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Ciclo da Páscoa
Jesus - quarenta dias no deserto
Jesus - quarenta dias no deserto

O Ciclo da Páscoa
O Ciclo da Páscoa é descrito em dois períodos: A Quaresma e a Páscoa.
A Quaresma começa na Quarta-feira de Cinzas, logo após o Carnaval e termina da quarta-feira da Semana Santa.
A Páscoa começa na Quinta-feira Santa (Tríduo Pascal), dura 50 dias e termina na festa de Pentecostes, que é a vinda do Espírito Santo.
(Veja Semana Santa no menu ao lado)
Quaresma

A Quarta-feira de Cinzas é o primeiro dia da Quaresma no calendário cristão ocidental. Ela acontece sempre quarenta e quatro dias antes da Páscoa. Essa data pode ocorrer desde o começo de fevereiro até a segunda semana de março, pois a data da Páscoa é móvel. Esse primeiro dia do período de preparação pascal inicia-se com o rito da imposição das cinzas sobre a cabeça dos fiéis nas igrejas, como uma marca indicativa de um tempo de penitência e conversão. Os católicos são convidados a reconhecer com humildade seu estado de mortalidade e a revisar sua vida perante os valores perenes do Reino de Deus. A palavra de ordem dessas manifestações é: convertei-vos e crede no Evangelho (Mc 1,15).
Nas missas realizadas na Quarta-feira de Cinzas, os participantes são abençoados com cinzas. O padre sinaliza a testa de cada participante com cinzas ou as coloca sobre suas cabeças. Os cristãos normalmente deixam as cinzas em sua testa e nos cabelos até p pôr-do-sol, antes de lavá-los.
Esse simbolismo relembra a antiga tradição do Oriente Médio de jogar cinzas sobre a cabeça, como sinal de arrependimento perante Deus.
Essas cinzas costumam ser obtidas pela queimados ramos secos entregues nas paróquias e comunidades, que haviam sido abençoados e distribuídos no ano anterior no Domingo de Ramos.
 
O nome Quaresma vem da contração da palavra latina quadragésima, referente ao quarentésimo dia que encerrava esse período. O número quarenta tem um simbolismo próprio na tradição bíblica e, resumidamente, evoca um grande período de tempo. A duração de quarenta dias rememora os “quarenta anos” de peregrinação dos hebreus no deserto após sua saída do Egito. A palavra evoca também os “quarenta dias” de jejum passado no deserto por Jesus, entre o seu batismo e o começo de sua vida pública.. Os domingos não fazem parte da Quaresma e não são contados. Na prática, a Quaresma dura quarenta e seis dias.
O cálculo da data do início do período quaresmal foi definitivamente estabelecido pela Igreja Católica em 1091 e rege nossos calendários. E essa dupla dinâmica da tradição católica, transmissão e atualização, segue transformando as formas de vivência da Quaresma, como preparação para a Páscoa.

A prática da Quaresma vem dos primeiros séculos do cristianismo. No início, jejuava-se durante os dias que antecediam a Páscoa. Durante o Concílio de Laodicéia (348-381) foi prescrito o uso exclusivo do pão e de frutas secas como alimento durante a Quaresma. Já no século VII, a Quaresma ficou estabelecida pela Igreja Católica praticamente como é hoje.
Atualmente, a Igreja Católica recomenda aos seus fiéis de não comer carne na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, ou de se abster de algo importante a que se está habituado, em sinal de penitência.

No início do século VII o jejum quaresmal consistia em comer apenas uma refeição por dia e abster-se de toda alimentação na Sexta e Sábado Santos. O costume de abster-se de carne tinha grande significado no passado, pois era um alimento caro e desejado. O comportamento vegetariano evocava uma humanidade de antes do dilúvio, quando os humanos comiam somente frutas e grãos. No Brasil, ficar um dia sem comer carne é pouco significativo. Muita gente come carne regularmente, várias vezes por semana. Dá para parar um dia. Até a Sexta-feira Santa, antes um momento de despojamento e de abstinência de carne, tornou-se um dia de opulência gastronômica, de muita comilança de peixes, principalmente de bacalhau, uma proteína bastante cara e objeto de pratos suculentos e sofisticados. Tudo muito distante do espírito inicial da Quaresma.

A cor das veste litúrgica durante este período é a roxa. (A cor roxa é um símbolo da penitência e da conversão. Ela é usada pela liturgia católica nos tempos do Advento, da Quaresma e também nas missas dos defuntos e no sacramento da confissão. É a cor que predomina e impressiona, principalmente na semana da Páscoa que é usada para cobrir as imagens dos santos nas igrejas.)
É o tempo de preparação da Páscoa. Compõem-se de cinco semanas. Na quaresma não se diz o “Aleluia”, nem se colocam flores na igreja. Os instrumentos musicais devem ser moderados: somente para sustentar o canto.

Entre os principais símbolos, gestos e sinais do período da Quaresma do Brasil estão as cinzas, o pó, a cor litúrgica roxa, a penitência, a confissão, o jejum, a esmola, os ramos e, em nosso país, a Campanha da Fraternidade, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, a CNBB. Este ano foi a Campanha da Fraternidade Ecumênica com o tema:
Casa Comum, Nossa Responsabilidade
A Igreja de todo o mundo e especialmente do Brasil tem manifestado cada vez mais seu compromisso na defesa, proteção, cuidado e resgate da vida. Para firmar esta missão, no tempo da quaresma e preparação para a Páscoa, propõe um tema de estudo, reflexão e ações concretas que desafiam as pessoas para a conversão.
A escolha do tema e do lema das Campanhas da Fraternidade procura abordar realidades necessárias de urgentes mudanças, que a própria Igreja e a sociedade sentem ser importante enfrentar e oferecer uma resposta mais concreta em favor da vida.

Guia de Curiosidades católicas: causos, costumes, festanças e símbolos escondidos no seu calendàrio / Evaristo Eduardo de Miranda. - Petrópolis, RJ : Vozes, 2007
A Missa parte por parte / Pe. Luiz Cechinato. -  
Petrópolis, RJ : Vozes, 2004

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