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Semana Santa

Semana Santa começa no Domingo de Ramos, um domingo antes da Páscoa. Nesse dia, recordamos a entrada de Jesus em Jerusalém, pouco antes de sua morte.

Jerusalém se prepara para a celebração da Páscoa, as festas giram em torno desta noite memorável em que celebram sua libertação da escravidão no Egito. Os peregrinos chegam de toda a parte:  do Egito, da Fenícia ou da Síria, da Macedônia, da Tessália ou de Corinto; da Panfília, da Cilícia,
da Bitínia e das costas do mar Negro; inclusive de Roma, a capital do Império. Nas festas da Páscoa Jerusalém transforma-se numa cidade mundial, a “capital religiosa” do mundo judaico no seio do Império romano. São mais de 100.000 que vão se juntar aos habitantes da cidade (entre (25.000 a 55.000). As pessoas começavam já a acampar em todos os espaços livres: junto às muralhas, nas colinas dos arredores e no monte das Oliveiras.

Neste clima de festa as pessoas se aproximam da cidade, o grupo de Jesus faz a mesma coisa. O último trecho Jesus quis percorrê-lo montado num jumento, como humilde peregrino que entra em Jerusalém desejando a todos a paz. Neste momento, contagiados pelo clima festivo da Páscoa e inflamados pela expectativa da iminente chegada do reino de Deus, na qual Jesus tanto insistia, começam a aclamá-lo. Alguns cortam qualquer ramo ou folhagem verde que cresce junto ao caminho, outros estendem suas túnica à sua passagem. Expressam sua fé no reino de Deus e seu agradecimento a Jesus. Não é uma recepção solene organizada para receber um personagem ilustre e poderoso. É uma homenagem espontânea dos discípulos e  seguidores que vêm com ele. Conforme se nos diz, os que o aclamam são peregrinos que “iam diante dele” ou que “o seguiam”. Provavelmente seu grito deve ter sido este “Hosanna! Bendito aquele que vem em nome do Senhor!
Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém
Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém por Bernhard Plackhorst
Muesu de Belas Artes de Syracusa. Syracusa - New York
O gesto de Jesus era certamente intencional. Sua entrada em Jerusalém montado num jumento dizia mais do que muitas palavras. Jesus busca um reino de paz e justiça para todos, não um império construído com violência e opressão. Montado em seu jumentinho, aparece diante daqueles peregrinos como profeta, portador de uma ordem nova e diferente, oposta à ordem imposta pelos generais romanos, montados em seus cavalos de guerra. A humilde entrada de Jesus se transforma em sátira e zombaria das entradas triunfais que os romanos organizam para tomar posse das cidades conquistadas. Mais de um veria no gesto de Jesus uma engraçada crítica ao prefeito romano que, por esses mesmos dias, entrou em Jerusalém montado em seu poderosocavalo, adornado com todos os símbolos de seu poder imperial.

(Detalhe histórico: Ninguém tem certeza de que isto aconteceu num domingo)
livro de José Antonio Pagola:  Jesus - aproximação histórica - Editora Vozes
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Nos dias de hoje, nas procissões de Ramos, os fiéis levam agitam nas mãos folhagens e ramos bentos.
As procissões de Ramos são manifestações religiosas, culturais e tradicionais, belas e com grande teatralidade por todo o Brasil. Esta procissão foi introduzida na Europa no século V, depois que um grupo de cristãos da Etéria fez uma peregrinação a Jerusalém. Ao retornar, o grupo procedeu na sua região da mesma forma que havia nos lugares santos, segundo as práticas locais. O costume passou a ser utilizado por outras igrejas e, ao final da Idade Média, foi incorporado aos ritos religiosos da Semana Santa.
Essa procissão tem início coma Bênção dos Ramos e ocorre na parte da manhã. No final da tarde, em algumas igrejas, tem lugar Procissão do Triunfo e o Sermão do Pretório. Depois da celebração do Domingo de Ramos, os fiéis levam os ramos para casa e distribuem entre os membros da família. Para a tradição popular, esses ramos protegem a casa, principalmente contra raios e relâmpagos, e trazem boa sorte. Eles são colocados nos quartos, em lugares altos, relativamente visíveis, junto de imagens de santos ou em locais de veneração. Em famílias de origem portuguesa é comum os afilhados darem ramos aos seus padrinhos, que em troca oferecem um bolo típico, o folar.

