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Os
metrôs alcançam sucesso na atração dos usuários do transporte
individual, pois atendem a praticamente
todos os quesitos de qualidade, eficiência, rapidez, regularidade,
conforto e segurança.
Mantendo elevados padrões de operação, o metrô ocupa uma posição
favorável no
imaginário da população.” (PlanMob
- Construindo a Cidade Sustentável - Caderno de referências para
Elaboração de Plano de Mobilidade Urbana - Secretaria Nacional de
Transporte e da Mobilidade Urbana - Ministério das Cidades, 2007)
Primeiro metrô subterrâneo foi o Metropolitan Railway, construído em Londres, 1863, em decorrência da necessidade de um meio de transporte eficiente e de alta capacidade. Após dez anos de discussão, o Parlamento britânico autorizou a construção em 1860 e foi concluído 1863. O Metrô no Brasil “Apenas 5 cidades do Brasil têm metrô. O de São Paulo, inaugurado em 1974, o mais lotado do mundo, tem 3 vezes mais usuários que as outras 4 cidades somadas: Rio de Janeiro (inaugurado em 1979), Belo Horizonte (inaugurado em 1986), Brasília (teve início o Programa de Viagens Experimentais em 1997) e Recife (inaugurado em 2002). Só na estação da Sé, passam 800 mil pessoas por dia, mais do que todo o tráfego no metrô carioca. São Paulo é campeã em extensão, mas perde de metrópoles estrangeiras. Buenos Aires, com 3 vezes menos habitantes, tem mais estações. E a Cidade do México tem quase 3 vezes mais quilômetros.” |
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![]() da Cidade de São Paulo, Metrô, 1968 |
![]() Fonte da ilustração: caderno "O Planejamento do transporte no
Metrô de São Paulo"- Publicação da Companhia do Metropolitano de São
Paulo - Metrô
Metrô
é um meio ou
sistema de transporte coletivo de alta capacidade, ou seja, transporta
muitos passageiros, cerca de 35 mil por hora. Comparando a capacidade
de transporte do Metrô com o carro, o Metrô equivale a 6 vias expressas
como a Av. 23 de Maio em São Paulo.
Veja ilustração acima. O Metrô de São Paulo é o maior e mais movimentado sistema de transporte metroviário do Brasil, com uma extensão de 78,4 quilômetros de linhas ferroviárias distribuídas em seis linhas, que possuem um total de 67 estações. Em 2010 o Metrô de São Paulo foi considerado o melhor sistema de transporte sobre trilhos da América Latina pelo The Metro Awards. Em setembro de 2011, o metrô obteve a pior avaliação de sua história, segundo pesquisa realizada pelo Datafolha junto aos usuários do sistema. Em maio de 2015, havia 78,3 quilômetros de linhas, uma expansão de menos de oito quilômetros em cinco anos. Em 2011, a meta anunciada pelo governo do Estado era chegar a cem quilômetros de linhas até o fim de 2014, incluindo o monotrilho. |
Como
tudo começou: O Metrô de São Paulo
“Em 1905, sob o título “Metropolitana Paulista”, José de Campos Novaes publicava na Revista do “Centro de Sciencias, Letras e Artes” de Campinas um diagnóstico sobre São Paulo no qual afirmava: “São Paulo conta hoje 300.000 habitantes! A colossal metrópole cresce vertiginosamente... Não pode haver conforto durável para o povo... sem que haja meio de transporte commodo, barato e prompto. Esse meio, só com uma metropolitana poderá oferecer, já pela força de possantes e rápidas locomotivas que ataquem, por assim dizer, a cidade pelos contornos e pelo centro povoado. A factura da viação dentro do sub-solo ou aérea tem custado centenas de milhões em Londres, Paris, Berlim e New-York; apesar disso, todos saúdam essa ousada solução técnica como a válvula de segurança do denso povoamento dos centros excessivamente operosos.” Vinte anos mais tarde, em 1927, o “Projeto Light” defendia a implantação em São Paulo de um sistema de transporte rápido de massa sobre trilhos, quando a cidade não ultrapassava seus 800.000 habitantes. O projeto utilizava dados obtidos anteriormente pelo técnico canadense Norman Wilson e propunha uma interligação das linhas de metrô com a rede de linhas de bondes, da qual a Light possuía concessão. Já o projeto do Prof. Antônio Carlos Cardoso, de 1928, encomendado pelo Governo, consistia em transformar a Estrada de Ferro Cantareira em linha Metropolitana, ligando-a à rede de bondes da Light. E em 1929, durante o governo Pires do Rio, foi proposta uma rede de metrô dentro do “Plano de Avenidas”. Esses projetos iniciais não encontraram eco em meio aos problemas econômicos e políticos que atingiram o país e o mundo no decênio seguinte. Começava então a Grande Depressão, à qual se seguiria a 2ª Guerra Mundial. Só após 1945, com o armistício e a retomada da expansão da economia, a idéia do metrô viria a ganhar nova força. Coube ao Engº Mário Lopes Leão, em 1945, com a monografia “O Sistema Metropolitano de São Paulo”, o mérito de recolocar a idéia à discussão pública. Defendia o engenheiro a implantação de um sistema que basicamente se caracterizava por um “anel de irradiação” focalizado no centro da cidade, de onde partiam cinco radiais correspondentes às linhas do Metropolitano. Apesar da repercussão obtida junto à comunidade técnica, tal projeto não logrou, no entanto, passar de mera proposta acadêmica. O mesmo destino estava reservado a outros dois estudos apresentados pelo metrô de Paris, em 1947, e pela Companhia Geral de Engenharia, em 1948, este realizado sob encomenda de Prefeitura. |
