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Alguns tipos indígenas: Litoral
Tupinambá
Tupinambá- Ilutração de Theodoro De Bry (in Hans Staden)
Devido a grande quantidade de povos indígenas apresento apenas alguns, que foram retratados pelos viajantes estrangeiros. Além disso, os povos indígenas não estão restritos a uma determinada região, espalhando-se entre uma e outra região brasileira e, em alguns casos, adentrando países vizinhos.

Chegando ao Brasil os portugueses entraram em contato com diversas tribos, localizadas na zona litorânea.
Um dos grupos mais importantes foi o dos Tupinambá, um dos grandes inimigos da colonização portuguesa. Espalhados por uma parte da costa brasileira, eram encontrados sobretudo na Bahia e no Rio de Janeiro, migrando, mais tarde, para o Maranhão, o Pará e a ilha de Tupinambaranas (Amazonas).


Tupinambá
Tupinambá - Ilutração de Theodoro De Bry (in Hans Staden)
Hans Staden, que foi prisioneiro dos Tupinambá entre 1549 a 1554, assim os descreve: "Eles raspam a cabeça, deixando apenas uma coroa de cabelo, semelhante à de um monge. [...] No lábio inferior, eles têm um furo grande [...] onde colocam uma grande pedra verde. [...] Também usam duas pedras pequenas atravessadas nas bochechas, nos dois lados da boca.
Alguns, em vez de pedras, usam cristais longos e delgados. Um outro enfeite é produzido a partir do casulo de grandes caracóis marinhos, os matapus. Chama-se bojeci e tem forma de uma meia-lua, branco como a neve, sendo usado em volta do pescoço. [...] Também se enfeitam com feixes de penas amarradas em torno dos braços e pintam-se de preto. Penas vermelhas e brancas são coladas no corpo, misturando as cores. Costumam pintar um braço de preto e o outro de vermelho, fazendo o mesmo com as pernas e o tronco. Um outro enfeite é obtido de penas de ema. Trata-se de uma coisa grande e redonda, feita de penas, chamada enduape. Quando vão para a guerra ou fazem uma grande festa, amarram tais enfeites nas costas.
As mulheres pintam a metade inferior do rosto e todo o resto do corpo do mesmo modo [...] dos homens. Todavia, elas deixam os cabelos compridos [...] Além disso, não têm nenhum enfeite especial; só nas orelhas é que possuem furos para um tipo de brincos, os nambipais. Estes medem cerca de um palmo de comprimento, são redondos e mais ou menos da grossura de um polegar, produzidos a partir de caracóis marinhos".
Povo extremamente belicoso, a guerra desempenhava papel destacado na sua economia, como fator de "conservação e aumento dos recursos naturais sujeitos ao domínio tribal ."
Desta forma entraram em conflito com os goitacases, os tupiniquins, os carajás, os caetés, os botocudos, os tupinas, os diversos grupos dos tapuias e, após o início da colonização efetiva do Brasil pelos portugueses (1530), moveram guerra contra estes, sendo expulsos ou aniquilados.
Tupinambá
Tupinambá- Ilutração de Theodoro De Bry (in Hans Staden)
Tapuia
Outro importante grupo com quem os lusos mantiveram contato foi o dos Tupiniquim, também, como os Tupinambá, pertencentes ao tronco linguístico tupi. Localizavam-se no litoral baiano, desde a enseada de Camamu até às proximidades da atual Capital do Espírito Santo. Aliados aos portugueses ajudaram-nos a combater Tamoio, Tupinambá e franceses.
Os Tamoio, outro grupo do tronco tupi, tiveram também um papel saliente na História do Brasil colonial: aliados aos franceses de Villegaignon, que para cá vieram na segunda metade do século XVI, combateram os portugueses no Rio de Janeiro, causando problemas ao então Governador-geral do Brasil, Mem de Sá.
Os Tapuias constituem um conjunto muito difícil de ser definido, em virtude das contradições entre os cronistas que a eles se referiram. Ao que tudo indica, tapuia era um termo utilizado pelos Tupinambá para referir-se a indígenas pertencentes a um tronco linguístico não-tupi, provavelmente do tronco macro-jê. O naturalista alemão von Martius (que esteve no Brasil no século XIX), autor do "Glossário das Línguas Brasileiras", afirmou que a palavra significava "inimigos". Outro cronista, Fernão Cardim, elaborou uma lista de setenta e seis tribos que seriam pertencentes ao grupo tapuia, mas que possuíam línguas, hábitos e costumes diferentes entre si. Desta maneira, torna-se impossível estabelecer detalhes maiores a respeito.
Tal como os Tupi, os Kariri eram um povo dos rios. Além de serem habilidosos remadores eram exímios nadores. Desde a mais tenra idade a criança era jogada na água para aprender a nadar.
Ao nascer, o menino era esfregado com a pele do porco-do-mato, animal protetor do grupo, e lavado com aluá, cauim feito de milho ou mandioca, para que no futuro fosse bom caçador e grande consumidor da bebida.
Acima "indígena tapuia" (provavelmente Kariri) - ilustração de Albert Ekhout, 1643, pintor holandês que demonstrou um registro cuidadoso dos detalhes tanto da etnografia quanto da botânica e da zoologia. Observe na mão esquerda a zarabatana, arma tradicional desse grupo.
(Veja também: Povos Indígenas em Brasil Indígena)

Fontes : Brasil História - Texto e Consulta: 1 Colônia / Antonio Mendes Jr., Luiz Roncari e Ricardo Maranhão - São Paulo: Editora Brasiliense, 1979.
A verdadeira história dos selvagens, nus e ferozes devoradores de homens (1548-1555) / Hans Staden; tradução de Pedro Süssekind. - Rio de Janeiro: Dantes, 1998
Brasil Indígena : 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoomaert. - São Paulo : FTD, 2000



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