Na programação da Semana Santa consta a pregação de uma série de 7 sermões tradicionais:
1) Sermão da Prisão ou Sermão do Pretório; 2) Sermão das Dores ou o Sermão do Horto; 3) Sermão do Encontro; 4) Sermão do Calvário; 5) Sermão do Mandato ou do Novo Mandamento; 6) Sermão das Sete Palavras; 7) Sermão do Descendimento da Cruz. Os nomes mudam, o número desses sermões variam de igreja em igreja, podem chegar a 8 ou 9, e às vezes não passam de 4.
Durante a Semana Santa os sinos não tocam nas igrejas. Esta tradição surgiu no século VII. A Igreja proibiu tocar os sinos, em sinal de luto, entre a Quinta-feira Santa e o Domingo de Páscoa. Nos ofícios e liturgias, mesmo os sininhos são substituídos (ou deveriam ser) por uma matraca. Nas procissões e encenações externas às igrejas ocorre o mesmo. Na Itália, na Quinta-feira Santa, em sinal de luto, os sinos das igrejas são amarrados para que não toquem em hipótese alguma. Em outros lugares, os sinos perdem até os seus badalos, cuidadosamente retirados e guardados para o dia da Ressurreição.
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Segunda-feira Santa

Neste dia a Igreja recorda a prisão de Jesus. Depois da celebração da missa na Catedral de algumas cidades, o povo participa da Procissão do Senhor dos Passos, da Procissão do Encerro ou da Procissão do Depósito. Com o Senhor dos Passos preso, o povo vai até o adro de uma igreja, onde é feito o Sermão da Prisão. Apenas algumas igrejas ainda fazem esta celebração.

Terça-feira Santa

São comuns as chamadas vias-sacras solenes internas na terça-feira Santa. É um dia pedagógico, de reflexão e de reviver um dos momentos emocionantes do caminho de Jesus até o Calvário: o encontro com sua Mãe Maria, na chamada Procissão do Encontro, celebrada em todo o Brasil. Ao cair da tarde, após a missa, as mulheres conduzem o andor de Nossa Senhora das Dores enquanto os homens conduzem o andor de Nosso Senhor dos Passos. Em alguma praça ou lugar simbólico predeterminado se dá encontro dos dois andores e dos fiéis. Diante desse encontro dramático, o pregador faz o Sermão do Encontro. Nesse dia, costuma ocorrer a primeira Bênção do Santo Lenho, em geral na Catedral das cidades.
Quarta-feira Santa
(último dia da quaresma)

