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A maneira como vivemos, moramos e fazemos as coisas. Como brincamos. Os diversos saberes da vida cotidiana. Os pequenos ritos do cotidiano e os grandes ritos da existência: o nascimento, o casamento e a morte. Como atuamos em cada fase da vida e em suas diversas situações.
Fases da Vida
Fases da Vida

Os Romanos falavam em cinco fases da vida:

0 - 15 anos: pueritia - primeira infância e o período latente dos primeiros anos de escola;
15 - 25 anos: adulescentia:
25 - 40 anos: iuventus - primeira maturidade;
40 - 55 anos: virilitas - segunda maturidade;
55 em diante: senectus - velhice.
Dos autores holandeses, Rümke endossa o ponto de vista romano, embora adicione um presenium de cinquenta e cinco a sessenta e cinco anos, e sua velhice comece aos sessenta e cinco.
Watering, de acordo com Rümke, segue os gregos, distinguindo entre dez fases de sete anos:

0 - 7 anos: o período da vida de fantasia;
7 - 14 anos: o período da vida imaginativa;
14 - 21 anos: puberdade e adolescência;
21 - 28 anos: descobrindo e controlando a base da própria vida:
28 - 35 anos: consolidando e confirmando a base previamente encontrada:
35 - 42 anos: segunda puberdade - reorientação com relação à vocação de cada um na vida;
42 - 49 anos: o período maníaco-depressivo;
49 - 56 anos: a luta contra o próprio declínio;
56 - 63 anos: maturidade de pensamento;
63 - 70 anos: segunda infância - se a transição é aceita conscientemente, pode conduzir novamente a um ponto alto.

Wijngaarden distinguia entre três fases principais:

0 - 18 anos: familiarização com o mundo externo e com o mundo externo;
18 - 42 anos: aceitação do mundo interno e externo;
42 até a morte: reflexão sobre o mundo interno e externo.

Para cada fase Guardini procura o fator dominante - o "centro de gravidade". As fases que ele descreve são as seguintes:

1- Vida uterina, nascimento e infância.
2- A crise dos anos de maturação (puberdade).
3- A pessoa jovem (adolescência).
4- A crise da experiência (a transição da adolescência para a maturidade expansionista).
5- O homem emancipado (os anos trinta).
6- As crises de limitação (o começo dos anos quarenta).
7- O homem sereno.
8- A crise da nova liberdade.
9- O homem sábio.
É nítido que Guardini focaliza sua atenção, primeiro e acima de tudo, nas transições importantes entre as fases da vida. Para todas essas fases aplica-se o seguinte:
"A vida não consiste numa série ligada de partes avulsas, mas é uma totalidade única que está presente em qualquer dado momento de seu curso. Assim, seu fim tem um efeito ao longo da vida - ou seja, o fato de que a luz da vida enfraquecerá e um dia será extinta; que tudo que acontece está-se movendo em direção a um final que nós hoje chamamos de morte". Finalmente: "Cada fase existe para benefício do todo e para benefício de qualquer outra fase; se for prejudicada, tanto o todo como qualquer fase individual sofrem".

Steiner também presume dez períodos de sete anos no desenvolvimento humano:

Três vezes sete anos para o desenvolvimento físico e mental;
três vezes sete anos para o verdadeiro desenvolvimento psicológico;
três vezes sete anos para o desenvolvimento do espírito.

Assim, em sessenta e três anos o homem atravessou os estágios de seu desenvolvimento e, então, tem um período adicional de sete anos para consolidá-los. Aos setenta ele está então em posição de colher os frutos de sua vida e devolvê-los à comunidade.

Acredito que em cada fase de desenvolvimento existe uma troca e devolvemos parte do recebemos em cada uma delas.


Fonte : Fases da Vida: crises e desenvolvimento da individualidade / Bernard Lievegoed ; trad. Jayme Kahan. - São Paulo: Ed. Antroposófica, 1984.
Imagem Fases da Vida: © Thea07 | Dreamstime.com - Development Stages Of Man Photo


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