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No Princípio, Deus criou
Lúcifer como um arcanjo. Lúcifer, - que significa “aquele que
leva a luz” ou “aquele que oferece a luz” - passou, contudo, a ser
sinônimo de Satã.
Lúcifer foi um regente do reino angélico dos Querubins e tinha domínio sobre quase todos os reinos angélicos. Os problemas surgiram quando Lúcifer se apaixonou pela sua própria autoridade e pelo seu próprio poder. Quando o Arcanjo Miguel e outros governadores da hierarquia angélica, que permaneceram em harmonia com Deus, tentaram intervir, seguiu-se uma grande batalha. A essa altura da criação, Lúcifer encorajou a individualidade e abriu descaminhos que guiaram as almas para que se tornassem completamente individuais, minimizando a importância de permanecerem em sintonia com Deus ou cônscias de Deus. Lúcifer e as incontáveis almas que seguiram este plano de individualidade egoísta rebelaram-se contra Miguel. Essa guerra é conhecida como Batalha da Luz contra as Trevas, nome que lhe é bem apropriado, pois os arcanjos harmoniosos emanavam as vibrações de luz e de amor de Deus, enquanto os tesouros egoístas dos seguidores de Lúcifer tornaram-se ofuscados devido às suas próprias pretensões; criando um vazio ou escuridão dentro dos reinos de luz. Lúcifer renunciou à Luz, voltou-se contra Deus, que o criara. Lúcifer estabeleceu seu próprio reino nos limites mais afastados da criação, nos domínios da consciência que a linhagem bíblica denomina “escuridão absoluta”. Esse portador da Luz envolveu-se então em ódio, juntamente com sua legiões de seguidores, inclinados a se oporem a tudo o que representasse a unidade com Deus. Deus concedeu o livre-arbítrio. Tendo dado às almas a capacidade de escolha, existiu a possibilidade de que esses diminutos aspectos de Deus - almas, anjos, arcanjos - pudessem desafiar até mesmo o próprio Deus. Lúcifer foi a primeira das criações de Deus a abalar a harmonia da criação. O propósito do plano divino é o fato de que as almas que se esqueceram de sua herança divina dispõem de incontáveis oportunidades para despertar de seu sono egoísta e para retornar a Deus através do exercício de seu próprio livre-arbítrio. Isso é de uma importância tão vital que os arcanjos foram encarregados de supervisionar esse retorno espiritual. |
Representação de Satanás, por Gustave Doré o personagem central do livro de John Milton "Paraíso Perdido", 1866. |
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“Para
onde irei, longe de vosso Espírito?
Para onde fugir, apartado de vosso olhar? Se subir até aos céus, ali estais; Se descer à região dos mortos, lá vos encontrais também. Se tomar as asas da aurora, Se me fixar nos confins do mar, É ainda vossa mão que lá me levaria, E vossa destra que me sustentaria, ...” (Salmos 138:7-10) Se a presença de Deus existe em toda a criação, até mesmo nos domínios do inferno, como indicam esses versos bíblicos acima, então é razoável acreditar que as legiões de Satã finalmente retornarão a Deus. A grande rebelião ou queda dos anjos da luz poderia ter sido parte do grande drama da criação para o propósito de experimentar tudo o que há para ser vivenciado no universo: a luz, a escuridão e todas as coisas entre ambas; e então, plenos de fulgor, os anjos e as almas retornarão a Deus. É difícil acreditar nesse ponto de vista quando vemos as manifestações do mal na sociedade, a desumanidade da humanidade para consigo mesma, a tragédia dos crimes hediondos, as guerras, a política gananciosa. Tudo isso está em oposição direta ao propósito de Deus para a criação - amor, harmonia, paz, alegria felicidade. |
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