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Judaísmo
Torá
Torá
Judaísmo (do grego ioudaismos, pelo latim judaísmus) O conjunto de pensamento religioso das
instituições religiosas do povo de Israel

O fundador da religião judaica foi Abraão, cujos descendentes, os hebreus, após um tempo no exílio no Egito, se instalaram, provavelmente no século XIII a.C., na terra de Canaã (atual Palestina), que era terra prometida por Deus. Porém, antes de aí se fixar, permaneceram durante anos no deserto, conduzidos por aquele que foi o legislador de Israel: Moisés. Sucessivamente governados por juízes e por eis, constantemente atraídos pelos cultos idolátricos, os hebreus foram admoestados pelos profetas. Depois da destruição do segundo templo pelos romanos em 70 a.C., o culto do templo (sacrifícios) foi substituído pelo culto sinagogal (orações), que já tinha sido instituído na Babilônia durante o exílio.

Torá
A Bíblia

Para os judeus, a Bíblia é formada é formada unicamente pelos livros hebraicos e corresponde essencialmente ao Antigo Testamento dos cristãos.
Ela compreende: a lei de Moisés ou Pentateuco (Torá), os profetas (Nebiim) e os Hagiógrafos (Ketubim). A primeira parte, a Torá (“doutrina”), é a mais importante. Existe também uma Lei dita “oral”, que a tradição atribui a Moisés. Ela foi post por escrito pelo rabi Juda Ha-Nassi por volta de 200 d.C., e recebeu o nome de Mishna nas escolas rabínicas da Palestina e da Babilônia.
Com seus respectivos comentários (Gemara), a Mishna forma o Talmude.







Doutrina


O maior teólogo judeu, Maimônides (1135-1204), fixou em 13 os artigos de fé do judaísmo, que são os seguintes:
1) Deus é o criador e a providência do mundo;
2) Ele é uno e único;
3) Ele é espírito e não pode ser representado sob nenhuma forma;
4) Ele é eterno;
5) somente a Ele devemos elevar nossas orações;
6) todas as palavras dos profetas de Israel são verdadeiras;
7) Moisés foi o maior dentre os profetas;
8) a Lei conhecida pelos judeus foi dada por Deus a Moisés;
9) ninguém tem o direito de substituí-la nem de modificá-la;
10) Deus conhece todas as ações e todos os pensamentos dos homens
11) Ele recompensa aqueles que cumprem seus mandamentos e pune aqueles que os transgridem;
12) Ele enviará o messias anunciado pelos profetas;
13) Ele dará vida aos mortos

A profissão de fé judaica é a palavra de Moisés: “Ouve o Israel, o Eterno nosso Deus, o Eterno é único”.
Esta é a afirmação fundamental: a do Monoteísmo. A religião judaica apresenta-se, portanto, como uma aliança de Deus com os patriarcas e seus descendentes, escolhidos por Deus
para espalhar seu culto entre os povos, e esta aliança exige, por parte de Israel, o dever de ser fiel a Deus e a Sua Lei, a Torá. Esta não é simplesmente uma coleção de preceitos religiosos e morais, mas também uma legislação que contém leis relativa à aplicação da justiça, ao tratamento de escravos, à conduta na guerra, etc.

Os dias feriados do judaísmo são:
O Shabat, ou sábado; as festas de peregrinação, a Páscoa (Pessah), Pentecostes (Shavuot) e Tabernáculos (Sucot). Cada uma delas perpetua uma recordação histórica:
Páscoa: é a saída do Egito;
Pentecostes: a proclamação do decálogo sobre o monte Sinai;
Tabernáculos: a permanência de 40 anos no deserto depois da saída do Egito;
as solenidades austeras, o dia de ano (Rosh Shaná) e o dia da Expiação ou Grande Perdão (Yom Kipur), totalmente dedicado à oração e ao jejum.
É proibido trabalhar no sábado e nos dias de festas judaicas. Existem também duas festas menores:
a festa da sorte (Purim), comemoração da libertação miraculosa dos judeus da Pérsia; e a festa da inauguração (Hanucá), que comemora a purificação do templo de Jerusalém, dedicado ao culto de Deus após as vitórias de Judas Macabeu.

Culto
A liturgia israelita prescreve três ofícios cotidianos para os dias úteis.
Aos sábados, nos dias de
festas e de neomênia, um ofício suplementar (mussaf) segue imediatamente ao shaharit.

Judaísmo Reformado

Movimento dissidente do judaísmo tradicional, que visa inserir a religião e a cultura judaica na vida moderna. Nascido na Alemanha no início do século XIX, a partir das ideias liberais da Revolução Francesa, este movimento penetrou em seguida na França, onde, em 1908, inspirou a União Liberal Israelita, da qual se separou em 1975 o Movimento Liberal Judaico. É um movimento muito importante nos Estados Unidos.
Israel no Egito / Edward Poynter
Israel no Egito / Edward Poynter  (1836-1919)

