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Volta para Modus
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Considerando-se,
entretanto, o fato inegável de que cada povo tem a sua índole
própria, os brinquedos cantados, de origem tão diversificada,
vêm sofrendo variações, deformações e
transformações lentas, mas seguras, apresentando-se, em nossos
dias, com um cunho eminentemente nacional.
Exemplos: Procedência portuguesa: “Ciranda, cirandinha”, “A moda das tais anquinhas”, etc.Convém, ainda ressaltar o fato de termos o nosso cancioneiro enriquecido pelo aproveitamento, transfigurado, de coisas que as crianças ouvem e assimilam. Exemplos: “Escravos de Jô” (proveniente de um jogo de mesa de bar) – assim, também, do romance “D. Jorge e D. Julinha”, resultou a roda cantada “Por que choras, Julieta?”. Chamamos de “Cancioneiro Folclórico Infantil”, ao conjunto das cantigas próprias da criança e por ela entoadas em seus brinquedos ou ouvidas dos adultos, quando pretendem adormecê-la, entretê-la ou instruí-la; são cantigas que vêm de geração a geração e que se perpetuam e se transmitem pela tradição oral. O Cancioneiro Folclórico Infantil abrange: - Acalantos ou cantigas de ninar: “Tutu Marambá”, “Dorme Nenê”, etc. Divisão dos brinquedos cantados: 1) Brinquedos de roda: “Ciranda, cirandinha”, etc. De todos, entretanto, a roda é o tipo que oferece mais atração para a recreação infantil; assim sendo, daremos, agora, a sua classificação: |
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1)
Quanto ao conteúdo da letra:
a) Temas de vida social: “Ciranda, cirandinha”, etc. b) Temas da natureza: “A pombinha voou”, “Cachorrinha está latindo”, etc. c) Temas instrutivos: “As estações do ano”, “O bá-bé-bí-bó-bu”, etc. d) Temas do romanceiro: “Terezinha de Jesus”, “O cravo brigou com a rosa”, “Esta rua tem um bosque”, etc. 2) Quanto ao andamento: a)
Rodas lentas: “Terezinha de Jesus”, etc.
b) Rodas moderadas: “Escravos de Jô”, “Sambalelê”, etc. c) Rodas vivas: “Pirulito que bate, bate”, etc. d) Rodas alternantes: “O cravo brigou com a rosa”, etc. 3) Quanto à execução musical: a)
Côro: “A canoa virou”, “Escravos de Jô”, etc.
b) Solo e côro: “Senhora viúva”, “Esta rua tem um bosque”, etc. c) Forma mista (côro e parte falada ou declamada): “Ciranda, cirandinha”, etc. 4) Quanto à estrutura: a) Tipo aaa (em que todas as quadras são cantadas com a mesma melodia): “A moda das tais anquinhas”, etc. b) Tipo ab (que reúne duas melodias diferentes): “O cravo brigou com a rosa”, etc. c) Tipo abc (em que se sucedem três ou mais diferentes melodias): “Eu fui ao Tororó”, etc. |
5) Quanto à formação: a)
Roda simples: “Ainda não comprei”, etc.
b) Roda com um figurante no centro: “Ciranda”, etc. c) Roda com dois ou mais figurantes no centro: “O cravo brigou com a rosa”, etc. d) Roda com um figurante fora: “A mão direita tem uma roseira”, etc. e) Roda com figurante fora e dentro: “A linda rosa juvenil”, etc. f) Roda assentada: “Escravos de Jô”, etc. g) Rodas concêntricas: “Onde está a margarida”, etc.
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Nota: Em
qualquer das rodas sempre há exemplo de qualquer um dos grupos citados;
de certa maneira, podemos afirmar que todas as rodas são mistas,
quanto à sua movimentação, prevalecendo nesta ou naquela,
uma ou outra característica.
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