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O
gado de Marajó é produto de longa mestiçagem. O primeiro rebanho,
oriundo de Portugal, foi no século XVII introduzido na ilha pelos
colonizadores, sofrendo a partir desta data inúmeros cruzamentos com
búfalo, importado da Índia e principalmente com a raça zebu, também
indiana.
Desde 1930, os fazendeiros marajoaras mais progressistas estão "zebuando" o rebanho, para a sua melhoria. A criação de búfalos em Marajó constitui recurso econômico da ilha, pois como é sabido, este bovídeo, que tão bem se adaptou ao seu clima, apresenta vantagens sobre os outros tipos de gado marajoaras não só pela excelência da carne como, sobretudo, pelo peso, maior que o do boi comum. Estima-se que são cerca de 600 mil cabeças, divididos em 4 raças: Jafarabadi, Murrah, Carabao e Mediterrâneo, além dos mestiços, distribuído pelas suas 880 fazendas de criação. O gado é destinado exclusivamente ao corte, abastecendo a cidade de Belém, para onde é exportado em embarcações próprias, sendo também exportado para o Amazonas, Acre e Guianas. Os elementos caboclo, mulato e negro constituem maioria da população vaqueira de Marajó, entrando o branco com um coeficiente reduzido. O tipo étnico característico do peão de Marajó é o caboclo, mestiço de branco e indígena, com predominância deste último sangue. A vida do vaqueiro de Marajó está intimamente ligada à vida da fazenda, trabalhando unicamente para o fazendeiro, do qual recebe, além de salário, casa e alimentação.
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