Os Hebreus

Povo semita do antigo Oriente instalado na Palestina, cuja história é retratada pela Bíblia.
Os hebreus se originam de tribos semínômades, vindas dos contornos do deserto siro-árabe e da Mesopotâmia, que penetraram no pais de Canaã (2000 - 1750 a.C.). As tradições nacionais consideram os patriarcas Abraão, lsaac e Jacó como os grandes ancestrais do povo hebreu.
Segundo a narração do Gênesis, Abraão desceu para a Palestina. onde seu clã levou vida de pastor nômade em torno de Hebron. Seu filho lsaac, instalado na região de Beersheva, teve vida mais sedentária. O filho preferido de lsaac, Jacó, foi levado a se instalar no delta do Nilo, no Egito, e um de seus filhos, José, chegou a ocupar funções importantes na corte do faraó, no tempo dos hicsos ( 1770 - 1560 a.C, ): a expulsão destes pelos príncipes de Tebas foi seguida pela submissão de estrangeiros. particularmente de hebreus. Procurando recuperar sua liberdade, estes encontraram um chefe, Moisés, que, obedecendo às ordens recebidas de deus Jeová, libertou seu povo da escravidão no Egito, após uma longa série de prodígios que se abateram sobre os egípcios, provavelmente no reinado de Ramsés II ( 1298 - 1235 a.C. ). Durante longos anos, os hebreus, conduzidos por Moisés, viveram como pastores no deserto da península do Sinai; a permanência no oásis de Cades marcou o início de uma sedentarização, a qual. junto com uma tradição religiosa original, que fundamenta a religião mosaica, prepara os hebreus para a conquista de Canaã. Esta sedentarização aconteceu progressivamente, talvez entre 1220 e 1030 a.C ., sob o comando de Josué e depois dos Juízes, chefes temporários que conduziram as 12 tribos israelitas nas guerras contra os cananeus, contra os nômades que viviam do outro lado do Jordão, particularmente os moabitas, e sobretudo contra os poderosos filisteus. A pressão da ameaça filistéia foi tal que os hebreus, já não mais unidos em torno do culto comum de Jeová. sentiram a necessidade de ter um chefe permanente, um rei.
Se a primeira experiência da realeza, com Saul (c. 1030 c. 1010 a.C. ), faliu, a unidade nacional foi fortemente assegurada em um país completamente livre dos últimos adversários de Israel, sob o reinado glorioso de Davi (c. 1010 - c. 970 a.C.) e mais ainda sob o reinado pomposo de seu filho Salomão (c. 970 - c. 931 a.C. ), um grande construtor e um unificador genial. Porém, a carga fiscal somada à política monumental de Salomão e aos privilégios atribuídos às tribos do sul ( Judá ) provocaram no norte
Moisés
Moisés e Arão  intimam o Faraó a libertar o povo de Deus
movimentos de revolta que, com a morte de Salomão e com a imperícia de seu sucessor Roboão, acabaram gerando uma divisão em dois reinos: o reino de Judá (931-587 a.C.), com as tribos do sul (capital Jerusalém), e o reino de Israel ( 931-721 a.C. ), com as do norte (capital Samaria). Através de lutas fratricidas, os dois reinos se esfacelaram diante das incursões de seus poderosos vizinhos, o Egito, a Assíria e a Babilônia. As destruições do reino de Israel em 721 a.C., pelos assírios, e do reino de Judá em 587 a.C., pelos babilônios, foram acompanhadas de deportações em massa. A única salvação dos hebreus, constantemente atraídos pelos cultos idolátricos, residiu em seus profetas, verdadeiros guias, cuja ação determinou as linhas mestras do Antigo Testamento: o monoteísmo, a Aliança. os grandes imperativos morais, o messianismo.
O cativeiro da Babilônia (587-538 a.C.) despertou uma coesão no povo judeu. que encontrou seu elemento essencial numa religião aprofundada e depurada: o judaísmo. Novamente na Palestina, graças à benignidade de seu novo chefe, o rei dos persas, os judeus reconstruíram Jerusalém e o Templo; Neemias e Esdras organizaram uma restauração nacional e religiosa, que aconteceu entre 538 e 332 a.C. A seguir, o país dos hebreus caiu sucessivamente nas mãos de Alexandre, o Grande ( 332 a.C.), dos lágidas ( 281 a.C.), em seguida dos selêucidas (200 a.C.), mas a coesão interna do povo judeu lhe permitiu opor-se com eficácia às tentativas de helenização, particularmente brutais sob Antíoco IV Epifano (175-164 a.C.), as quais encontraram nos macabeus (167 a.C.) fortes adversários, que conquistaram para os judeus a liberdade religiosa e sua independência nacional. Sob o governo dos príncipes asmoneus (134-37 a.C.), o Estado judeu caiu sob o poder romano; a personalidade de Herodes, o Grande ( 37- 4 a.C. ), que reconstruiu o Templo, conseguiu assegurar aos hebreus uma relativa autonomia. Após sua morte, seu reino foi repartido e governado por príncipes vassalos de Roma e por procuradores romanos. Foi a época em que nasceu Jesus de Nazaré e surgiu o cristianismo. Os movimentos de cunho nacionalista e messiânico provocaram reações brutais por parte da desastrada autoridade romana: após a revolta de 66 - 70 d.C., as legiões de Tito destruíram Jerusalém e o Templo. O insucesso da revolta de Bar-Kokhba (132-135) colocou um ponto final na história antiga de Israel. 

Fonte:  Grande Enciclopédia Larousse Cultural - São Paulo: Editora Nova Cultural, 1988
Torá: © Photooasis | Dreamstime.com - Torah


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