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Habitação Indígena : A Aldeia
A maior parte dos povos indígenas do Brasil Central dispõe as suas casas de modo a dar à aldeia uma forma circular. Mesmo vivendo em casas construídas ao longo de ruas, alinhadas paralelamente, os Apinayé continuam a pensar a sua aldeia e a representá-la em forma circular. Não só os Apinayé, mas todos os Timbira e também todos os Kayapó vêem no circulo a disposição ideal de suas casas. Os Xavante levam a ideia um pouco além: não só suas aldeias, como a própria planta de suas casas tradicionais, são circulares.

A aldeia Kaiapó é circular, um anel constituído pelas unidades residenciais.

A casa da aldeia Kaiapó é um barracão retangular com área aproximada de 4 x 8 m, mas pode variar bastante, segundo o número de famílias que aí vivem. Não há divisões internas. Três paredes são fechadas com palha de babaçu e a frente fica aberta para o pátio.
A palha do teto chega a pouca distancia do chão.

As casas pertencem às mulheres. Sob o mesmo teto vivem várias famílias nucleares, relacionadas pelo lado materno, como, por exemplo, uma mulher de idade, suas filhas e os maridos e filhos destas. Desde modo, uma mulher kaiapó nasce, vive e morre na mesma casa, unidade residencial que possui o seu lugar certo no círculo das casas. Os homens, pelo contrário, aos oitos ou dez anos passam a viver na casa dos homens e, após o casamento, mudam-se para a casa da família da esposa. 
Aldeia Kayapó
Aldeia Kayapó
Dentro das casas, cada família possui um espaço que lhe é atribuído e que se define pelo lugar onde a família dorme. A única mobília é um catre familiar, que serve de cama de noite, e é usado durante o dia como assento, ou lugar onde colocar as coisas. Diferentes cestas, cofos e cuias ficam dependuradas dos esteios e miudezas são enfiadas na palha das paredes.
Aldeia Xavante
Aldeia Xavante

Aldeia Yanomami
Aldeia Yanomami

Aldeia Yanomami

A aldeia Yanomami é uma casa de forma circular ou poligonal de diâmetro entre 20 e 40 metros. A parte superior é aberta para permitir a penetração da luz solar e a saída da fumaça. Essa abertura coincide internamente com a “praça central” da aldeia, onde se realizam cerimônias e pajelanças. Na periferia da casa moram as famílias, cada uma com seu próprio fogo e redes. A aldeia-casa dura apenas um ou dois anos; após esse período é reconstruída em outro lugar.
Aldeia Xavante

A aldeia Xavante é circular, tendo como ponto central o pátio – onde se destaca o warã, ponto de encontro diário do conselho dos homens maduros – espaço eminentemente público e jurídico, cenário dos grandes rituais. Esse espaço é circundado por um caminho amplo, que passa defronte às portas das casas, estabelecendo, portanto a mediação física entre o espaço central associado aos homens e a esfera doméstica, domínio das mulheres. De cada casa partem caminhos que levam seus moradores ao pátio, ao warã e ao rio. Um outro caminho envolve as casas por detrás e marca limites enre o espaço social constituído ela aldeia e os domínios não domesticados, os campos cerrados. Do lado em que o círculo não se completa, são a mata-galeria e o próprio rio, que servem de divisa.
Junto a uma das extremidades do arco formado pelas casas, há sempre uma propositalmente “desalinhada”. É a casa dos solteiros. Sua construção é idêntica à das demais casas Xavante, é habitada apenas por meninos que, espacial e socialmente separados de sua famílias, estão sendo preparados para a vida adulta, treinados pelos mais velhos em suas habilidades e sabedoria. Essa casa, além de localizar-se fora do círculo das outras casas: a porta não é voltada para o centro da aldeia, volta-se geralmente para os lados do rio. Estão fora da vida social plena, a qual só vão voltar depois de iniciados; essa “volta” será simbolizada pela queima da sua “casa dos solteiros” e sua reincorporação às casas da aldeia.

Fontes: Habitações Indígenas / Sylvia Caiuby Novaes (organizadora), - São Paulo : Nobel ; Editora da Universidade de São Paulo, 1983 - Coletânea de artigos por vários autores.
Xavante: Casa - Aldeia - Chão - Terra - Vida / Atacy Lopes da Silva in Habitações Indígenas / Sylvia Caiuby Novaes (organizadora), - São Paulo : Nobel ; Editora da Universidade de São Paulo, 1983 - Coletânea de artigos por vários autores.

Brasil Indígena: 500 anos de resistência / Benedito Prezia, Eduardo Hoornaert. - São Paulo: FTD, 2000
O Espaço Habitado entre os Kayapó-Xikrin (JÊ) e os Parakanã (TUPI) do Médio Tocantins, Pará / Lux Vidal in Habitações Indígenas / Sylvia Caiuby Novaes (organizadora), - São Paulo : Nobel ; Editora da Universidade de São Paulo, 1983 - Coletânea de artigos por vários autores.


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