Este dia é dedicado, em diversos locais, à Nossa Senhora das Dores. Celebram-se missas e procede-se a Unção dos Enfermos. Depois da celebração da missa vespertina realiza-se a Procissão da Soledade, que sai com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Durante o trajeto é feita a via-sacra, seguindo Maria na sua caminhada de dor. Propicia-se a Meditação das Dores e em alguns locais celebra-se o Ofício de Trevas. É dia da Procissão do Fogaréu em algumas cidades.
A Procissão do Fogaréu é uma tradicional procissão católica realizada anualmente na cidade de Goiás, na quarta-feira santa e em outras cidades a data pode variar.
A procissão encena a prisão de Jesus Cristo e tem início às 0:00 da quarta-feira santa, com a iluminação pública apagada e ao som de tambores, à porta da Igreja da Boa Morte, na praça principal da cidade. Os personagens encapuzados, denominados Farricocos que seriam penitentes e mantenedores da ordem, vestidos em indumentária especial e representando soldados romanos, seguem então para a escadaria da Igreja de N. S. do Rosário, onde encontram a mesa da última ceia já dispersa. Em seguida, avançam na direção da Igreja de São Francisco de Paula, que simboliza o Jardim das Oliveiras, onde se dará a prisão de Cristo. Este é representado por um estandarte de linho pintado em duas faces, obra do artista plástico oitocentista Veiga Valle.
A Procissão do Fogaréu foi introduzida na Cidade de Goiás Velho pelo padre espanhol Perestelo de Vasconcelos, em meados do século XVIII. A indumentária utilizada pelos penitentes caracteriza-se por uma túnica comprida e por um longo capuz cônico e pontiagudo, guardando fortes semelhanças com as vestimentas que ainda hoje são comuns nas celebrações da Semana Santa na Espanha. Trata-se, com efeito, de um traje de origem medieval, o qual era  utilizado por penitentes que assim podiam expiar seus pecados sem ter que revelar publicamente sua identidade.
Procissão do Fogaréu
Procissão do Fogaréu
Em Caxias (Maranhão) é realizada na quarta-feira santa, saindo na Catedral de Nossa Senhora dos Remédios.
Em Lorena (São Paulo) também se realiza na sexta-feira santa.
Em Petrópolis (Rio de Janeiro), a procissão foi introduzida no calendário da Igreja Católica na Paróquia de São João Batista, localizada no distrito da Posse, a 40 km do centro da cidade.
Em Braga (Portugal), também chamada de Ecce Homo.
Em Santa Luzia (Paraíba), a procissão é realizada na quinta para a sexta feira santa, saindo da igreja de São José Operário até a capela de São Sebastião.
Em Bacabal (Maranhão), é realizada na quarta-feira santa com saída da Igreja de São Francisco pelas principais ruas da cidade geralmente as 19:00h.
Em Guarulhos (São Paulo) também é realizada a Procissão do Fogaréu, partindo da Casa dos Cordéis no Bairro de Torres Tibagy até a Igreja do antigo Padre Bento.
Mais informações sobre a Procissão do Fogaréu: http://www.vilaboadegoias.com.br/fogareu.htm
Quinta-feira Santa
(Início da Páscoa)

Nesse dia da instituição da Eucaristia começa o Tríduo Pascal: Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Nas catedrais ocorre a Bênção dos Santos Óleos pelo bispo e a Renovação das Promessas Presbiteriais com clero. À noite, celebra-se a Santa Ceia e o Lava-pés. O sermão desta missa é o Sermão do Mandato ou do Novo Mandamento e fala sobre a caridade ensinada e recomendada por Jesus. Em Portugal e em alguns locais ocorre a Procissão das Endoenças, expressão derivada da palavra indulgências e a Procissão do Senhor Ecce Homo. No final da missa faz-se a Procissão do Translado do Santíssimo Sacramento do altar-mor da igreja para uma capela e, às vezes, a Procissão Solene do Santíssimo Sacramento em direção à catedral. É costume a Adoração do Santíssimo durante a noite.

Para os católicos, a Quinta-feira Santa é santa porque foi o dia em que Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio. Durante a Páscoa judaica Jesus celebrou pela última vez com os seus apóstolos uma santa ceia. Segundo os evangelhos sinópticos, no decorrer da ceia pascal Ele instituiu o memorial deste seu sacrifício (Eucaristia), dando aos apóstolos o poder e a missão (ordenação sacerdotal) de o renovarem para santificação dos que crêem (]o 13,1-7). Na Quinta-feira Santa, em cada diocese ocorre uma celebração única e solene de Bênção dos Santos Óleos, com a presença do bispo. Nas comunidades, paróquias e igrejas acontece a Desnudação dos Altares, o Lava - pés, a trasladação do Santíssimo Sacramento e a Adoração até a Sexta-feira Santa por volta das 15h.
Jesus lava os pés dos discípulos
Jesus lava os pés dos discípulos
Na quinta-feira da Semana Santa, Jesus convidou seus doze apóstolos para uma ceia especial, em comemoração da Páscoa dos judeus, o “Pessach”, que significa passagem em língua hebraica. Durante esta refeição, Jesus partiu o pão e deu aos seus discípulos dizendo: “isto é o meu corpo que será entregue por vós. Fazei isto em memória de mim”. Depois pegou o cálice com vinho e deu a todos, dizendo: “Este cálice é a nova aliança no meu sangue - Fazei isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim. Assim, todas as vezes que comerdes deste pão e beberdes deste cálice, lembrais a morte do Senhor, até que Ele venha” (1Cor 11,23-26).
Durante esta refeição Jesus lavou os pés de seus discípulos (lava-pés), para mostrar que todos nós devemos ser humildes e servir os outros.
Após sua despedida, Jesus mal pôde desfrutar de algumas horas de liberdade. Por volta da meia-noite foi capturado pela polícia do templo num horto situado no vale do Cedron, ao pé do monte das Oliveiras, para onde se havia retirado para rezar.
Sexta-feira Santa
(Sexta-feira da Paixão)

