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Festa ou Folia do Divino : Ciclo do Divino
A festa do Divino foi instituída em Portugal nos primeiros anos do século XIV pela rainha Isabel, mulher de D. Diniz, quando construiu a igreja do Espírito Santo em Alenquer.

No Brasil, popularizou-se no século XVI e é celebrada ainda no Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Maranhão, Amazonas, Espírito Santo e Goiás, com missa cantada, procissão, leilão de prendas e as manifestações folclóricas peculiares de a cada região. Na preparação da festa realiza-se uma folia, com a bandeira do Divino, para arrecadar fundos e são armados coretos, palanques e um trono para o imperador do Divino. Trata-se de uma criança ou adulto que, durante a festa, exerce poderes majestáticos, chegando até a libertar presos comuns em algumas regiões de Portugal e do Brasil.

A festa do Divino, festa religiosa móvel, 50 dias após a Páscoa, que dura em torno de dez dias e termina no domingo de Pentecostes, no mês de maio. O dia de Pentecoste, data em que a Igreja Católica comemora a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos.

Em Alcântara (MA), particularmente, a festa do Divino guarda características do Brasil dos tempos coloniais. Em Parati (RJ) promove-se o boi do Divino, uma variação do bumba-meu-boi com distribuição de comida à população pobre. Em Pirenópolis (GO), a festa, suntuosa e colorida, tem como maior atração uma cavalhada que representa as lutas entre cristãos e mouros durante a invasão árabe na península Ibérica.

Festa do Divino - Debret
Festa do Divino - Rio de Janeiro (início do século XIX) - Debret
Registro de Jean-Baptiste Debret (Início do século XIX):

"Chama-se, no Rio de Janeiro, Folia do Imperador do Espírito Santo um grupo de jovens folgazões, tocadores de violão, de pandeiros e de ferrinhos precedidos de um tambor; o grupo alegre escolta um porta-bandeira, cujo chapéu, ricamente enfeitado de flores e de fitas, se assemelha ao dos demais membros mais modestos da bandinha. Percorrem os rapazes as ruas da cidade cantando quadrinhas ajustadas ao motivo religioso para os fiéis que sustentam  o trono do Imperador do Espírito Santo (menino de oito a doze anos). Este os segue gravemente a alguns passos de distância, dando a mão a um dos dois irmãos da confraria, que o acompanham.
É durante a semana anterior à festa de Pentecostes que se realiza essa coleta aparatosa, destinada a estimular a generosidade dos fiéis caridosos. O pequeno imperador veste casaca vermelha, calção da mesma cor e colete branco bordado em cores. Usa chapéu armado e de plumas debaixo do braço, espada à cinta, meias de seda branca, sapatos de de fivela de ouro; tem a cabeça empoada e carrega uma sacola. Usa como condecoração um crachá e, pendente do pescoço, uma espécie de custódia dourada no centro do qual se destaca uma pomba prateada. Vários irmãos pedintes precedem e seguem o cortejo. 


Fontes : Sociedade e Cultural - Enciclopédia Compacta Brasil - Larousse Cultural - Nova Cultural - 1995
Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil / Jean Baptiste Debret. - São Paulo: Circulo do Livro, sem data
Rio de Janeiro, cidade mestiça: nascimento de uma nação / ilustrações e comentários de Jean-Baptiste Debret. - São Paulo: Companhia das Letras, 2001


Danças Folclóricas

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