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Na
década de 50 São Paulo já tem uma população de cerca de 2,5 milhões de
habitantes e um parque industrial em acelerado processo de crescimento
e diversificação, enfrentando problemas de transporte que o tempo se
encarregaria de agravar profundamente, apesar da alternativa que
parecia se abrir com o aparecimento da indústria automobilística. É
nesse contexto que uma Comissão da Prefeitura, chefiada pelo Engº
Prestes Maia, elabora e apresenta, em 1956, o estudo denominado
“Ante-Projeto de um Sistema de Transporte Rápido
Metropolitano”, no qual propõe a implantação de um sistema constituído
por três linhas que se cruzam no centro da cidade. As concepções
gerais aí desenvolvidas viriam, com o tempo, a se impor como
definitivas, tornando-se a base de todos os estudos posteriores.
A hora do metrô de São Paulo, no entanto, ainda não chegara. Problemas financeiros da Prefeitura, acrescidos da urgência em executar as amplas reformas do sistema viário exigidas pelo crescente tráfego de automóveis, adiaram a sua construção por mais uma década. O passo decisivo para a implantação do metrô só viria a ser dado em agosto de 1966, com a criação do Grupo Executivo Metropolitano (GEM), constituído com o objetivo específico de levar o empreendimento a termo. O GEM promoveu, como primeira medida, uma concorrência internacional, entre firmas consultoras especializadas, para elaboração de estudos de viabilidade econômico-financeira e pré-projeto de engenharia, e que foi ganha pelo consórcio formado pelas empresas Hochtief - Montreal - Deconsult, o consórcio HMD. |
![]() Estação Sé - Metrô de São Paulo |
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Como
conclusão dos estudos realizados foi apresentado, em 1968, uma proposta
de rede básica com 66 km de extensão, fundamentalmente constituída pela
linha Santana-Jabaquara, como espinha dorsal, e outras duas em arco
aberto, para o norte e para o sul, cruzando a primeira linha e
enlaçando o centro da cidade...
Os trabalhos de construção da primeira linha, a Norte-Sul, de Santana a Jabaquara, iniciaram-se em 14 de dezembro de 1968 e estenderam-se, em razão de dificuldades financeiras que atrasaram o seu andamento, até setembro de 1975, data em que a linha passou a ser operada em todo o seu trajeto. A partir de setembro de 1974 já estava em operação o trecho Jabaquara-Vila Mariana, estendido, em fevereiro de 1975, até a Estação Liberdade. Antes da conclusão da primeira linha, a Companhia do Metropolitano de São Paulo - Metrô, órgão em que se transformara o antigo GEM, iniciou os preparativos das etapas seguintes, revendo os estudos da rede básica à luz das novas realidades conjunturais...” Nos primeiros meses após a implantação do Metrô, as trens andavam praticamente vazios. Isto porque, pelo mesmo trajeto trafegavam as linhas de ônibus e ninguém descia do ônibus para o tomar o metrô, mesmo sendo a tarifa deste mais barata, na época, do que a dos ônibus, as pessoas não mudavam o hábito e parece que havia uma certa “estranheza” em usar o Metrô. Não sei se estava planejado ou se foi uma estratégia do governo, mas uma mudança “obrigou’ os passageiros a tomar o Metrô. As linhas de ônibus que faziam o mesmo trajeto que o metrô tiveram como ponto final de linha uma das estações do Metrô, “obrigando” assim, os passageiros seguir a viagem pelo metrô até seu destino. Foi o início do sistema de integração metrô-ônibus em 1975. Em alguns casos o usuário tinha que tomar um ônibus até uma estação de metrô, usar o metrô e depois tomar outro ônibus para concluir a viagem, onerando o custo de viagem. Posteriormente o governo criou passagens integradas (bilhete) de viagem em que o usuário, com um único bilhete podia tomar o ônibus e o metrô. Uma das maiores reclamações, hoje em dia, é a super lotação dos vagões de metrô, o ítem "conforto" fica muito à desejar. |
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