Nesse dia de jejum e abstinência de carne, rememora-se a morte de Jesus. Segue-se Cristo até o Calvário contemplando suas dores, com via-sacra e bênção do Santo Lenho. Propiciam-se confissões e a cerimônia do Perdão da Família. Por volta das 15 horas acontece a Celebração da Tarde com a leitura e o Sermão das Sete Palavras, comunhão e Adoração da Cruz. À noite, no adro ou mesmo no interior de algumas igrejas,  acontecem dramatizações e o Sermão do Descendimento da Cruz. Cristo é colocado num esquife e segue a Procissão do Enterro ou do Senhor Morto ao som de matracas, marcha fúnebre e o cântico de Verônica.

Em muitas localidades brasileiras existem capelas no exterior da igreja, para cada estação da via-sacra. Na Europa e na América Latina, como nas cidades históricas de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e outros estados, além de espalhadas pela zona rural, existem também as capelas e altares do Senhor dos Passos que também estão inseridas entre residências e até na fachada das casas, também conhecidas como Passos e Passinhos. Em muitas cidades brasileiras, a céu aberto, as cenas da via-sacra, como as procissões da Semana Santa, percorrem as ruas e praças do cotidiano das pessoas.
Encenação em Nova Jerusalém
Encenação em Nova Jerusalém - Pernambuco - Foto Divulgação
A encenação da Paixão de Cristo realizada em várias cidades brasileiras todos os anos atrai milhares de espectadores. Algumas delas acontece, por exemplo: às margens do Rio Piracicaba, em Piracicaba, São Paulo; em João Pessoa na Paraíba; em Barueri, São Paulo; em Salvador, Bahia; em Santana de Parnaíba, São Paulo; em Maringá, Paraná; em Aracaju, Sergipe; em São João Nepomuceno, Minas Gerais; a mais famosa é a que acontece na cidade cenográfica de Nova Jerusalém, próxima ao município de Brejo da Madre de Deus, em Pernambuco. As maiores produções mobilizam centenas de atores, figurantes e voluntários que produzem verdadeiros espetáculos. É realizada desde 1968 e já atraiu mais de três milhões de espectadores.
(Ver Via Sacra no menu lateral)
Sábado Santo
(Sábado da Aleluia)

Jesus está no sepulcro. O dia deveria ser de recolhimento, silêncio, penitência e oração. Pela manhã, celebra -se o Ofício das Comunidades com o canto dos salmos. Ao meio-dia ocorre a Malhação de Judas em diversas cidades. Às 22h tem início a Vigília Pascal. É a chamada "A mãe de todas as santas vigílias". A Igreja mantém-se de vigília à espera da vitória do Senhor sobre a morte. Cinco elementos a compõem: a bênção do fogo novo e do Círio Pascal; a proclamação da Páscoa, que é um canto de júbilo anunciando a Ressurreição do Senhor; a Liturgia da Palavra, que é uma série de leituras sobre a História da Salvação; a renovação das promessas do batismo e, por fim, a Liturgia Eucarística em que toda humanidade é convidada a passar das trevas para a luz, do pecado à santidade, da morte à vida, com o acendimento das velas de todos os participantes.

