concílio ainda explica que, pedindo a ajuda e a intercessão dos santos, pedimos a ajuda de Deus, através de Cristo, que só ele é nosso Salvador e Redentor.


Fontes: Lugar e Veneração dos Santos hoje / Urbano Zilles, Doutor em Teologia. Professor da FATEO. - Porto Alegre : PUCRS., 2007
              
Guia de Curiosidades católicas / Evaristo Eduardo de Miranda. - Petrópolis, RJ : Vozes, 2007
              
Grande Enciclopédia Larousse Cultural - São Paulo: Editora Nova Cultural, 1988

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