A malhação de Judas é um costume trazido pelos ibéricos para a América Latina e ocorre no Sábado de Aleluia. É um ato teatral de vingança à morte de Jesus como resultado da traição de Judas, um dos seus discípulos. Essa tradição folclórica exterioriza fortes emoções. Os bonecos de Judas são feitos nas ruas. Eles representam a figura de Judas Iscariotes mas podem estar identificados com qualquer pessoa que incomode a comunidade, desde um vizinho até os dirigentes políticos do país. Os bonecos são pendurados em postes, amarrados em árvores, deitados em ruas. Ao meio-dia, após a leitura do testamento deixado por alguns desses bonecos, eles são enforcados, malhados a pauladas, arrastados, explodidos, queimados e eliminados. Tem-se o registro da malhação de Judas desde o século XVIII no Rio de Janeiro. Ultimamente,
essa prática tem desaparecido das áreas centrais das grandes cidades. Em outros locais, a tradição se mantém: existem concursos de Judas e até indústrias que os fabricam, já com bombas e foguetes embutidos, para serem vendidos nessa ocasião. Mas, para alguns, nos tempos atuais, é uma atitude politicamente incorreta, como o anti-semitismo.

O Papa Bento XVI, advertiu: "Embora ele (Judas) se tenha enforcado, não cabe a nós julgar o seu gesto, sobrepondo-nos a Deus infinitamente misericordioso e justo". O Papa Bento XVI classificou como um mistério o fato de Jesus haver incluído Judas Iscariotes entre os seus discípulos, sabendo que ele iria traí-lo, e outro mistério a sua sorte eterna, quando se sabe que ele se arrependeu e devolveu as 30 moedas de prata aos sumos sacerdotes e anciãos, dizendo: "eu entreguei sangue inocente". Nessa ocasião o papa disse que, após haver falado dos outros apóstolos nas audiências anteriores, não poderia deixar de mencionar "aquele que é sempre citado em último lugar na lista dos 12" Embora os evangelistas se refiram a Judas como aquele que ia trair Jesus, o verbo trair é a versão de uma palavra grega que significa "entregar", observou o papa, e acrescentou: "em seu misterioso projeto de salvação, Deus assume o gesto indesculpável de Judas como ocasião do dom total do Filho pela salvação do mundo".
Domingo de Páscoa

A vida vence a morte! Em alguns locais, ocorre a Procissão da Ressurreição com banda e coral. Ela representa a caminhada do povo que se alegra e exulta de alegria por poder aclamar e seguir o Cristo glorioso, imortal. As velas simbolizam a fé ardente no Cristo vivo, Senhor da História. Ao término da procissão, celebra-se a Missa da Ressurreição. É a tradicional missa do Domingo de Páscoa.

A etimologia hebraica da palavra páscoa, pessah, é incerta. No Antigo Testamento esse termo é empregado com o sentido de passagem. Em primeiro lugar, como memorial da passagem do anjo exterminador dos primogênitos do Egito, poupando as casas dos hebreus, assinaladas com o sangue do cordeiro (Ex 12,12-27). Deus é quem passa e visita o seu povo. Em segundo lugar, como passagem dos israelitas, a salvo, pelo Mar Vermelho. A libertação da escravidão no Egito.
Os cristãos deram novo significado à palavra páscoa, como passagem da morte para a vida.

A celebração anual da Páscoa foi sistematizada pela Igreja no século II. No começo, as igrejas do Oriente, próximas da tradição judaicas, celebravam a Páscoa no 14 Nisan, qualquer que fosse o dia a semana. A Igreja Católica sempre celebrou a Páscoa no Domingo da Ressurreição.

(Ver Páscoa no menu lateral)






Fontes:
Guia de Curiosidades católicas / Evaristo Eduardo de Miranda. - Petrópolis, RJ : Vozes, 2007
              
Jesus: aproximação histórica / José Antonio Pagola ; tradução de Gentil Avelino Titton. - 5. ed. Petrópolis, RJ : Vozes 2012
Jesus ressuscitado

Jesus Aproximação Histórica
Jesus: aproximação histórica
 José Antonio Pagola
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